Capítulo XIV

Como Lidar Com A Obsessão e Com A Mediunidade Em Geral

 

Se este humilde trabalho terminasse no capítulo anterior, todos os objectivos a que nos propusemos teriam sido satisfeitos perante a própria consciência. Esperamos ter contribuído para um maior esclarecimento da Mediunidade e das perturbações mentais com origem espiritual.

 

Este trabalho não pretende oferecer um manual de desenvolvimento da Mediunidade e já apresentamos as razões para isso. Já evidenciamos de forma clara que a Mediunidade e o seu desenvolvimento são assuntos muito sérios, e que o caminho a seguir deve ser a procura de uma pessoa ou centro espiritual que ajude a orientar o médium na sua caminhada espiritual. Pelo menos no início dos sintomas.

Para muitas pessoas, os livros são insuficientes para substituir a orientação de alguém competente. No entanto sabemos que nem todos têm fácil acesso a um bom centro espiritual.

 

E também infelizmente, muitos dos médiuns mais poderosos e capazes de mais ajudar o próximo, nem sempre estão ao alcance do grande público ou inseridos num grupo de trabalho. Uns por falta de sorte, outros por opção.

Alguns fazem parte de grupos de trabalho que não são acessíveis ao público em geral. Outros não querem “dar nas vistas” preferindo viver a sua vida tranquilamente sem assumirem grandes responsabilidades.

Outros ainda, têm muito para oferecer mas ainda não desenvolveram suficientemente a humildade. Quão poucos são capazes de “Lavar os pés aos seus discípulos” como exemplificado pelo Grande Mestre da Galileia!

Não raros casos, a sua sensibilidade extrema fá-los parecer “pessoas difíceis” e são alvo de muita incompreensão. A História relata vários casos desses, não só na espiritualidade mas também na arte e na ciência.

Outros ainda, embora poucos, chegaram a um patamar de consciência muito elevado e parecem já não suportar viver no “mundo dos homens comuns”. Já vivem em comunhão com o Divino ou muito perto disso, desfrutando de um elevado estado de paz e felicidade a que têm direito, mas decidiram não suportar tanta ingratidão, “segundas intenções” e “estupidez” que sabem que estarão sujeitos se quiserem ser úteis em sociedade na área espiritual…

Por estes motivos, daremos algumas dicas para lidar com a obsessão e com a Mediunidade desperta para benefício dos interessados, enquanto procuram ajuda competente.

 

  1. A Moralidade

Uma das principais chaves para alguém se imunizar dentro do possível a ataques espirituais de obsessores consiste em levar uma vida de rectidão, praticando o Bem e evitando todo o Mal. Isto é válido para os interessados em desenvolver a sua espiritualidade. É igualmente válido para todos os que querem evitar sofrimento e decepções futuras, desenvolvam ou não a Mediunidade (existem determinados fenómenos mentais e energéticos, fruto de leis naturais, que justificam o sofrimento para quem faz o Mal e o bem-estar e alegria para quem faz o Bem. É um assunto mais complexo e “matemático” do que à partida se supõe. A sua complexidade faz com que não nos possamos deter muito sobre esse assunto. Ficará para um futuro trabalho).

As reuniões espirituais, as limpezas espirituais, as sessões de desobsessão e doutrinação ajudam e muito a lidar com a obsessão. No entanto, persistir nas falhas morais ou nos vícios (físicos ou mentais), é muitas vezes o equivalente a “enxotar as moscas sem tratar da ferida”. Pode-se afastar ou encaminhar alguns obsessores mas logo aparecem outros a tomarem o lugar deixado vago.

Devem ser evitados ou pelo menos diminuídos ao mínimo todos os vícios, como o álcool, o tabaco, o jogo, e claro, as drogas. Todos os excessos como o culto exagerado da sensualidade e vaidade também devem ser evitados.

Deve-se ocupar a mente com coisas úteis, construtivas, e evitar todo o tipo de vícios mentais negativos como a intriga, a inveja, o ódio, o egoísmo, etc.

 

  1. Práticas de Fé

Tanto a pessoa sujeita a obsessão como quem está a passar por um processo de despertar da Mediunidade, deve praticar exercícios espirituais como rezar, meditar, aumentar a cada dia que passa a sua fé em Deus e no Seu Poder, e se for esse o seu caso, procurar desenvolver a Mediunidade para a prática do Bem com orientação adequada.

Caso ainda não esteja a ser orientada, a pessoa deve limitar-se a práticas simples mas por vezes muito eficazes, tais como:

 

– Rezar (orações da sua religião de origem por exemplo)

– Ao rezar, elevar ao máximo o pensamento a Deus ou a alguém da sua devoção. Por exemplo, se for cristão a Jesus, a Maria, a Fátima, etc.

– Acender de vez em quando uma vela ao seu “Espírito Protector” e outra por “Irmãos que precisem de Luz para subirem para a Casa do Pai”. As velas devem arder até ao fim. Jamais saia de casa com uma vela a arder. Nunca arrisque. Acenda a vela ou velas só quando estiver em casa o tempo suficiente para elas arderem até o fim.

– As pessoas que não estejam a ser orientadas espiritualmente e são inexperientes, devem evitar queimar assiduamente velas pois isso pode atrair demasiados Espíritos em sofrimento e a precisar de ajuda. Uma vela acesa, para muitos Espíritos, é como um copo de água para alguém que desespera com sede. Só que, apenas por determinação Divina é que eles se podem beneficiar da luz dessa vela, se a pessoa, de livre decisão, oferecer a luz dessa vela a eles. De outra forma a vela não os pode ajudar. Em face disso, muitos Espíritos têm tendência para ficarem apegados a locais onde se queimam assiduamente velas, na esperança que um dia alguém os ajude.

Uma vez por mês é muitas vezes suficiente para os iniciantes. Pode ainda optar por oferecer velas em locais religiosos onde isso é permitido, evitando acender velas em casa.

– Em caso de dúvida, não queime velas de nenhuma cor a não ser branca.

 

Água fluidificada

A água tem a propriedade de reter energias que podem ajudar ao equilíbrio do organismo. É utilizada como um complemento da oração e pode-se pedir a Espíritos de Luz para a magnetizarem, para equilibrar o organismo ou ajudar no tratamento de uma doença em particular.

Ponha um copo com água à sua frente ou se preferir no altar. Faça a suas orações e/ou exercícios e peça a Deus para abençoar aquela água.

No final da oração ou sessão de exercícios, pegue no copo com as duas mãos e beba lentamente, mantendo o pensamento elevado a Deus ou a Jesus Cristo, em pequenos goles, retendo a água na boca durante alguns momentos antes de engolir.

 

A outra forma de realizar esta prática consiste em utilizar uma garrafa de água (de litro e meio por exemplo) e pedir a Deus para aquela água ser fluidificada, para atender a determinado objectivo, como por exemplo, ajudar nalguma doença em particular, física ou mental. Ou ainda, para protecção e limpeza espiritual. Faz-se conforme indicado e bebe-se várias vezes ao longo do dia com o estômago vazio. Beber sempre devagar, com fé e com o pensamento elevado a Deus.

 

  1. Oração em Família ou em Grupo

“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”. (Mt 18, 20)

 

A oração em grupo é das práticas espirituais mais poderosas para ajudar pessoas que estão a ser alvo de obsessão, ataques espirituais ou magia negra.

Em inúmeros casos, não é apenas o obsediado que está a sofrer uma provação. É toda a família que convive com essa pessoa. Muitas vezes existem questões kármicas (acções negativas de outras vidas) por resolver entre o obsessor e um ou mais membros de uma família, e mesmo entre os membros da família. As perturbações espirituais funcionam muitas vezes como um convite da Vida ao fortalecimento de laços de amor e entreajuda entre os membros da família.

É sua obrigação prestar todo o apoio possível a essa pessoa. E a oração em conjunto é uma grande ajuda.

O ideal seria realizar a oração em família diariamente. Uma ou duas vezes por semana consoante a disponibilidade já é razoável.

Quanto mais grave for a situação da pessoa obsediada, mais a família se deve unir na fé. É uma provação para todos e não apenas para aquele membro como muitos se atrevem a supor.

 

A oração deve ser feita com fé e sintonia de intenções. Pode escolher-se uma pessoa para dirigir a reunião. Faz-se uma oração inicial, pedindo a Deus a Sua bênção e protecção para aquela reunião familiar. Em seguida, pode ler-se um trecho de um livro religioso como a Bíblia, um livro espírita como o “Evangelho Segundo o Espiritismo”, ou outro livro espiritual que esteja de acordo com as crenças familiares.

 

No final, fazer uma oração em conjunto e pedir a Deus protecção, luz, paz, saúde, etc.

Pode-se escolher previamente o texto que irá ser lido. Há pessoas que elevam o pensamento a Deus e abrem o livro escolhido numa página à sorte. Outras preferem escolher previamente o texto a ser lido. As palavras “Deus”, “Jesus”, “Amor”, “Caridade”, “Bem”, “Paz” e “Perdão” por exemplo, quando pronunciadas com fé e convicção geram muita força e ajudam à protecção espiritual. Escolher um texto onde algumas destas palavras estejam inseridas pode ser uma boa escolha. Procurar seguir a intuição. Durante a oração, elevar cada vez mais alto o pensamento procurando a pouco e pouco “sentir” a Presença e Protecção Divina.

 

Quão felizes poderão ser as famílias que têm a prática assídua e salutar da oração em família…

 

Além de um texto evangélico, a família poderá escolher um livro de espiritualidade como “O livro dos Espíritos”. Combinam entre si ler todos um capítulo por semana por exemplo. Na reunião familiar previamente marcada, poderão trocar opiniões sobre o capítulo em questão. Ao ler esse capítulo há a possibilidade de tirar notas para discussão colectiva. Quando acabar esse livro, passa-se a outro bom livro e assim sucessivamente. A pouco e pouco e com o mínimo de esforço, os membros da família irão aumentar grandemente a sua bagagem cultural e espiritual sem quase darem por isso.

Em alternativa à oração em família, pode reunir um grupo de pessoas afins e formar o seu próprio grupo.

 

  1. Prática de exercícios espirituais para desenvolver a Mediunidade e leitura de obras espirituais

Como se sabe, é muito benéfico rezar, falar com Deus ou com alguém em quem se tenha fé, e pedir ajuda e orientação para a sua Vida. De igual modo, o estudo de boas obras espirituais pode ajudar muitas pessoas a ultrapassarem o desânimo em que por vezes se encontram.

No entanto, também existem actualmente no mercado livreiro livros que ensinam exercícios para desenvolver as faculdades mediúnicas. E embora cada caso seja único, é regra geral que se tenha muito cuidado com a prática desses exercícios sem orientação competente.

Isto para dizer que não incentivamos ninguém a praticar determinados exercícios de yoga, meditação, rituais, ou outros, que visem directamente o desenvolvimento da Mediunidade, invocar alguma força da Natureza ou entidade espiritual para comunicar sem que a pessoa esteja a ser bem orientada. No entanto, queremos deixar claro que muitas pessoas sentem-se “tentadas” a realizar semelhantes práticas e colhem o sucesso.

 

Quanto a nós, apenas podemos dizer que cabe a cada a um a responsabilidade dos seus actos.

Este trabalho não pretende constituir um manual de desenvolvimento da Mediunidade pois isso acarreta alguns perigos para pessoas menos preparadas sob o ponto de vista psicológico, espiritual e mesmo físico.

O desenvolvimento da Mediunidade não é nenhum “bicho papão”. E em alguns casos é algo bem simples, que a pessoa consegue com alguma prática.

 

Mas ainda assim, se a pessoa não estiver na posse dos mínimos requisitos, tentar o seu desenvolvimento “desorientado” pode levar a desequilíbrios de ordem psicológica, espiritual e mesmo físicos.

Em face disso, preferimos não arriscar e não fornecer exercícios para o desenvolvimento mediúnico. Procure alguém competente.

Muitas pessoas pioram a sua situação ao praticar exercícios de meditação e rituais de magia ou outros porque não estão suficientemente equilibradas, nem protegidas, nem espiritualmente autorizadas para o fazerem.

 

Uma analogia praticamente perfeita é que praticar exercícios para desenvolver faculdades mediúnicas é como realizar uma pequena cirurgia. Ora é necessário saber muito bem o que se está a fazer para que as coisas corram bem. E de preferência, estar a ser supervisionado.

 

Procurar desenvolver os dons espirituais sem supervisão nem com o mínimo de preparação, é agir como um cego que tacteia um caminho que não sabe bem qual é nem onde irá dar. Do outro lado podem estar à espreita Espíritos que “vêm bem” e aproveitarem-se da situação para se divertirem às custas da pessoa.

Outros tentam prejudicar e muitos tudo fazem para a pessoa sentir-se frustrada ou céptica em relação ao mundo espiritual. Tudo fazem para desenvolver na pessoa a dúvida e afastá-la do caminho correcto, para que a maior parte das pessoas vivas tenham uma vida como eles tiverem: desinteressada dos valores espirituais, o que resultou em inúmeros casos, numa reencarnação perdida ou perto disso, uma oportunidade de crescimento desperdiçada ou longe de bem aproveitada.

São irmãos espirituais que precisam de ajuda e não de condenação, pois foram eles próprios que se “condenaram” e continuam a condenar. No entanto, isso não quer dizer que não possam prejudicar e muito as pessoas inexperientes e sem preparação adequada.

 

Na maioria dos casos, no início, apenas se aconselha a pessoa a rezar e a pedir protecção a Deus.

 

O mesmo é válido para a leitura de certos livros de espiritualidade. Enquanto a pessoa não estiver a ser orientada espiritualmente, alguns médiuns devem evitar a leitura de muitos livros de espiritualidade ou de certas correntes que preferimos não identificar para não ferir susceptibilidades.

Além de em muitos casos isso gerar confusão uma vez que ainda não possuem as bases sólidas para orientar convenientemente o seu estudo, acontece que através de mecanismos inconscientes, determinadas leituras podem desequilibrar a pessoa. Existe um fundo de verdade quando antigamente o povo dizia que era perigoso possuir e ler o Livro de São Cipriano. Muitos espiritualistas e Guias Espirituais aconselham mesmo a destruição desse livro quando a pessoa tem algum.

 

Existem algumas razões para isso. Uma delas é que se a pessoa está a ser obsediada pode ser influenciada para fazer determinados disparates (magias, pactos, experiências perigosas, etc.).

Noutros casos, ao ler sobre determinadas forças do Mal ou forças que não sabe controlar, a pessoa sem se aperceber pode entrar em sintonia com elas. E isso pode não ser nada bom para uma pessoa frágil ou desequilibrada.

Isto é muito fácil de compreender. Para sintonizarmo-nos com um Santo basta pensar nele. Do mesmo modo, para alguém sintonizar-se com um Espírito no Mal, basta igualmente pensar nele durante algum tempo.

O outro motivo prende-se com o impulso interior que certas pessoas têm em “praticar”, ainda que subconscientemente, certos exercícios enquanto os lêem, e para os quais não estão ainda preparadas.

 

Estas são algumas das razões porque muitas correntes espirituais jamais falam de Espíritos de Mal, obsessões e coisas do género. Apenas “se ficam” pelas ideias de boa moral e pela elevação do pensamento apenas a Deus. Mas é claro que isto equivale a “ensinar a cozinhar um frango sem explicar que é preciso tirar as penas”! Como se combate uma doença, um obstáculo ou um perigo que se corre e se ignora? E só com boas intenções e oração é difícil alguém desenvolver a sua espiritualidade. A oração, tal como é comummente entendida e praticada, é a técnica de desenvolvimento espiritual mais simples e segura. Mas é preciso muito mais para atingir a iluminação espiritual.

É urgente aumentar o número de trabalhadores do Bem que possam ajudar o espantoso número de Espíritos em sofrimento e/ou que andam enganados por falsas ideias, esquecidos da paz e felicidade a que têm direito. Não é à toa que a maioria das religiões tanta importância dá ao culto dos antepassados. Por exemplo a Igreja Católica promove a oração “pelos que já partiram”, para que encontrem a paz. Agora só boa vontade não chega, da mesma maneira que não basta “querer” para ajudar uma criança doente sem conhecimentos de medicina. É preciso estar preparado. Para fazer mal ou estar a prejudicar-se, então é melhor ficar parado.

 

É claro que tudo isto depende da predisposição de cada um. Da sua maior ou menor sensibilidade, canais mediúnicos abertos e poder mental. Mas para algumas pessoas muito sensíveis, certas leituras são geralmente desaconselhadas. É mais uma das razões porque é importante ser orientado. Um bom instrutor saberá o que lhe aconselhar no seu caso específico e qual o momento certo para determinada leitura.

  1. Quando a pessoa já tem a Mediunidade desperta. Por exemplo, já ouve nitidamente vozes, vê imagens…

Bem, nesse caso precisa mesmo de aprender a lidar com as faculdades.

Se ainda não tem orientação, enquanto a procura procure manter a calma, ore muito a Deus e peça-lhe protecção.

Mas lembre-se sempre, não precisa ter medo independentemente das mensagens que recebe pois NINGUÉM PODE FAZER-LHE MAL.

Se já recebe informação de entidades espirituais, analise com o bom-senso, com a razão e a intuição, toda informação que recebe e jamais tome alguma decisão ou faça algo na sua vida que vá de encontro a uma moral irrepreensível.

Se as mensagens ou comentários são negativos, depreciativos, ignore-as e procure ajuda. Pode ler o “Livro dos Médiuns” de Allan Kardec que ensina a distinguir as boas comunicações espirituais das más.

Eleve o pensamento a Deus e peça para lhe ser enviado um Guia de Luz para o orientar. Se tudo correr bem, escute os seus conselhos, sempre com o crivo da razão. Se não conseguir, tente outro dia.

 

Algumas pessoas não conseguem por algum motivo estabelecer sintonia com um Guia de Luz nas primeiras tentativas apesar das faculdades espirituais despertas. Em alguns casos nada mais pode ser feito do que tentar e ver o que acontece.

Saiba no entanto que ansiedade e nervosismo podem impedir a boa sintonia e comunicação espiritual.

Procure relaxar e manter a mente aberta. Ponha uma música calma, respire fundo algumas vezes e faça uma oração ou leia um pouco de um livro sagrado ou outra obra espiritual. Quando se sentir calmo o suficiente, tente estabelecer comunicação com um Guia de Luz.

Se vê por exemplo imagens de algum Espírito, pode perguntar-lhe se ele lhe quer dizer alguma coisa, por gestos, por intuição, etc. Não esqueça de PEDIR SEMPRE PROTECÇÃO a Deus antes de iniciar uma sessão espiritual.

 

Se já tem a vidência desperta, saiba que os Espíritos sem luz, mais ou menos escuros, não são necessariamente Espíritos no Mal. A sua falta de luz é o resultado de uma vida longe dos ideais espirituais mas não quer dizer que lhe queiram fazer Mal. Muitas vezes procuram ajuda. Se sentir essa vontade, pode perguntar-lhes se pode fazer algo por eles. Uns podem pedir para acender uma vela por eles, outros para ouvir uma ou mais missas, outros “pequenos favores” como comer determinada comida, etc. Tenha sempre em mente que é livre de realizar o pedido. E claro, nunca faça nada de suspeito ou de prejudicial. Se os pedidos começarem a parecer “estranhos” ou ridículos, deixe de prestar atenção e evite comunicar com eles durante algum tempo.

Também não deve cair na tentação de andar “em todo o lugar e a toda a hora” a comunicar-se com entidades espirituais. Não caia nessa. O médium deve ter em atenção que é dono e senhor da sua vida. E se tiver dificuldades, deve lutar por isso. Estipule dias e horas para estar receptivo a pedidos de ajuda se for esse o seu caminho. Nas outras alturas, procure manter “a porta fechada”.

Também pode ser uma boa ideia ter papel e algo para escrever à mão. Pode anotar as suas experiências e mensagens. Se sentir vontade de escrever, deixe a sua mão livre e deixe fluir a informação. Procure não interferir e analise o que foi escrito só no final.

Importa ainda referir que há pessoas, que por não terem orientação espiritual preferem não prestar atenção a vozes, imagens, etc. Cabe a cada um decidir. Em alguns casos procurar estabelecer comunicação espiritual seria benéfico e até desejável. Noutros casos, realmente o melhor é não prestar atenção até encontrar alguém que possa ajudá-lo.

 

  1. Para os que praticam exercícios espirituais para desenvolver a Mediunidade

Para essas pessoas, que sentem a convicção interior de fazer esses exercícios mesmo sem orientação, assim como aquelas que já têm algum tipo de faculdade desperta, deixamos algumas pistas que podem ajudar a evitar decepções e males futuros.

 

Procurar levar uma vida honesta, irrepreensível do ponto de vista moral: isso ajuda a evitar companhias espirituais indesejáveis. Os semelhantes atraem-se. O Ser Humano tem tendência a atrair companhias espirituais conforme a sua moralidade (Bem ou Mal praticado), tendências de personalidade, gostos, vícios ou ausência deles, etc.

 

 

Preparação para os exercícios

Prepare-se mentalmente antes de praticar os exercícios. Não coma refeições pesadas antes de os praticar, ou caso o faça, espere duas horas. Não beba álcool ou fume. Se possível, tome um banho e relaxe. Um banho de descarrego conforme indicado no ponto 16 deste capítulo pode ser uma boa ideia se se sentir exausto ou irritado. Desligue o telefone e evite tudo o que possa prejudicar a sua concentração.

 

Protecção, Orientação e Sintonia Espiritual durante os exercícios

Pelo menos os iniciantes, nunca devem começar a prática de exercícios para desenvolvimento espiritual sem pedir directamente a Deus protecção e orientação. É muito importante. Pedir protecção visa não sofrer influências negativas uma vez que irá abrir certos canais de actividade espiritual. A orientação visa ser de alguma forma influenciado por Guias de Luz para escolher os exercícios mais adequados, estar receptivo a informação que pode surgir durante a prática, etc.

Antes de pedir protecção e orientação, pode-se elevar o pensamento cada vez mais alto até Deus, dizendo lentamente três vezes uma das seguintes frases: “Deus, Deus, Deus.”, ou, “Meu Deus, Meu Deus, Meu Deus.”, ou, “Meu Pai, meu Pai, meu Pai”. Procurar sentir a Presença Divina.

 

Essa sensação, com prática assídua, mais tarde ou mais cedo começa a acontecer. Repita várias vezes três vezes a frase.

Pode ainda sentir vontade de permanecer durante alguns minutos nesse estado de sintonia, mantendo uma atitude de auto-entrega a Deus e concentração contínua nessa intenção. E sintonia é a palavra-chave.

O que está a fazer é procurar SINTONIZAR-SE com Deus, da mesma forma que procura sintonizar uma emissora num rádio. O rádio é o praticante e o dispositivo para sintonizar a emissora é o pensamento.

Não duvide e tenha fé pois essa é a grande meta de todo o Ser Humano. Trabalhe para que possa dizer como Jesus Cristo, Eu e Pai somos Um (João 10, 30).

Esse é o estado de perfeita sintonia. É a busca desse estado, cuja aspiração interior está inscrita em todos os Seres Humanos, que originou a palavra religião (que significa “religar”) e yoga (“unir”). Essa é a grande meta que a espiritualidade se propõe a ajudar o Ser Humano a atingir, para que através dessa sintonia, ligamento ou união, se possa tornar num “Médium da Vontade Divina”: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Mateus 7, 21

 

Ora para atingir a perfeição de ser um médium da Vontade Divina, o Homem precisa de aprender a sintonizar-me o mais possível com Ela. Muitas pessoas, que praticam exercícios durante longos anos, têm a sensação de andar um pouco às voltas sem saírem do mesmo sítio. E uma das razões é porque ainda não compreenderam a importância da sintonia com o Alto (planos elevados, Guias de Luz, Deus).

Para ajudar a compreender isso melhor, o praticante pode estudar algumas figuras de Santos (não as que representam sofrimento obviamente), místicos, de Buda, de Jesus Cristo, etc. Em inúmeras dessas imagens, com um pouco de atenção, verifica-se um estado de paz, harmonia, por vezes mesmo de beatitude, e… sintonia com o Divino.

A contemplação deste tipo de imagens durante alguns minutos, que representam sintonia, paz, harmonia, União com o Divino, pode resultar em muita paz e elevação espiritual.

 

Este exercício também pode ajudar à protecção espiritual. Há pessoas que gostam de andar com uma imagem na carteira e de vez em quando, no seu dia-a-dia, contemplam a imagem. Ou seguram-a entre as mãos e procuram “elevar-se” (através do pensamento). Ao inspirar-se no que a imagem representa, elevam-se elas próprias aumentando as suas vibrações, aproximam-se de Deus, acalmam a mente e as emoções, e fecham canais de comunicação espiritual “inferiores” que podem estar a ser utilizados por Espíritos obsessores.

 

Honestidade e Intenções Puras

É muito importante o praticante ser honesto consigo próprio e saber porque é que quer desenvolver a Mediunidade.

As faculdades mediúnicas são dons que exactamente como os dons do corpo e da mente, devem ser utilizados para o Bem, e neste caso especialmente, para o progresso espiritual.

Procurar o desenvolvimento mediúnico baseado em fantasias de procurar atrair riqueza, adivinhar os números do totoloto ou dominar os outros, é não compreender para que serve a Mediunidade.

O Bem é sempre o Bem independentemente das faculdades em questão. Quem procura desenvolver a Mediunidade alimentando sonhos de grandeza, vaidade e fama, dificilmente dará um passo em direcção a Deus e em alguns casos pode acabar por se prejudicar.

 

Não cai uma folha ao cimo da Terra sem que Deus saiba e o permita diz certo adágio.

É simplesmente impossível esconder sentimentos e pensamentos mesquinhos e egoístas de Deus e dos Guias de Luz. Portanto, é importante escolher objectivos honestos e assumir que se quer desenvolver os dons mediúnicos para servir Deus e o próximo, ao mesmo tempo que se trabalha pelo próprio progresso espiritual. As ideias fundamentais a manter em mente devem ser estas e nada menos do que estas: integridade moral, humildade e serviço.

Geralmente, através de mecanismos que aqui não interessa referir, só depois do aval do Eu interior e com intervenção de Espíritos de Luz com autorização Divina para o fazerem, é que a pouco e pouco e através do exercício assíduo as faculdades mediúnicas são de facto desenvolvidas de forma frutuosa.

Relembramos que desenvolver as faculdades mediúnicas é como realizar uma intervenção cirúrgica. São necessárias modificações energéticas e a vitalização de certas zonas do sistema nervoso para que as faculdades se tornem operacionais. E isso geralmente só é possível ou com muito conhecimento ou com a ajuda de seres espirituais ao serviço de Deus.

Dificilmente desenvolve a Mediunidade quem tem em mente o Mal ou interesses egoístas. Se há médiuns que utilizam as suas faculdades mentais e espirituais para o Mal, tal acontece depois de terem sido ajudados pelo Alto a desenvolver essas faculdades para o Bem.

Geralmente, foram durante os meses ou anos de desenvolvimento mediúnico pessoas “bem comportadas”. Entretanto, a partir de determinada altura da Vida, por ambição, ignorância, fraqueza ou outro motivo qualquer, começaram a praticar o Mal, atraindo a si por vezes pesadas penas para expiar no futuro devido à sua traição relativamente à confiança depositada pelo Alto.

Alguns, depois de excelentes e frutuosos resultados, vacilam e “caem” em desgraça perante certas provações da Vida, começando por exemplo a praticar magia negra, pedindo “favores” a Espíritos inferiores que se dedicam ao Mal, e de cuja companhia e influência dificilmente depois se verão livres.

 

Deixamos estas ideias para reflexão dos interessados, sublinhando o facto de que muitos dos que praticam técnicas para desenvolvimento espiritual e mediúnico, e que se queixam de não avançarem espiritualmente mesmo depois de anos de prática, algumas das razões para que tal aconteça estão inseridas nestes últimos parágrafos…

Se não está a avançar é porque tem falta de conhecimento ou existe algo na sua actividade mental (vaidade, orgulho, crueldade, presunção, egoísmo, etc.), ou na prática do seu dia-a-dia que é incompatível com a confiança do Alto. Ou ainda, o método seguido não é o mais aconselhado para o seu caso…

 

Vemos com tristeza e lamento, alguns jovens e adultos, vaidosos por estarem inseridos em algumas correntes espirituais “mais em voga”, algumas até elitistas, que caem no erro de pensarem que praticam um tipo de espiritualidade “muito elevada”, ao mesmo tempo que desprezam muitas doutrinas como o espiritismo que lhes daria as bases precisas e indispensáveis para o seu verdadeiro e efectivo desenvolvimento espiritual.

Na verdade, em muitos casos infelizmente, é muito questionável se é verdadeiramente o desenvolvimento espiritual o que essas pessoas procuram. Em alguns casos, é mais um snobismo, uma vaidade, um passatempo como outro qualquer… Ou então, vêm na espiritualidade mais um part-time ou mesmo oportunidade de carreira para “ganhar dinheiro”. Vemos nestes casos, um número demasiado grande de pessoas impreparadas para o trabalho a que se propõem, que vão desde certas terapias espirituais a propor-se a “conduzir almas”, denegrindo por vezes a imagem da espiritualidade, e claro, estragando o fruto do trabalho e suor de pessoas honestas e competentes, lançando obviamente o descrédito e a desconfiança no público em geral.

Não é de facto a Verdade nem a Vontade de Deus o que muitas dessas pessoas procuram!

 

Mas os bem intencionados, embora por vezes equivocados e porque não dizê-lo, por vezes enganados, lubridiados durante anos, passados 3, 5, 10 e até mais anos de prática, fazem o balanço das suas práticas e esforços ficando desalentados com a evidente falta de progresso.

Podem conhecer muitas coisas porque leram muitos livros e em muitos casos terem praticado exercícios durante horas a fio. Mas saber, afinal não sabem assim tanto. Muitos revoltam-se e abandonam essas práticas, desacreditados e desiludidos. Alguns perdem mesmo a fé e deixam de acreditar na espiritualidade, caindo no erro de julgar o todo pela parte.

 

Mas é claro que a culpa não é dessas correntes espirituais, que regra geral, têm muito para oferecer.

A culpa é muitas vezes da falta de preparação de alguns instrutores, que pretendem ensinar um caminho que eles próprios nunca percorreram!

Para dar um exemplo, imagine-se que há instrutores de meditação e yoga que evitam falar ou mesmo negam a existência dos Espíritos e até de Deus!!!

 

São como cegos que procuram guiar aqueles que buscam a luz.

 

Pode-se ler muitos livros de espiritualidade e praticar durante horas a fio exercícios para o desenvolvimento espiritual. Mas sem “pensar o Bem, desejar o Bem e praticar o Bem” em todas as circunstâncias da vida em que isso é possível (trabalho, família, convívio social, etc.), dificilmente alguém avança um passo que seja em direcção a Deus. Ou pelo menos, de certeza que não irá muito longe.

 

De que vale praticar meditação durante uma manhã inteira, e depois, quando se sai de casa, vira-se a cara a um conhecido que se sabe precisar de ajuda ou atira-se uma pedra ao primeiro cão que se vê na rua?

É por isso que vemos pessoas humildes, que em muitos casos nunca leram um livro de espiritualidade além da Bíblia, e em muitos casos nem a própria Bíblia, mas que estão muito mais perto de Deus, irradiando mais luz e paz interior do que outras pessoas que passam a vida a “devorar” livros de espiritualidade. Isso mesmo pode ser comprovado por um radiestesista experimentado, medindo as vibrações pessoais através de um pêndulo.

 

Em certo sentido, a Humanidade actualmente precisa menos de sábios de espiritualidade e mais de pessoas de boa vontade, que no lugar onde a Vida os colocou, dêem o seu contributo para eliminar o sofrimento, a injustiça, a imoralidade, a impiedade, o Mal, a fome, a pobreza e as desigualdades sociais que abalam a estrutura da Família Humana, e que perigam a continuidade da própria existência Humana (seja por aniquilação da raça humana por Deus como está escrito e aconteceu com o dilúvio relatado na Bíblia e noutras escrituras sagradas de outras religiões, seja por intervenção do Homem como já esteve prestes a acontecer através da guerra com recurso a armas nucleares, ou devido a desequilíbrios irrecuperáveis do Planeta Terra).

 

É portanto importante manter em mente o Bem e o servir o próximo, a humildade e a abertura mental para encontrar a Verdade e nada menos do que a Verdade, a Vontade do Pai Divino e nada menos que a Sua Vontade, independentemente dos aparatos, da terminologia desta ou daquela “seita”.

 

É preciso ainda estar precavido que a Verdade dificilmente está num palácio, num “kit” de hipermercado ou numa “bandeja” ao seu bel dispor. E em muitos casos, a pessoa que tem mais verdades para lhe ensinar, não é exactamente aquela pessoa “bonita”, “rica”, “famosa”, com “ar místico” ou “ar de Santo”, que só a sua imaginação ou a mentira e ilusão proporcionadas por algum tipo de marketing ou filme lhe fizeram acreditar.

 

Assiduidade na prática dos exercícios

Por variadas razões, é um bom hábito praticar os exercícios em dias previamente estabelecidos e sempre à mesma hora. Isso ajuda a mente a preparar-se para esse momento assim como permite aos Guias de Luz a programação das suas próprias tarefas.

Se não lhe for possível fazer essa programação semanal das suas práticas espirituais, mantenha em mente uma ou duas horas antes a intenção de realizar exercícios.

Funciona melhor praticar os exercícios duas ou três vezes por semana durante 15 a 20 minutos do que duas horas por mês.

 

Local de prática dos exercícios

Também é benéfico praticar os exercícios sempre no mesmo local. Pode-se escolher um aposento ou parte de uma divisão da casa para as práticas espirituais. Deve ser um local limpo, sossegado e de preferência, que não seja de passagem de pessoas, pelo menos enquanto pratica os exercícios.

 

A escolha dos exercícios

Existe uma infinidade de exercícios que podem ser praticados para o desenvolvimento espiritual. Há exercícios aparentemente simples que funcionam melhor do que outros mais elaborados.

O que funciona para umas pessoas não tem necessariamente de funcionar com outras. Um bom mestre espiritual saberá quais os exercícios mais adequados a cada pessoa.

Escolha um ou mais exercícios, estude quais os seus objectivos e se é isso que quer. Pratique-os durante algumas semanas e reflicta sobre os resultados.

De vez em quando pode mudar de exercícios.

 

Quando se sentir mal durante ou após a prática de exercícios

Regra geral, isso não é bom. Mas também não costuma ser preocupante.

Quando praticar algum exercício e sentir-se mal, diz o bom senso que se deve procurar a causa (caso seja possível). E o mesmo bom-senso, também diz que caso não se conheça a causa do mal-estar, o melhor é deixar de praticar o dito exercício, pelo menos durante algum tempo.

 

É importante colocar a hipótese de o exercício não ser adequado para si neste momento. Ou talvez não tenha pedido orientação e protecção a Deus.

É muito importante procurar algum tipo de sintonia espiritual. Sintonia elevada obviamente.

Essa sintonia, caso a pessoa seja flexível, pode ajudar a direccionar o estudo e a prática de exercícios para que os resultados sejam proveitosos.

Também não costuma ser boa prática querer experimentar “tudo e mais alguma coisa ao mesmo tempo”. Assim é difícil chegar a algum lado! E até se pode prejudicar, desequilibrando o seu sistema energético.

Outra das hipóteses a averiguar é se não está a exagerar no tempo de prática dos exercícios e a absorver muita energia, mais energia do que aquela que o seu sistema é capaz lidar actualmente.

Alguns dos sintomas são tonturas, nervosismo, vontade de praticar alguma actividade física muito intensa.

Diminua o tempo de prática e veja o que acontece. Pode ainda fazer um descanso de alguns dias. Tomar um banho, fazer uma caminhada ou uma actividade física intensa também pode ajudar.

 

Também pode ter acontecido ter-lhe passado pela mente que não deveria praticar esse exercício mas a sua teimosia levou-o a ir em frente.

Existem de facto exercícios muito poderosos, que despertam e libertam muita energia. Mas nem todos estão preparados para ao seu efeito.

Talvez seja melhor parar com os exercícios durante alguns dias até sentir de novo vontade de os realizar.

 

É importante que saiba, que em alguns casos, a pessoa sente-se mal porque em estado de relaxamento aumenta a sua sensibilidade e sente Espíritos em sofrimento.

Podem ser irmãos espirituais que buscam ajuda. Pode orar por eles e acender de vez em quando uma vela para que eles tenham luz para “subir para a Casa do Pai”.

Aqueles que já estudaram um pouco de espiritualidade e da “Vontade de Deus”, sabem que só pela “via da caridade” poderão alcançar os patamares mais elevados de paz e chegar muito perto de Deus. Praticar a caridade a irmãos espirituais que por falta de oportunidade, revolta, ignorância, preguiça ou má vontade andam em sofrimento, só por si nada tem a haver com a “Mediunidade sofredora” por causa de “muitos erros de vidas anteriores”. Embora haja muito de verdade nesta frase      no caso de muitas pessoas, e que explica muito do sofrimento por que estão a passar nesta vida, trata-se de um aspecto menos simpático que tem mais tarde ou mais cedo de ser ultrapassado de forma a dar lugar a verdades mais elevadas e positivas.

Dizemos isto porque há pessoas que pensam que ser médium é sinónimo de sofrimento. Outras evitam desenvolver a Mediunidade para não terem de lidar com Espíritos em sofrimento.

É preciso estudar e compreender a Beleza da Criação Divina. E procurar vivê-la. E a caridade faz parte da Beleza e Criação Divinas.

Ajudar Espíritos em sofrimento é um acto de caridade. Certos médiuns de limpeza e grupos de doutrinação que ajudam Espíritos em sofrimento, são literalmente missionários que humildemente servem o próximo e Deus… Alguns nem imaginam os “tesouros que amealham no céu” e como será grande a sua “pensão de felicidade”…

 

Precisamos de compreender que a caridade está presente nas leis naturais “da mãe Terra” e o Homem é um dos maiores beneficiários, mesmo nas coisas que o Ser Humano julga “mais simples” como ter água potável e comida para manter a saúde e vitalidade do corpo físico.

Não passa pela cabeça da maioria das pessoas a estupenda Caridade de inumeráveis inteligências que gerem e controlam os fenómenos naturais, para que o equilíbrio da Natureza continue a permitir a vida do Homem ao cimo da Terra!

O Ser Humano precisa directa e indirectamente do concurso de inúmeros Espíritos e inteligências para aceder e viver num corpo físico durante uma vida reencarnado.

 

A Caridade não é coisa pouca. É uma das principais Leis do Universo.

 

  1. Se o seu Despertar Mediúnico está a ser conturbado

Siga as indicações dadas neste capítulo e ao longo livro.

Evite qualquer tipo de vícios e locais onde eles ocorrem (álcool, tabaco, jogo, prostituição, etc.): os vícios enfraquecem o corpo e a mente. Fica mais vulnerável a ataques espirituais e à influência de irmãos em sofrimento apesar destes não lhe quererem mal algum.

Além disso, os vícios podem atrair Espíritos apegados à matéria que tentam satisfazer os seus vícios como se ainda estivessem vivos.

 

Em alguns casos também não é aconselhável, pelo menos no início da perturbação, frequentar locais públicos de grande afluxo de pessoas, como grandes centros comerciais, cemitérios e Igrejas em momentos de cerimónias, etc.

Muitas pessoas sentem-se mal. Algumas desmaiam mesmo. Muitas vezes são médiuns de limpeza que vêm com a missão de servir Deus e o próximo através da caridade a Espíritos necessitados de ajuda. Como tal, podem ter a predisposição para atrair entidades que procuram ajuda. Se não estiver preparado pode passar um mau bocado. É nestes locais que começam muitos “ataques de pânico”. É algo que precisa de aprender a controlar e certamente será ajudado a isso num bom centro espiritual.

 

Procure evitar os pensamentos negativos e ocupe o seu tempo com actividades úteis como o trabalho, estudo, distracções agradáveis e positivas, prática desportiva, etc.

 

Muitos mecanismos de defesa terá de ser você próprio a descobrir o que funciona consigo, mesmo que por vezes lhe pareçam disparatados. Por exemplo, no casos de pessoas que estão um pouco mais descontroladas, como ter determinados “tiques”, funciona com muitas mastigar pastilha elástica. Muitas vezes são médiuns de incorporação. Isso ajuda a aliviar a tensão quase permanente em que se encontram, a ignorar os sintomas e a “disfarçar” perante as outras pessoas.

 

  1. Pactos de sangue e “contractos” com Espíritos no Mal

Algumas pessoas, por ignorância, brincadeira ou algum tipo de revolta, são levadas a fazer rituais de sangue ou algum tipo de “contrato” com forças do Mal.

Mais tarde ou mais cedo arrependem-se. O pior é que muitos pensam, por ignorância, que “venderam a alma ao Diabo”.

E o que é mais grave ainda é que muitos sofrem em silêncio, sendo incapazes de pedir ajuda porque julgam que não têm salvação. Por ignorância, vivem os seus medos e terrores sozinhas porque estão convencidas que fizeram um pacto com o “Diabo”. Em alguns casos, fazem muitos disparates pois enveredam pelo “perdido por cem, perdido por mil”.

 

É o sofrimento imenso e as consequências por vezes imprevisíveis e terríveis que nos deram motivo suficiente para abordar aqui este assunto. Conhecem-se alguns casos e sabe-se as dificuldades dessas pessoas.

Em alguns casos, principalmente quando a pessoa não procura ajuda pois como já foi dito, acredita tolamente que vendeu a sua alma ao “Diabo” e que não tem “salvação”, a tortura em que vivem essas pessoas é transportada para a vida espiritual. Muitos precisam de um número demasiado grande de anos para se desfazerem das amarras sórdidas em que se deixaram envolver. E muitas vezes por mera curiosidade e brincadeira!

 

Não precisam de viver aterrorizados. O “Diabo” não existe e a perdição eterna é um absurdo pois é algo oposto à Lei do Progresso e à bondade Divina. Se por acaso tem algum tipo de Mediunidade desenvolvida, o Espírito ou Espíritos com quem fez algum tipo de pacto, dependendo da “sorte” que poderá ter tido, foi algum Espírito mais “escuro”, talvez no Mal, ou brincalhão, e não com o “Diabo”.

 

É óbvio que se pode ter metido numa alhada. Principalmente se usufruiu dos seus “favores”. Raramente eles deixam facilmente em paz quem com eles faz algum tipo de pacto. Daí aqueles “azares”, aquele “mal-estar” que algumas pessoas sentem quando tentam ir para o caminho do Bem. Pode parecer estranho mas algumas pessoas sentem-se como se estivessem a travar uma verdadeira batalha quando estão a fazer o Bem. Mas isso é algo com que podem aprender a lidar, com paciência, perseverança e conhecimento.

 

Talvez o mais importante neste momento é meter na sua cabeça que não é perfeito, que não é Deus. Se errou, é porque ainda não é perfeito. E como todo o filho de Deus, tem direito a errar e a arrepender-se.

 

No entanto, o principal a reter é que eles dificilmente lhe podem fazer algum Mal, se enveredar por uma vida de virtude, estudo contínuo e prática do Bem, mesmo que sinta algumas dificuldades no início. É uma questão de perseverança. Anime-se pois é sinal que está a ir no Bom Caminho. Pense apenas na vitória!

Pode orar por exemplo a São Cipriano, um Santo que também foi durante muito tempo enganado pelos pactos com Espíritos que lhe faziam acreditar que podiam dar-lhe tudo.

Um dia são Cipriano descobriu a verdade: que nenhum poder ou Espírito, em momento algum, pode o que quer que seja contra o Soberano Deus e contra pessoas que se entregam verdadeiramente de “alma e coração a Deus”. Caso a pessoa mereça, nenhum tipo de influência malévola pode sofrer no caso de Deus não o permitir.

 

São Cipriano, depois de descobrir a verdade, que tinha durante muito tempo sido enganado, arrependeu-se e dedicou-se a desfazer e a reparar dentro do possível o Mal que tinha feito.

Actualmente é um poderoso Guia de Luz para combater o Mal provocado por pactos, magia negra e influências de Espíritos no Mal.

Se realmente precisa, ore com fé e honestidade, e sentirá certamente a sua força (caso tenha alguma sensibilidade desenvolvida).

Mas mesmo que não seja o seu caso, em momentos de crise, em situações de pânico, “ataques espirituais”, ore confiantemente e fale-lhe das suas boas e verdadeiras intenções.

Ore e confie, pois é um grande amigo da Humanidade. Cometeu alguns dos muitos erros que vê os seus irmãos ainda encarnados cometer.

 

 

 

Este estado de coisas acontece porque por exemplo em Portugal, durante muitos anos, o único livro de “espiritualidade” além da Bíblia e que falava da comunicação com Espíritos era o “Livro de São Cipriano”. Apesar da fantasia e morbidez perante os olhos de alguém que actualmente o leia, ensina uma ou outra técnica para contactar com os Espíritos que podem funcionar com pessoas com alguma Mediunidade desperta ou em potencial.

Na verdade, o que menos conta por vezes é qual o exercício. O mais importante e fundamental, é se a pessoa tem ou não faculdades mediúnicas desenvolvidas ou em vias de desenvolvimento.

Actualmente, existem certas seitas que por brincadeira ou mesmo maldade, levam pessoas por curiosidade e à procura de novas sensações a participar em rituais de magia negra onde se bebe sangue de animais mortos na altura em rituais macabros. Muitas vezes a pessoa não têm qualquer intenção de participar em tais perversões mas é “apanhada de surpresa pelo clima” e enredada de tal forma que não consegue escapar a tais actos. Conhecem-se alguns casos que pararam na cadeira de um psiquiatra.

 

Acontece portanto, que algumas pessoas ignorantes e imprudentes fizeram pactos de sangue e com isso atraíram muita desgraça para as suas vidas, e em muitos casos, para próximas reencarnações, dependendo do Mal que depois praticaram. Fizeram acompanhar-se de entidades espirituais negativas e do Mal, de cuja companhia por vezes é muito difícil de se verem livres.

 

Se alguém pensa desenvolver a espiritualidade para o Mal, de forma a atrair para a sua vida bens materiais, riqueza, “sexo fácil”, fama, e prejudicar os outros, é bem melhor esquecer a espiritualidade e procurar viver a sua vida o melhor que conseguir.

As consequências podem ser imprevisíveis e catastróficas. Muitos dos poderosos médiuns que andaram no Mal e que a Humanidade conheceu, foram por exemplo Hitler, Nero, Calígula entre outros. Foram médiuns escravizados pelas forças do Mal e das quais não se conseguiram libertar. Alguns precisaram de várias reencarnações de sofrimento para expiar o Mal que causaram à Humanidade (e alguns ainda continuam a vir à Terra em vidas de expiação).

Conta-se que Hitler, na última fase da sua vida, acordava durante a noite em pânico e aos gritos a pedir ajuda pois as forças das trevas não o deixavam em paz.

Algumas pessoas poderão questionar “não o deixavam em paz? ele que tanto Mal causou à Humanidade?”

Pois é justamente esse o grande e talvez maior engano que muitas pessoas que fizeram pactos se apercebem a dada altura. E por vezes demasiado tarde. “Mal é Mal, o resto é conversa”.

O que acontece é que se trata de Espíritos perversos, afastados de toda a justiça, bondade e misericórdia. Quando destroem aqueles que elegem como inimigos comuns, procuram depois destruir os seus próprios pares.

Vivem sem paz, muitos em estado de loucura quase contínua, e alguns em permanente medo e terror dos seus chefes.

Depois de explorarem a credulidade do médium tonto, procuram a sua destruição. E quando o conseguirem ou esse médium deixar de servir os seus interesses (ou porque conseguiram levá-lo à desgraça através da doença, da loucura ou do suicídio, ou então, porque a pessoa mantêm-se firme no Bem e é ajudada por Espíritos de Luz que a protegem), procuram nova vítima, descartando o seu ex-companheiro na desgraça.

 

Também eles um dia retornarão ao bom caminho, quando se deixarem esclarecer, já não tiverem forças para continuar no Mal ou o seu sofrimento já não ser suportável. Alguns serão os futuros “débeis mentais”, pessoas cuja dignidade dependerá inteiramente da caridade alheia.

Mas não deixam por isso de ser “filhos de Deus” pois a Lei assim o exige, que a todos seja dada a oportunidade de arrependimento e de tornar ao Bom Caminho.

 

Como não poderia deixar de ser, essas entidades pedem muitas vezes em troca pelos seus favores, a satisfação de vícios e/ou a prática do Mal. É por isso que muitos dos rituais da magia, incluindo a chamada magia negra (que visa o prejuízo de alguém) exige a presença de bebidas alcoólicas, fumo de tabaco, e nalguns casos, sexo, tortura, morte e sangue de animais. Portanto, aquilo que é contrário às Leis de Deus: respeito pelos outros e pela Vida, pela harmonia, pela paz e amor.

 

Se por acaso fez um disparate destes, saiba que Deus é soberano, justo e bondoso. Está sempre disposto a perdoar aqueles que se arrependem.

A quem muito errou talvez muito seja exigido provar. Mas ao fim ao cabo, é uma questão de tempo.

Precisa de esforçar-se e nunca desistir. Procure reunir todo o tipo de recursos que conseguir para manter a estabilidade mental nos momentos mais difíceis (livros de espiritualidade inspiradores, música que o ajude a elevar-se como música sacra, pedras de cânfora, amuletos que lhe digam alguma coisa como um crucifixo, copos de água e sal, imagens de Santos, flores naturais e animais de estimação, etc.).

 

Em caso de maior provação, não tenha problemas em recorrer a calmantes naturais ou mesmo de farmácia.

Procure a companhia de pessoas íntegras e frequente um bom centro espiritual.

 

Mesmo que tenha dito durante o pacto frases estúpidas como “renego a Deus”, ou “Deus não existe”, ou coisas do género, saiba que jamais foi dado a alguém o poder de ofender a Deus.

Foi Ele que nos criou. Sabe tudo sobre nós, as nossas virtudes e imperfeições.

Aos Seus soberanos e sublimes “olhos”, não passamos muitas vezes de crianças rebeldes, que por muitos avisos que nos cheguem continuamos a brincar com o fogo até nos queimarmos e dizer que “faz dói-dói”.

 

Deus “ri-se” de algumas das nossas “traquinices”.

 

Vá em frente e não desanime, pois se persistir, também estará certamente guardada para si a palma da Vitória.

 

  1. Pessoas com tendências criminosas

Existem algumas pessoas a quem a sociedade chama cruelmente de “criminosos”, que são Médiuns com algum desenvolvimento mas que desconhecem esse facto.

Deixam-se por vezes “levar” pela revolta devido ao desespero resultante das mais variadas dificuldades da Vida. Muitos escolheram aliviar demasiado karma negativo nesta vida. Decidiram carregar uma “cruz” que se está a revelar superior às suas forças e engenho. Isso faz alguns enveredarem pelo caminho do crime.

 

Em alguns casos são pessoas que estão a ser vítimas de obsessões muito graves. Muitos “só se sentem bem e com alguma paz” a trapacear o próximo, a fazer o Mal.

 

De facto, muitas vezes, quando tal não acontece e eles julgam que se “sentem mal”, tal como acontece com os pactos, é porque estão a ser vítimas de ataques espirituais, de obsessores que procuram não deixar a pessoa pensar com clareza. Quanto mais enfraquecida e confusa conseguirem deixar a pessoa, maior a probabilidade desta cometer más acções devido a certas tendências.

E para esses Espíritos cruéis, se conseguem fazer com que a pessoa se drogue ou beba excessivamente, tanto melhor, pois isso deixa-a mais enfraquecida e torna mais fácil o seu detestável e vergonhoso “trabalho”.

 

Já aqui falamos que os obsessores procuram exaltar as más tendências das pessoas: vícios, orgulho, vaidade, tendência a sentirem-se superiores, sensualidade exagerada, etc. Pois algumas pessoas, geralmente devido a outras reencarnações onde foram criminosos, têm tendência para o crime. E é isso que irá ser estimulado pelos obsessores por sugestão mental. É esse o seu ponto fraco, a sua “mancha”.

 

Muitas vezes o obsessor foi um parceiro do Mal do médium noutra reencarnação ou no estado espiritual, onde pertenceram ao mesmo bando de malfeitores. Sentem-se algumas vezes traídos pelo ex-colega, agora reencarnado, por este ter escolhido o Bom Caminho (em alguns casos) e tentam vingar-se.

 

Não é por acaso que algumas pessoas que cometeram crimes muito graves agradecem com sinceridade o facto de terem sido presas. Acontece que elas pensam que perderam o controlo da sua vida. “Algo” as comanda e tem poder sobre elas, embora elas não saibam o que se está a passar consigo. E claro, olham à sua volta e ninguém as compreende, o que as leva por vezes a desesperaram de forma ainda mais profunda. Muitas vezes o desespero os cega e entram no “perdido por cem, perdido por mil”, ou ainda, acabam no suicídio!

 

Existe muita verdade em certos casos onde a pessoa afirma “não fui eu que fiz aquilo” ou “não era eu”!

E como é fácil de compreender, numa sociedade tão pouco tolerante com pessoas com dons mediúnicos desenvolvidos e ainda não controlados, imagine-se com pessoas que ainda por cima cometeram crimes!

O que essas pessoas precisam de fazer é agarrarem-se com todas as suas forças à fé, à crença num poder Superior e pautar a sua vida pela prática do Bem, da Caridade. Devem cultivar sentimentos e pensamentos positivos e modificar formas de pensar que os leva a tomar determinadas atitudes. Por exemplo, se a sua fraqueza for a crueldade, pensar em amor e respeito pelo próximo, se for a revolta, pensar em humildade e agradecer a Deus por tudo o que a Vida lhe deu ainda que por vezes julgue ser pouco, e assim sucessivamente. Se necessário, pode procurar um psicólogo.

 

Precisam entregar a sua Vida a Deus, ao estudo da Vida e das suas Leis.

Devem rezar muito, procurar frequentar um centro espiritual, dar o seu contributo em alguma organização de caridade, etc.

O Mal feito já não pode ser apagado. Mas para o Pai Celestial não existem crimes irreparáveis. E o Mal paga-se com o Bem. Jamais com o desânimo, com o desespero, com o “perdido por cem perdido por mil”.

Saiba que Deus está sempre de braços abertos ao arrependimento e ama a todos os Seus Filhos igualmente, mesmo que ainda não tenha capacidade para compreender que as coisas são realmente assim.

 

Um Santo é um Pecador que nunca desistiu disse o mestre de yoga Paramahansa Yogananda.

 

Não precisa de deixar-se “ir abaixo” por causa da discriminação de outras pessoas. Cada pessoa julga os outros e a Vida consoante o seu entendimento. Se elas estudassem a espiritualidade e as leis da Vida, seriam as primeiras a não julgá-lo(a) e sim a procurar ajudar. A maioria das pessoas que julgam os outros por cometerem crimes, envergonhar-se-iam se de imediato lhes fosse dado a relembrar os crimes que elas próprias cometeram noutras existências!

Ninguém deve julgar o próximo para não ser também julgado “pela mesma bitola”.

 

Estude, trabalhe, reze muito, peça muita protecção e ajuda a Deus. Pratique o Bem e pode estar certo que Deus o ajudará a erguer-se.

 

  1. O Pensamento

 

Pensamento Elevado e Focalização da Mente

Dentro do possível, a pessoa que esteja a passar por algum tipo de sofrimento ou perturbação, seja por motivos espirituais ou por acontecimentos de vida, deve manter o pensamento elevado e ter pensamentos de fé. Deve procurar dirigir a mente para coisas úteis, positivas, construtivas, para a tarefa que esteja a realizar no momento.

Deve evitar focalizar a mente em sintomas que gerem sofrimento (pensamentos negativos, determinado tipo de sensações, vozes que dizem coisas desagradáveis, etc.).

Por vezes, o “assobiar para o alto e fazer de conta que não se passa nada” é a única estratégia que resulta.

 

É impossível não Pensar

Uma das chaves da Vida é compreender que é impossível não pensar. O Ser Humano está constantemente a pensar em alguma coisa. Ora se temos sempre de estar a pensar em alguma coisa, devemos esforçarmo-nos em manter a mente ocupada com coisas positivas, úteis, construtivas.

 

O ócio, a preguiça, o “deixar andar”, leva ao enfraquecimento da vontade e abre as “portas da mente” a pensamentos negativos, inúteis, por vezes até mesmo destrutivos. A mente do Ser Humano, quando não é governada e dirigida pelo próprio, é como um carro com as portas abertas e as chaves na ignição. A qualquer momento pode começar a ser dirigida por um intruso (obsessor).

É por isso que é tão importante a pessoa estar ocupada. É igualmente devido ao facto de “não ser possível não pensar em nada”, porque muitas baixas médicas e a falta de ocupação profissional (incluindo em caso de desemprego), estão por detrás do desencadear ou agravamento de inúmeras depressões. O Ser Humano foi feito para agir, para ser útil em algo ou a alguém. Só assim se sente realizado e feliz.

A mente obrigatoriamente tem de estar sempre ocupada. O Ser Humano não consegue fugir a isso. É uma lei da Vida. É claro que existem pensamentos neutros, nem positivos nem negativos. Mas exceptuando estes, se a mente não está ocupada com coisas úteis ou positivas, pode acontecer que esteja ocupada com coisas menos positivas ou mesmo negativas.

 

É importante portanto manter a mente ocupada com actividades positivas, úteis, construtivas, como ter uma actividade profissional, estudar bons livros, manter conversas agradáveis e edificadoras, cuidar de animais de estimação, “distrair-se” com actividades que lhe dêem prazer, prática desportiva, etc.

 

Um médium desperto tem de ter muita atenção a este ponto. Principalmente, se está a ser vítima de “brincadeiras” ou obsessão grave.

Estude, trabalhe, evite os diálogos internos que não levam a lado nenhum, e eleve de vez em quando, durante o dia, o pensamento a Deus, procurando aproximar-se cada vez mais Do Grande e Mais Poderoso Protector que existe.

 

  1. Oração Periódica

No dia-a-dia, ao elevar de vez em quando o pensamento a Deus conforme explicado no ponto anterior, pode fazer uma breve oração ou pronunciar mentalmente uma palavra ou frase que seja do seu agrado. É óbvio que em certas circunstâncias é preciso fazê-lo com descrição.

É importante ter em atenção que a oração é uma das melhores formas de protecção espiritual, desde que seja feita com fé e elevação do pensamento. Quando tal acontece, a pessoa aumenta e eleva as suas vibrações pessoais, sintoniza-se com planos espirituais elevados onde sente paz, harmonia, equilíbrio, e fica mais imune (em casos mais avançados totalmente imune) a influências negativas.

 

Pode realizar uma oração convencional ou construir uma frase que lhe agrade. Por exemplo, elevar o pensamento e dizer mentalmente o seguinte: “Meu Deus, eu Te amo e adoro. Dá-me forças e sabedoria para estar cada vez mais perto de Ti.” Permanecer em sintonia com o Altíssimo durante alguns momentos, mantendo uma atitude de auto-entrega ao Divino Pai, deixando-se elevar.

Pode repetir a frase três vezes, as vezes que forem necessárias até sentir verdadeiramente paz e alguma felicidade interior.

 

Se já tem a predisposição para tal ou em momentos de aflição, sem deixar de manter os “pés assentes na Terra” comece a desenvolver a Perfeição do “Amar o Senhor meu Deus com todo o meu coração, com todas as minhas forças, com todo o meu entendimento, e ao meu próximo com a mim mesmo.” Esse é o caminho para o Nirvana, para o “Reino dos Céus”, para a “Felicidade Sem Fim”.

Há pessoas que descobrem que em caso de ataque de pânico (“ataque” espiritual), resulta com elas rezar fervorosamente, com convicção e coragem (“rezar com força” ou “rezar com garra” como algumas dizem), mesmo que isso signifique rezar durante um quarto de hora ou mais até se sentirem calmas.

 

Pode ainda escolher uma palavra como “Paz”, “Deus”, “Relaxamento”, “Descontrair”, etc. Quanto mais praticar mais poder terá para enfrentar as dificuldades no dia-a-dia. Em caso de crise, é só activar as suas forças interiores através da chave que é a frase ou palavra escolhida, pronunciando-a mentalmente três vezes.

 

  1. Sentido de Humor

Muitas pessoas optam por desenvolver o sentido de humor. É uma estratégia como outra qualquer: desde que resulte consigo, o faça fazer amizades, e desde que mantenha os pés “assentes na Terra”, tudo bem.

Ver programas televisivos de humor, ler livros de anedotas e outras actividades do género também ajuda muitas pessoas a elevar o humor e a esquecer as amarguras da sua vida.

 

A alegria é uma boa protecção contra Espíritos sofredores ou mal intencionados. Também reforça o sistema imunitário. Ajuda a manter a saúde da mente, do corpo e do Espírito.

 

Muitas pessoas deixam de sorrir e isso não é bom. Sorria. Acompanhe o “Bom-dia”, o “Boa-tarde” ou o “Olá” com um sorriso sincero.

 

Aprenda a rir de vez em quando de si mesmo e das coisas menos boas.

Também de vez em quando e sem exageros, aprenda a responder com piadas a coisas menos boas que lhe ocorram à mente.

 

Para terminar este ponto, saiba que nós somos filhos da Alegria, como o comprova a alegria espontânea das crianças, antes de serem contaminadas pelas regras sociais e pelas “boas maneiras” dos adultos. Deus é alegria. A tristeza afasta-nos de Deus. A alegria aproxima-nos. Muitos dos Santos, yogues e mestres espirituais que chegaram muito perto de Deus, disseram que o primeiro sentimento que experimentaram foi alegria. Alguns falaram em “Alegria sem fim”.

Para muitos místicos, o riso de felicidade é a oração preferida de Deus, que gosta de ver os seus filhos e filhas felizes…

Mas é preciso fazer por isso.

 

 

  1. Higiene Pessoal e Ambiental

A pessoa nunca deve descurar a sua higiene pessoal. Em muitos casos é o primeiro sinal visível de depressão. E também de obsessão. O mesmo é válido para o ambiente onde vive. Procure fazer do local onde habita, um templo de harmonia, amizade e paz.

 

A habitação onde mora deve ser mantida asseada e arejada para facilitar a circulação de ar e de energias do ambiente natural.

Deve-se evitar a desarrumação, a sujidade, lixo acumulado, cinzeiros cheios de beatas, ter exposto velas e fósforos queimados, objectos de decoração relacionadas com temáticas de morte, sofrimento, etc.

Deve evitar grandes aglomerados de móveis e objectos de decoração porque isso impede a livre circulação de energia.

 

O preto também é uma cor a evitar geralmente, tanto no vestuário como em decoração.

 

Para elevar as vibrações do ambiente, existem várias possibilidades além de manter o local limpo, arrumado e arejado. Eis alguns exemplos.

 

Música

Uma delas é ouvir música calma, música sacra ou outro tipo de música que o anime ou o faça relaxar, conforme as necessidades.

A música calma do tipo “New Age” é boa para relaxar, meditar, orar. A música sacra ajuda muito a equilibrar a aura, a acalmar “tempestades emocionais” e uma das melhores senão a melhor para protecção espiritual.

Não precisa de pôr música e ficar a ouvi-la sem fazer mais nada. Pode simplesmente por uma cassete, um cd a tocar continuamente ou um MP3 que permite tocar várias horas, e continuar a sua rotina de trabalho normalmente.

 

O uso da música como método terapêutico, de protecção espiritual e para desenvolvimento espiritual, é muito antigo. Não é por acaso que todas as religiões recorrem à música e ao canto. Alguns registos mais antigos a esse respeito podem ser encontrados em obras de filósofos gregos pré-socráticos.

Este conhecimento tem vindo a ser recuperado e estudado, constituindo actualmente o que se chama “musicoterapia”.

A musicoterapia é actualmente uma terapia complementar que utiliza a música e seus elementos constituintes, nomeadamente, características do som (altura, duração, intensidade e timbre), a sequência do som (ritmo e melodia), e a utilização isolada ou em conjunto de vários sons (harmonia). A musicoterapia recorre também aos movimentos, expressão corporal, dança e qualquer outra forma de comunicação não verbal, com objectivos terapêuticos.

É considerada uma terapia vibratória (uma vez que utiliza vibrações) ou seja, é uma forma de pranaterapia (as vibrações são energia ou prana).

 

Os objectivos primários da musicoterapia visam o relaxamento, o equilíbrio emocional e mental dos pacientes. Em patamares mais evoluídos, podem-se curar determinadas doenças físicas embora esses feitos não estejam ao alcance da maioria dos que se dedicam a esta forma de terapia. A razão disso é que muitos dos antigos conhecimentos se perderam (a musicoterapia era das formas de terapia mais elevadas em algumas civilizações já desaparecidas).

Actualmente, seria importante canalizar mais esforços para a investigação do sistema energético humano, nomeadamente, da aura, chakras (centros de energia) e nadis (canais energéticos). Sem esse conhecimento não é possível nem compreender devidamente a musicoterapia nem avaliar convenientemente os seus efeitos nos diversos tipos de pacientes.

 

Tal como o início da massagem teve origem no primeiro Ser Humano que por acto reflexo ou instintivo, massajou uma parte do seu corpo e chegou à conclusão que se sentia bem, eliminava algum prurido (comichão) ou dor, a terapia através dos sons teve a sua origem nos primeiros Seres Humanos que, a partir do momento em que o desenvolvimento do intelecto o permitiu, constataram o efeito benéfico dos sons no seu estado de espírito.

É de realçar que inúmeros animais, de forma instintiva, emitem determinados sons com certas intensidades e frequências, mais graves ou mais agudos, para ajudar muitas vezes o relaxamento, e em certos casos, a estimulação do parceiro sexual para a cópula. Isso também se verifica nas diferentes modulações da voz humana (“voz de irritado”, “voz de apaixonado”, “voz doce”, etc.).

Da mesma forma, o Homem, com o desenvolvimento do aparelho fonador, começou a verificar os efeitos benéficos que determinadas melodias lhe proporcionavam. Ainda actualmente, em situações de stresse emocional ou para evitar um ataque de fúria, verifica-se que muitas pessoas começam a cantar ou a assobiar determinadas melodias. Igualmente se verifica que muitas pessoas quando estão felizes ou apaixonadas têm tendência para cantar.

Com o desenvolvimento da percussão (bater de objectos) e instrumentos simples como búzios, e mais tarde, instrumentos mais complexos, o Ser Humano foi lentamente enriquecendo as possibilidades de produzir sons e mais tarde melodias organizadas, contribuindo para provocar determinados estados de espírito.

A música (do grego μουσική τέχνηmusiké téchne– a “arte das musas”) constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. Não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento humano que não possua manifestações musicais próprias.

A definição actual de música é que esta é a arte de transmissão de sentimentos e impressões através de sons.

 

Para determinados investigadores, a antiga e desaparecia civilização da Atlântida foi das que mais desenvolveu a arte da musicoterapia. Dotados de determinados segredos entretanto perdidos, alguns dos quais recuperados, os terapeutas da altura utilizavam a música e determinados tipos de sons para curar todo o tipo de doenças de então.

Paracelso também usava música para curar uma variedade de doenças mentais, emocionais e físicas.

A sistematização dos métodos utilizados hoje nos modernos cursos de musicoterapia começou apenas após a Segunda Guerra Mundial, com pesquisas realizadas nos Estados Unidos. Foi no entanto após a primeira Grande Guerra que a enfermeira Margaret Anderto conduziu algumas experiências junto de soldados canadianos feridos. Descobriu que era muito benéfico administrar música em qualquer forma de neurose provocada pela guerra. De igual modo, levava as pessoas a produzir sons em caso de problemas ortopédicos e de paralisia.

O primeiro curso universitário de musicoterapia foi criado em 1944 na Michigan State University.

Hoje a musicoterapia é estudada e praticada em dezenas de países. Embora existam variações na legislação de cada país, na maior parte dos países é uma carreira universitária autónoma. Em alguns países está ligada à carreira médica ou à psicologia.

 

Os efeitos dos Sons e da Música

Para dar uma breve ideia do poder do som e da música, vamos abordar alguns factos conhecidos, alguns deles impressionantes.

 

Efeitos em Seres Humanos, animais e plantas

– A Bíblia refere que só David ao tocar a sua harpa conseguia sempre conter os acessos de loucura do rei Saul.

– Em tempos antigos, as batalhas era antecedidas pela produção de som de uma trombeta em determinada frequência para criar nos soldados a disposição de ânimo para a batalha.

– Também em tempos idos, tanto no início da batalha como durante o trajecto que percorriam em direcção aos seus inimigos, os antigos gritavam sons brutos em determinadas frequências que provocavam um desequilíbrio psíquico e emocional propício à prática da guerra.

– Em determinadas civilizações produziam-se determinadas músicas para atingir estados de espírito extremos. Em alguns casos buscava-se o transe espiritual, noutros o encantamento, noutros a hipnose que deixava a pessoa sem livre arbítrio, ficando à mercê de quem o queria dirigir.

– Ainda hoje, o canto de uma mãe, tantas vezes instintivo, e curiosamente em alguns casos cantando melodias que não conhece, é um dos recursos mais poderosos para adormecer um bebé que teima em não adormecer.

– Determinadas músicas ajudam os bebés a adormecer, outras impedem-nos de o fazer.

– Ficou cientificamente comprovado que a música estimula ou reprime determinadas funções do organismo. Por exemplo, pode levar a glândula hipófise a produzir as hormonas ACTH e MSH.

– A música acima dos 80 decibéis influi no mecanismo electroquímico do cérebro através da mielina, substância dos neurónios que transmite as mensagens do cérebro, retardando até 50% esse mecanismo.

– Algumas músicas têm um poder desequilibrante. Determinadas músicas de heavy metal e hip-hop podem levar a distúrbios emocionais e desequilibrar o sistema nervoso. Também as chamadas música satânica, música gótica e negra (dark music), apreciadas por muitos jovens, têm sido associadas ao desencadear de doenças psiquiátricas incluindo a Esquizofrenia e a vários crimes incluindo assassinatos.

– Determinadas músicas românticas podem acalmar a mente e emoções e predispor a pessoa ao romance e à intimidade.

– O pesquisador alemão de efeitos musicais Hans Hartman, numa fazenda em Bonn, descobriu que a produção média de ovos de cem galinhas aumentava 45% com músicas de Brahms, Mozart e Schubert, e diminuía 80 % com músicas rock. O mesmo aconteceu relativamente a um hectare de milho que aumentou a sua produção 30% com música de Beethoven e diminuiu a produção em 70% com música rock.

– Determinados estudos concluíram que algumas músicas aumentam a produção de leite de certos animais.

– Em algumas culturas de aves e coelhos é utilizada música para os animais não ficarem tão stressados.

 

Efeitos sobre a matéria

– Também na Bíblia, no livro de Josué, as muralhas de Jericó foram destruídas pelo toque de trombetas.

Actualmente, a moderna física chama a esse fenómeno “ressonância”. Qualquer fonte sonora produz no ar vibrações que estimulam a oscilação em corpos situados nas proximidades. Quando a frequência da fonte coincide com a frequência natural de oscilação do corpo, a amplitude de oscilação deste atinge valores elevados, pois a fonte progressivamente cede energia ao corpo.

Exemplos de ressonância:

– Quebra de uma taça de cristal através de um violino ou voz humana, quando produz um som com frequência igual à frequência da oscilação das moléculas da taça. Este facto foi registado em vídeo por investigadores do conceituado canal “Discovery”.

– É conhecido que a voz humana pode por exemplo quebrar um espelho, desde que a intensidade e tom certo se mantenham durante algum tempo.

– Antigamente, um grupo de soldados a marchar não podia atravessar uma ponte (a marchar) porque simplesmente ela poderia ruir.

– Existe um conto tradicional indiano que afirma que um mestre de yoga, profundo conhecedor do poder dos sons e dos cânticos (arte designada por prática de “mantras”), um dia foi ameaçado de morte por um inimigo. Perante a ameaça de morte eminente, esse mestre nessa arte emitiu determinado tipo de som agudo que por sua vez matou o seu oponente sem lhe ter sequer tocado com um único dedo.

– Determinadas músicas levam à formação de cristais de gelo disformes quando a água é congelada. Outras, levam à formação de cristais de gelo geometricamente harmoniosos.

 

No caso das trombetas no episódio da muralha de Jericó, o som por elas produzido tinha a mesma frequência de vibração das moléculas da muralha, assim provocando sua destruição. Foi o que aconteceu na ponte do rio Tacoma, nos EUA, que ruiu em 1940, quando uma ventania imprimiu-lhe impulsos periódicos com frequência igual à frequência natural de vibração da ponte. A título de curiosidade, a ponte 25 de Abril sobre o rio Tejo em Lisboa, é fechada ao trânsito em dias de muita ventania devido a este receio. Em teoria, ela pode simplesmente ruir.

 

Eis alguns dos factos que nos deixam atónicos sobre o poder do som. O que não conseguiriam ainda fazer os antigos com os seus segredos?! Para citar apenas alguns exemplos, consta-se que as antigas civilizações da América do Sul (Incas, Aztecas, Maias) tinham tal conhecimento do som que conseguiam atrair ou afastar animais selvagens através da música (vestígios desse conhecimento ainda são encontrados nos “encantadores de serpentes”) e que através do som, conseguiam criar uma espécie de vácuo que lhes permitia descolar pedras de várias toneladas pelas montanhas acima simplesmente com as mãos!!! Este último facto não se consegue actualmente comprovar embora ainda hoje, os modernos engenheiros e cientistas não consigam enxergar nem de perto como esses povos conseguiam deslocar pedras de tamanho e peso impressionante até quase aos picos das montanhas.

Actualmente, apesar de não serem reconhecidos os mecanismos porque o som tem tais efeitos, sabe-se que as plantas crescem mais depressa quando expostas a determinadas músicas como as de Mozart (facto aproveitado por muitos floricultores em alguns países), enquanto que expostas a outras como o heavy metal, retardam o seu crescimento e podem mesmo morrer.

No que respeita à aplicação extrema do som actualmente, a tortura através de sons e música é uma das torturas mais agonizantes embora não deixe marcas visíveis. Tem sido muito utilizada nas últimas décadas. Por exemplo, o som repetitivo e contínuo de gotas de água a cair levou vários prisioneiros à loucura passageira pelo menos. Consta-se que uma das torturas levadas a cabo por soldados americanos em prisioneiros iraquianos consiste em obrigá-los a ouvir determinados tipos de música durante horas e dias de forma contínua, nomeadamente hip hop e heavy metal. O efeito desequilibrante é tal que muitos entram em loucura, alguns tentam o suicídio, outros têm alucinações e muitos assinam confissões falsas.

 

Existem inúmeros tipos de música, cada uma delas com os seus efeitos. Dentro do mesmo tipo de música, os efeitos podem também ser diversos. Para isso contribuem as diferenças de melodia, tom, ritmo e harmonia. São estes os principais constituintes da música que devem ser levados em conta para obter determinados efeitos terapêuticos, e aos quais se juntam outros de maior ou menor importância, como sejam o tipo de instrumentos utilizados, género de música, duração das sessões e frequência com que a música escolhida é escutada, etc.

Vejamos alguns efeitos de alguns tipos de música. De realçar que, como na maioria das terapias prânicas ou vibracionais, é de muita importância a receptividade do paciente. Muitas músicas podem ser indicadas para pessoas com determinada patologia mas os seus efeitos terapêuticos podem ser amenizados caso o paciente não tenha fé no tratamento, ou simplesmente, não goste das músicas em questão.

Para dar um exemplo, quase todos as obras de musicoterapia referem a música clássica. Acontece no entanto que muitas pessoas não gostam ou não apreciam música clássica. É preciso nestes casos procurar alternativas.

Quanto ao facto de ser importante a pessoa ter fé no método, actualmente isso já não é novidade pois está provado que mesmo medicamentos químicos podem não ter qualquer efeito em determinadas pessoas caso elas não acreditem no seu efeito.

 

Música Clássica: é provavelmente o tipo de música mais utilizado. Escolhe-se determinada obra ou obras de música indicadas para determinada pessoa, tendo em conta o seu desequilíbrio. A melodia, o tom e o ritmo da música são variáveis a levar em conta. Geralmente a escolha recai em melodias que ajudem ao relaxamento.

 

Música New Age: é um tipo de música moderno mas que está a ganhar cada vez mais adeptos, que vão trocando a música clássica por ela. Uma das vantagens é que se bem escolhida, é difícil a pessoa não gostar, incluindo pacientes que não gostem de música clássica. Recorre muito a melodias calmas e a sons da Natureza.

O seu nome, que pode ser traduzido por “música da nova era”, visa ajudar o Ser Humano a encontrar-se consigo próprio e a desenvolver a sua consciência espiritual.

 

Nem toda a música New Age é interessante embora isso dependa do gosto de cada um. No entanto, há música deste género musical que pode ter efeitos impressionantes. Alguns dos efeitos possíveis são:

 

  • Elevação do estado de espírito,
  • Ajudar a tranquilizar mente e emoções,
  • Ajudar a aumentar a vitalidade,
  • Facilitar o desenvolvimento do estado de espírito propício à meditação, contemplação e oração,
  • Ajudar a desenvolver a intuição, a consciência espiritual e a sintonia com o Eu interior,
  • Podem ajudar a sintonizar a pessoa com planos elevados,
  • Equilíbrio da aura e chakras,
  • Protecção espiritual,
  • Com alguma prática, algumas podem servir de trampolim para a mente e ajudar a sintonizar com o Divino.

 

Alguns dos melhores autores deste género de música são: Stephen Rhodes, Deuter, Anthony Miles, Terry Oldfield, Philip Chapman entre inúmeros outros.

Pode encontrar as obras destes autores em algumas discotecas ou comprá-las facilmente via Internet.

Música sacra: para quem gosta é um dos tipos de música com maior poder tranquilizante. Dos tipos de música abordados até aqui, é para alguns musicoterapeutas, o último recurso a ser utilizado, como por exemplo, em casos de ataque de pânico e perturbações psicóticas. Para as pessoas com o mínimo de fé e mesmo em inúmeros casos de pessoas que se dizem ateias, é quase indiscutível o poder terapêutico que as músicas religiosas conseguem oferecer a muitas pessoas, assim como aos frequentadores dos cultos das mais diversas religiões.

 

Músicas tradicionais: são muito aplicadas em alguns meios em que se usa esta terapia. Alguns tipos de música tradicionais têm o condão de ajudar a retirar muitos pacientes de estados depressivos e de lhes proporcionar um aumento de vitalidade.

 

Sons simples: têm uma aplicação mais específica. Geralmente são direccionados para atingir objectivos muito precisos. A sua aplicação requer um certo domínio desta arte de cura por parte do terapeuta pois facilmente pode desequilibrar o paciente que já não precisa de determinada frequência vibratória, ou ainda, já a tenha em excesso. Algumas das técnicas aplicadas são a emissão contínua de uma ou mais notas tocadas por um instrumento como órgão ou piano por exemplo, ou fazendo vibrar determinados instrumentos de percussão como por exemplo sinos ou taças.

 

O trabalho do musicoterapeuta só poderá atingir patamares elevados caso domine alguns conceitos de várias áreas, como psicologia, psicoterapia, desenvolvimento espiritual, noções de expressão artística. Geralmente, o estatuto de mestria apenas pode ser alcançado por quem desenvolveu a sensibilidade para diagnosticar e operar a nível do sistema energético humano, nomeadamente, a capacidade de identificar e corrigir desequilíbrios energéticos dos chakras e aura através de sons e música.

 

Em alguns casos de obsessão, a música tranquila também pode ajudar a acalmar o obsessor em sofrimento, tornando-o mais receptivo aos conselhos dos Guias de Luz, que o procuram ajudar a seguir o seu caminho.

Muitas pessoas conseguem muita tranquilidade nas suas vidas ao ouvir música constantemente ao longo do dia, no carro, na rua através de auscultadores, etc. Algumas pessoas só conseguem adormecer a ouvir música calma, evitando também assim a toma de medicamentos para dormir.

 

Pessoas muito desorganizadas psicologicamente por motivos espirituais, encontraram na música uma espécie de salvação para aprender a lidar com as suas dificuldades. Este é um dos motivos porque decidimos desenvolver um pouco neste trabalho o poder da música, além da falta de literatura em português.

 

Além do efeito distractor, algumas músicas podem elevar as vibrações pessoais, aumentar a energia vital e ajudar a pessoa a sintonizar-se com planos espirituais mais elevados, evitando estar sintonizadas com os planos inferiores por onde andam os obsessores e Espíritos em sofrimento.

E aqui está a chave. É mais uma vez a questão da SINTONIA. Ao sintonizarmo-nos com coisas positivas somos influenciados positivamente. Ao sintonizarmo-nos com coisas negativas somos igualmente afectados mas desta feita, negativamente.

Acontece então que a pessoa sintoniza-se com a música, e a partir dela, em alguns casos, com o seu Eu interior, com planos elevados, com Deus ou com algum Santo da sua devoção (pensando nele), e assim consegue paz, tranquilidade e harmonia. Estando a mente PREENCHIDA com essa sintonia, mais dificilmente e pessoa se sintoniza com Espíritos em sofrimento, com obsessores e com os sintomas negativos que a podem estar a afectar.

 

É nestes aparentemente pequenos pormenores que compreendemos finalmente os grandes mestres. Nós somos o que pensamos. A felicidade ou infelicidade da nossa vida e do nosso futuro depende directamente da forma como dirigimos a nossa mente e com o que nos SINTONIZAMOS. É por isso que tanto se fala da ELEVAÇÃO DO PENSAMENTO em todas as religiões, de forma a nos sintonizarmos com coisas puras, elevadas, verdadeiras, eternas, de forma a evitar o sofrimento causado pelos erros, ilusões e imperfeições: apegos, vícios, sintonia com planos espirituais inferiores, Espíritos inferiores, em sofrimento ou no Mal, instintos animais inferiores, sensualidade, identificação com o corpo e com a matéria, etc.

 

Existem vários exercícios para equilíbrio energético e desenvolvimento espiritual através da música que podem ser facultados por uma pessoa experiente nesta área.

 

Aromas

É incontestável o efeito que inúmeros aromas têm na mente e emoções humanas. Muito antes de serem utilizados como motivo de vaidade humana e sinónimo de estatuto social, os aromas das plantas eram utilizados para rituais religiosos e oferendas aos “deuses” (Espíritos).

O Homem primitivo, provavelmente muito cedo, deu-se conta dos efeitos que desencadeavam em si os aromas de algumas plantas ao serem queimadas, primeiro através de incêndios naturais, e posteriormente, de forma intencional, após o domínio do fogo. A palavra “perfume” vem de per fummum, que quer dizer, “através do fumo”. As fumigações ou defumações (queima de plantas aromáticas) são provavelmente a primeira forma de aromaterapia, sendo ainda hoje utilizadas e apreciadas em inúmeros cultos espirituais e algumas práticas de medicina natural.

O incenso por exemplo, considerado um dos aromas mais sagrados, era antigamente comercializado nada mais nada menos que ao preço do ouro (e por vezes até mais caro do que o próprio ouro), sendo ainda hoje um aroma usado por exemplo nas Igrejas Católicas. Hoje reconhece-se que o incenso puro tem um efeito calmante, equilibra emoções e mente, e ajuda na criação de um estado de espírito propício à oração, à meditação, à contemplação. Os antigos diziam que o fumo da queima do incenso puro “abria caminho” ao Ser Humano para chegar até Deus (através do pensamento).

Em determinados sistemas espirituais, os aromas são levados muito a sério, sendo utilizados inclusivamente para ajudar ao despertar e desenvolvimento das potencialidades interiores. Além disso, são uma das primeiras formas de magia do Homem primitivo, sendo ainda usados para desencadear estados alterados de consciência.

 

Vejamos algumas dos efeitos do olfacto na mente:

– O acto de cheirar estimula a mente, a vigilância, a memória, a aprendizagem.

– Estimular o olfacto através de aromas aumenta a sensibilidade, a auto-estima, o sentimento de identidade pessoal, a receptividade à informação vinda do inconsciente ou Eu interior.

– Acredita-se que a privação do olfacto pode levar à loucura e à doença de Alzheimer.

– A excitação sexual é aumentada através da inalação de alguns aromas.

– Uma mãe e um filho podem identificar-se através do aroma (o mesmo se passa relativamente a alguns adultos).

– O aroma dos odores corporais é afectado pela alimentação. Stresse e choques emocionais podem afectar o odor corporal.

– Uma pessoa pode não conseguir relaxar num ambiente onde os aromas não são familiares. Pode também não conseguir dormir devido ao aroma de um quarto e cama desconhecidos.

– O processamento da informação que o cérebro faz dos aromas está intimamente ligado às emoções.

 

Queime de vez em quando um bom incenso ou óleo essencial natural num queimador de essências para elevar as vibrações do lar e acalmar mente e emoções. Pode optar por aromas como alfazema (calmante), alecrim (antidepressivo), rosa, incenso, cânfora ou mirra por exemplo. Um bom incenso de arruda ajuda a limpar o ambiente.

NUNCA deixe um incenso ou vela a queimar sem vigilância.

 

Objectos de Decoração

Tudo o que de alguma forma possa simbolizar vícios como garrafas de bebidas alcoólicas, colecção de maços de tabaco, figuras de nus, imitações de ossos humanos como caveiras, etc., devem ser mantidas fora do alcance da visão e não serem utilizados como objectos de decoração. Estes conselhos são especialmente válidos para pessoas vítimas de obsessões graves.

 

Muitos espiritualistas desaconselham imagens religiosas que denotem sofrimento, incluindo Jesus Cristo crucificado. Fica ao critério de cada um.

Símbolos religiosos como crucifixos e imagens de Santos podem ajudar a proteger o ambiente.

 

Quanto aos restantes objectos de decoração, muitas pessoas preocupam-se em manter em casa objectos que traduzam harmonia, sobriedade, paz em família, seres da Natureza, etc.

Há também muitas pessoas que mantêm à vista as melhores fotografias, tanto suas como de familiares, dando preferência a fotografias onde a pessoa está mais sorridente ou quando estava num momento de felicidade.

 

Plantas, flores e pedras naturais também podem ajudar a elevar as vibrações do ambiente.

 

Há muitos espiritualistas e Guias Espirituais de Luz que aconselham as pessoas a não terem em casa o livro de São Cipriano pois isso tem tendência a atrair forças do Mal. Fica ao critério de cada um. Se não quiser destruí-lo (é mesmo isso que é aconselhado pois ao deitá-lo fora pode acontecer que seja encontrado por alguém), envolva-o em folha de alumínio e mantenha-o fora do alcance da visão.

 

Apesar de mais polémico, embora seja um assunto pouco conhecido, o mesmo é válido para livros, figuras e outros objectos relacionados com ovnis e extraterrestres. Poucas pessoas o sabem mas isso pode, sublinhamos, pode trazer malefícios e desequilíbrios energéticos às pessoas que frequentem o ambiente onde esses objectos estão expostos. Apesar do que vai ser dito poder provocar o sorriso a algumas pessoas, muitas das pessoas que têm uma obsessão por estes temas têm grandes desequilíbrios energéticos e muitas, espirituais (nós dissemos “muitas” não “todas”!).

 

O que foi dito também é válido para livros ou artefactos de magia negra (incluindo velas pretas), morte, assassinatos, etc.

 

Colecções de penas também podem ser problemáticas para algumas pessoas, assim como peles de animais mortos ou animais embalsamados.

 

Talvez escusado seria dizer, que quem quer ter paz e harmonia na sua vida, jamais deva ter em casa ou trazer consigo símbolos religiosos invertidos, como crucifixos ou pentagramas invertidos, que são muito utilizados nos chamados “rituais satânicos”, e que são apreciados por alguns jovens.

Este tema é muito mais sério do que à partida se supõe. Muitos estudiosos acreditam que o símbolo do nazismo, que é um símbolo religioso poderoso que Hitler foi buscar à religião hindu, ajudou à obra perversa do nazismo. E o Mal não foi ainda maior porque o símbolo, como se poderá reparar, está ligeiramente inclinado.

Também nos anos sessenta, aquele símbolo da paz que é associado ao movimento hippie, e que é um símbolo místico, “ajudou” muitos jovens a desencaminharem-se em favor de “um mundo livre”, com “sexo livre”, drogas e rock & roll. Esse símbolo inconscientemente fazia sintonizarem-se com planos espirituais inferiores e Espíritos no Mal. Muitos, quando chegaram aos trinta ou quarenta anos, fizeram o balanço* obrigatório das suas vidas e chegaram à conclusão que não tinham feito nada na Vida. Apenas andaram a “perder tempo”. Muitos suicidaram-se e outros desenvolveram patologias psiquiátricas.

 

* O “balanço” das nossas vidas é levado a cabo por mecanismos interiores que o Ser Humano não pode contrariar. Acontece de tempos a tempos e nada o pode evitar. É uma obrigatoriedade que leva a que cada um, de tempos a tempos, através desses tais mecanismos inconscientes, seja levado a encarar frente-a-frente o “tribunal da sua própria consciência”, fazendo o “balanço” de como tem gerido a sua vida e decisões. É devido a esses mecanismos que algumas pessoas começam a desencadear depressões mais ou menos graves (quando a balanço DA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA não é positivo). Antigamente, em psicopatologia, chamava-se “depressão da meia-idade” à patologia que algumas pessoas desenvolviam na meia-idade, que em alguns casos, adquiria severidade tal que levava (e ainda leva) algumas pessoas ao suicídio, sem qualquer outra razão ou acontecimento de vida que justifique tal acto. O número de suicídios e a gravidade dessas depressões decresceram muito devido aos novos fármacos que conseguem “mascarar” essas depressões.

 

Animais de estimação

Ter um animal de estimação como um gato ou um cão simpático e sociável “dá vida” ao ambiente e pode ter efeitos mentais e emocionais muito benéficos. E pode constituir uma excelente distracção.

Acariciar um animal de estimação como um cão ou um gato tem um efeito muito tranquilizante e equilibrante em muitas pessoas.

Os benefícios do contacto com animais deram origem a várias terapias. Por exemplo, alguns estudos evidenciam melhorias no desempenho de competências sociais em crianças com certas problemáticas.

 

Quarto de dormir

Caso sinta que a sua vida anda muito azarada ou se desconfia que alguém lhe fez algum Mal espiritual, faça uma limpeza completa ao seu quarto de dormir, mude a roupa da cama e coloque-a em água e sal durante uma hora. Lave de seguida como de costume.

Depois se possível, mude a posição da cama. Faça em seguida uma boa defumação com plantas ou incenso conforme explicado no ponto 14 deste capítulo. Peça ao seu Anjo Guardião ou Espírito Protector (ou Guia de Luz se souber que o tem)*, para ajudar a limpar e proteger o ambiente e as pessoas que aí moram. Acenda uma vela em agradecimento.

 

* Se tem a Mediunidade desperta é quase certo ter um Guia de Luz, ou seja, um Espírito que procura orientar os seus passos na Vida e o seu desenvolvimento espiritual no Bom Caminho.

O Espírito Protector é um Espírito geralmente de menor elevação espiritual. A sua missão é vigiar e dar o alerta a outros Espíritos amigos quando a pessoa corre algum perigo. Todas as pessoas têm um Espírito Protector, sejam ou não médiuns desenvolvidos. Muitas vezes são familiares da actual reencarnação ou de uma vida anterior.

É uma excelente forma de espiritualizar a nossa vida de vez em quando acender uma vela ao Espírito Protector ou aos Guias de Luz, pedindo-lhes protecção e orientação para a nossa vida ou para outra pessoa. Pode ainda fazer-se uma pergunta ou pedir algum conselho para um assunto importante. Permanecer durante 5 a 10 minutos em silêncio.

O Anjo Guardião ou Anjo da Guarda é um Espírito muito puro, muito próximo de Deus, que intervém nas nossas vidas em momentos de grande perigo ou em momentos chave.

É importante para muitos médiuns aprenderem a entrar em sintonia com o seu Guia de Luz. Mas de vez em quando, é muito boa ideia entrar em sintonia com o seu Anjo Guardião. Por exemplo, depois de relaxar e fazer uma pequena oração, pedir para sentir a sua presença. Podem ser vividos momentos inesquecíveis caso a pessoa tenha alguma sensibilidade (por exemplo, sentir uma grande paz e elevação espiritual proporcionados pelo seu estado de elevada pureza).

 

Roupa

Devem ser evitadas cores como o preto. Pessoas que têm por hábito vestir de preto têm geralmente mais tendência para a depressão e a atrair negatividades. O vermelho deve ser evitado por pessoas agressivas, vítimas de obsessão sexual ou quando têm muita energia sexual. Podem optar pelo azul ou pelo verde. O branco por sua vez, é a cor que repele melhor as negatividades. É por isso que em muitos centros espirituais as pessoas ventem de branco. Em alguns centros, a pessoa é mesmo aconselhada a não vir ao centro vestida com roupa preta ou vermelha.

 

As cores afectam o Ser Humano e o ambiente. Não é por acaso que as casas localizadas em zonas de muito calor são pintadas de branco para absorverem menos calor. Da mesma forma, o psiquismo humano também é afectado pelas cores. O vermelho por exemplo é uma cor quente, excitante, ligado à guerra, à vitalidade e ao sexo. Sabendo disso, em algumas culturas do passado, os guerreiros pintavam-se de vermelho antes de ir para a guerra. Era também uma cor muito usada em locais de prostituição e bares de alterne para estimular a sensualidade.

 

Esse conhecimento chegou até aos nossos dias e é estudado em “cromoterapia”. A própria medicina já utiliza algumas formas de terapia através da luz.

Também não é por acaso que certos hospitais, nomeadamente psiquiátricos e infantis, são pintados com determinadas cores para produzir determinado efeito calmante quer nos doentes mentais quer nas crianças. Em alguns países, certos colégios têm salas pintadas com determinada cor para acalmar jovens mais exaltados. Uma dessas cores é uma determinada tonalidade de azul. Mesmo os mais rebeldes, que são “convidados” a permanecer durante algum tempo nessa sala especial, não conseguem resistir durante muito tempo e acabam por se acalmar. Alguns adormecem.

Também não é por acaso que os brinquedos das crianças têm as cores que têm: vivas, estimulantes ao contacto.

Está provado por exemplo que as plantas crescem mais rapidamente quando expostas a umas cores enquanto crescem mais lentamente quando expostas a outras.

 

Quanto mais sensível for a pessoa, mais influenciada é pelo que veste. Há cores positivas e cores negativas. Muitas pessoas, um pouco mais sensíveis, apesar de não terem conhecimentos de cromoterapia, têm alguma tendência para escolherem as cores que vestem no dia-a-dia, sentindo-se mais “equilibradas”. Não é inédito alguém “passar um mau dia” por ter escolhido a peça de roupa com a cor errada. A pessoa não precisava da frequência vibratória emitida pela cor. Se calhar já a tinha em excesso e isso a desequilibrou. Algumas pessoas confessam que passaram uma boa parte do dia a pensar que “deveria ter vestido…”

Pessoas com tendência para a depressão devem evitar usar cores muito escuras ou o preto.

 

Algumas vezes por ano, dever-se-ia colocar toda a roupa de uso diário em água e sal durante uma hora para descarregar as negatividades. Principalmente nas cidades mas também no campo, além dos Espíritos em sofrimento, os ambientes humanos estão muitas vezes repletos de lixo psíquico e energia negativa estagnada. E as pessoas mais sensíveis sofrem geralmente mais com isso. Como tal, muitos médiuns são altamente contaminados em lugares como locais de trabalho, os quais obviamente não conseguem evitar. E se a pessoa tem um trabalho como por exemplo de vendedor, que por razões profissionais precisa de visitar vários locais comerciais diariamente, pode “carregar-se” muito pois os locais de grande afluxo de pessoas têm tendência a estarem mais “carregados” negativamente.

É por isso que no passado as pessoas tinham muita preocupação em limpar espiritualmente e energeticamente os locais comerciais. Ainda hoje há pessoas que não abdicam dessa limpeza periódica. Uma das inúmeras hipóteses consiste em limpar o chão do estabelecimento (o mesmo é válido para a habitação) com água e sal e algum detergente. Um pouco de amónia ou lixívia (nunca os dois ao mesmo tempo) também pode ajudar. Há pessoas que gostam ainda de juntar a essa água um pouco de infusão de plantas ou óleos essenciais naturais como de alecrim, alfazema, etc. Geralmente, uma vez por mês é suficiente. Há pessoas que o fazem semanalmente.

Pelas razões acima apontadas, não é conveniente dormir com a roupa que se anda na rua. O ideal é chegar a casa e tomar banho. E se sentir necessidade, tomar um banho de descarrego.

 

  1. Técnicas simples de Limpeza e Protecção Espiritual de Ambientes

 

Copo de Água e Sal

Num copo ou pequeno recipiente de vidro que de preferência nunca tenha sido utilizado para outro fim, colocar água até meio e um ou três pequenos punhados de sal marinho não refinado. O sal de cozinha refinado não é tão bom mas também serve.

Pegar nele com a mão dominante (direita se é dextro e mão esquerda se é canhoto, ou a mão que se sentir bem) e unir os dedos indicador e polegar da outra mão (para fechar o seu circuito electromagnético e evitar absorver negatividades). Começar e acabar na porta de entrada, percorrendo a casa em passos relativamente lentos para limpar a casa de energias negativas e os locais onde a energia do ambiente se encontra estagnada por falta de circulação. Percorrer todos os cantos e permanecer durante alguns segundos nos locais onde “sente” que deve manter lá o copo por mais algum tempo.

Quando acabar, despeje a água e o sal na sanita e passe o copo por água. Não utilize este copo para mais nada a não ser para este exercício.

 

Se houver alguma divisão da casa onde sinta o ambiente mais “carregado”/ “pesado”, coloque um copo com água e sal nessa divisão durante um dia. Despeje-o fora no dia seguinte conforme dito acima. Se sentir necessidade, repita por mais um dia.

Pode ainda colocar o copo com água e sal na mesa-de-cabeceira ou debaixo da cama para ter uma noite mais tranquila. Neste caso, a água e sal devem ser renovados diariamente ou de três em três dias conforme julgar necessário.

 

 

 

Defumação com Plantas

Queime um bom defumador, percorrendo todas as divisões da casa, não esquecendo de passar pelo centro e cantos de todas das divisões. Comece e acabe na porta de entrada. Pode rezar enquanto o faz, pedindo a Deus para ajudar a limpar a casa.

Existem muitas misturas de ervas à venda para efeito de defumação.

Pode ainda optar por fazer a sua mistura. Eis alguns exemplos:

 

Exemplo 1: misturar alfazema, alecrim e arruda.

Exemplo 2: misturar alfazema, alecrim, arruda, eucalipto e incenso.

Exemplo 3: misturar alfazema, alecrim, arruda, cascas de alho secas, incenso, benjoim e sal.

 

Pode escolher uma mistura da sua preferência e variar, geralmente em número ímpar.

Consoante as necessidades, pode ser aconselhado várias defumações com determinada periodicidade.

Se a sua vida não anda a correr lá muito bem, faça uma defumação por semana. Em caso de dúvida, faça uma defumação por mês.

Se as coisas andam mesmo mal, recorra a alguém competente. Ou se preferir, recomenda-se uma defumação diária durante nove dias. Pode fazê-lo da seguinte forma:

 

– Pede-se em primeiro lugar PROTECÇÃO e ajuda a Deus para limpar    espiritualmente a casa e trazer paz e harmonia ao lar. Ora-se a quem se tenha fé. Acende-se uma vela em favor do Espírito a que se pediu ajuda (um Santo, Espírito Protector, Guias de Luz, etc.). Se o pedido foi feito a Deus, acende-se a vela e pede-se a Deus para que a luz daquela vela ajude quem mais precisa (não faz qualquer sentido oferecer velas a Deus ou a seres muito elevados como Anjos ou Jesus Cristo). Fique a saber que é um dos pedidos mais nobres para o mundo espiritual pedir algo pelos que mais precisam.

– De seguida, defuma-se a casa. Pode-se orar ou não enquanto se          executa a tarefa.

– Quando terminar, faz-se uma oração de que se goste ou diz-se             algumas palavras de agradecimento. Há pessoas que sentem             necessidade de rezar um terço.

– Repita por mais oito dias.

 

Nota: pode acontecer que a pessoa, além de fazer o pedido a um Santo ou Espírito Protector, sinta vontade de acender uma vela “pelos Espíritos que mais precisem”, e/ou ainda, por alguém conhecido (encarnado ou desencarnado). Nesse caso, acende as velas que julga necessárias e oferece a intenção por cada vela individualmente.

 

Defumação com Incenso

Há pessoas que gostam de fazer defumações com plantas. Outras não.

Para muitas é mais prático queimar um pau de incenso. Nesse caso, faça exactamente conforme foi dito com a defumação com plantas, mas desta feita com um pau incenso à sua escolha: arruda, alecrim, rosa, mirra, cânfora, eucalipto, pinho, olíbano (incenso), sândalo, salva, etc.

Há marcas de incenso melhores do que outras. Algumas são mais tóxicas do que benéficas. Se tiver possibilidade, cheire o incenso antes de o comprar. Siga a sua intuição. No entanto, isto nem sempre é válido ou conclusivo porque certos fabricantes fazem batota e pulverizam os incensos ou a embalagem com perfume, e eles de facto cheiram bem. Mas depois, ao queimar, a vontade que dá é fugir do fumo que é libertado. Felizmente, depois dos incensos terem caído quase em descrédito, alguns fabricantes e importadores parecem “ter ganho algum juízo” e começaram a fazer chegar ao mercado incensos de média e até boa qualidade.

 

Pode ainda optar por queimar mais do que um incenso ao mesmo tempo, geralmente em número ímpar. Por exemplo, alfazema, arruda e alecrim, ou outra combinação ao gosto pessoal. Se não souber como escolher, não “invente” muito pois há aromas opostos que se anulam.

Mantêm-se os incensos juntos e fazem-se lentos movimentos circulares no sentido dos ponteiros do relógio para ajudar à mistura dos vários fumos.

De preferência, os incensos devem ser acendidos com fósforos e não com um isqueiro.

 

Óleos essenciais naturais

São uma óptima forma de purificar e energizar e o ambiente. São também a alternativa menos tóxica embora menos eficaz para limpezas espirituais (para esse objectivo, utilize a defumação de plantas ou incenso). É importante que sejam naturais pois os aromas químicos têm tendência a serem tóxicos.

Colocam-se algumas gotas num queimador de essências ou num difusor eléctrico. Pode escolher o aroma que gostar como alfazema, mirra, incenso, alecrim, gerânio, rosa, etc., ou combinar vários.

 

Perfumes

Usar produtos de limpeza perfumados, ambientadores perfumados e usar mesmo perfume no chão, são formas de tornar os ambientes agradáveis. Alguns perfumes utilizados em produtos de limpeza, como para limpeza do chão e móveis, ajudam muitas pessoas a sentirem-se bem num ambiente.

Ter em atenção que se deve evitar acender e apagar constantemente velas de cheiro. No caso de acender, seria preferível a vela arder até o fim, ou se a tiver de apagar, queimar toda a vela num curto espaço de dias.

Os perfumes de uso pessoal também ajudam muitas pessoas a sentirem-se bem, inclusivamente a ultrapassar “ataques espirituais”. Algumas pessoas com tendência para ataques de pânico gostam de trazer consigo um perfume para essas ocasiões.

É claro que existem perfumes que ajudam mais do que outros. Alguns perfumes comerciais têm maior capacidade de limpeza e protecção do que muitos perfumes que se vendem em lojas de produtos esotéricos para esse fim!

A pessoa deve seguir a sua intuição ou pedir o conselho de alguém experiente. Há ainda perfumes que acalmam, outros que são inspiradores, outros afrodisíacos, estimulantes, etc.

Um perfume natural de rosas ou água de rosas também tem um bom efeito equilibrante, calmante e protector.

Faça do seguinte modo:

 

  1. Tome o seu banho de higiene, desejando que além da sujidade física também esteja a limpar todas as negatividades e influências negativas. Massaje todo o corpo com essa intenção. De vez em quando sinta as negatividades a descarregarem pelas plantas dos pés. No final do banho faça movimentos rápidos com as palmas das mãos ou pontas dos dedos como lhe der mais jeito, começando da cabeça até aos pés, como se estivesse a varrer todas as suas energias negativas. Se lhe apetecer massajar, “amassar” ou dar umas palmadinhas em alguma zona do corpo, faça-o. Faça movimentos para fora ou em direcção ao chão. De vez em quando sacuda as mãos como se estivesse a sacudir água das mãos. Agora seque o corpo normalmente.
  2. Coloque umas gotas de perfume ou água de rosas nas mãos e esfregue durante alguns segundos as seguintes zonas: zona do períneo (entre o ânus e os órgãos sexuais), abaixo do umbigo, barriga, peito, garganta, entre as sobrancelhas, abaixo das orelhas, topo da cabeça, nuca e pulsos. Passe também ao longo de toda a coluna, até onde conseguir.
  3. No final, percorrer o corpo à distância de 5 a 10 centímetros com as palmas das mãos abertas, como se estivesse a alisar um escudo protector que rodeia o corpo. O que está a procurar fazer é alisar a aura e a tentar eliminar buracos da aura que o tornam mais vulnerável a más influências, tanto energéticas como espirituais.

 

Para protecção espiritual, é uma boa ideia aplicar um bálsamo que contenha cânfora e mentol ou eucalipto em algumas zonas do corpo, doridas, “mais carregadas”, peito, meio da testa e abaixo do nariz por exemplo. Em caso de ataques espirituais ou quando se sentir “mais em baixo”, pode fazer como explicado em relação aos perfumes. Pode ainda pedir a alguém que lhe faça um massagem às costas e aplique o bálsamo em toda a coluna.

 

  1. Amuletos

Dependendo da sua religião e gostos pessoais, pode arranjar um amuleto e trazê-lo consigo no seu dia-a-dia.

Os amuletos de metal ou algum tipo de pedra podem ser muito poderosos quando potencializados. O crucifixo é um bom amuleto de protecção (mas não deve ter o Cristo crucificado). Para o potencializar faça o seguinte:

  1. Passe por água corrente o crucifixo.
  2. De seguida, ponha-o em água e sal durante meia hora para purificá-lo.
  3. Lave outra vez em água corrente e coloque-o durante três dias e três noites num local onde apanhe a luz do Sol e da Lua, para o carregar de vibrações positivas, como por exemplo, o parapeito de uma janela.

 

Depois desses três dias, está pronto a ser utilizado.

 

Para tornar o amuleto de protecção mais eficaz, antes de o usar, faça uma oração ou meditação, segure-o entre as mãos e peça a Deus para abençoar esse crucifixo. Afirme mentalmente com convicção o seguinte: “Este crucifixo vai proteger-me das influências negativas”. Diga três vezes.

Há ainda pessoas que em vez de segurá-lo entre as duas mãos, preferem segurá-lo com a mão direita ou entre os dedos e apertá-lo com força, “sentindo” o seu poder a aumentar, à medida que dizem as frases.

 

Pode agora andar com ele ao peito ou no bolso. Em caso de “ataque” ou má disposição, segure-o com a mão direita e com fé eleve o pensamento a Deus.

 

Se ainda não tiver sensibilidade para saber quando repetir o processo (voltar a limpar e carregar o amuleto), repita o processo acima descrito de três em três meses, ou se precisar de muita protecção, mensalmente.

 

Cânfora

Compre numa farmácia ou drogaria uma embalagem de pedras de cânfora. Separe uma e envolva-a em folha de alumínio (que se utiliza para embrulhar alimentos) para esta não se partir facilmente. Ande com ela no bolso, “soutien”, etc.

Quando se sentir mal ou “atacado”, faça algumas inalações com a pedra de cânfora. Ela tem o condão de afastar o Mal, de o proteger, e ainda, de aliviar o sistema nervoso.

Para evitar uma noite agitada, pode colocar uma pedra de cânfora debaixo da almofada (envolvida em folha de alumínio para não se partir facilmente).

Pode ainda ter pedras de cânfora para o proteger espiritualmente na sua mesa-de-cabeceira, local de trabalho, carro, etc.

Quando a pedra de cânfora ficar gasta, muito partida ou parecer que “perdeu o seu efeito”, jogue-a fora sem qualquer preocupação e utilize uma nova.

 

  1. Banhos de Descarrego

São indicados em casos de pessoas que têm tendência a “carregaram-se” de energias negativas e a atrair Espíritos em sofrimento.

São também aconselhados quando a pessoa se “sente em baixo”, deprimida, irritada, ansiosa, com determinadas dores, pernas cansadas, etc.

Pode ainda ser aconselhado quando se frequentam locais “muito carregados” ou se lida com pessoas “negativas”.

Existem preparados já feitos para banhos de descarrego que se vendem no comércio. Alguns são bons, outros quase ineficazes, outros ainda, parecem ter o efeito oposto ao desejado! É incrível mas tudo ou quase tudo aquilo que o comércio “toca” na área espiritual, parece estragar.

Vamos no entanto dar algumas dicas simples de seguir mas muito eficazes.

 

Banho de Água e Sal simples

Numa banheira com água a uma temperatura agradável, coloca-se um bom punhado de sal grosso marinho (ou integral, ou “não refinado”). O sal de cozinha refinado também serve. Há quem prefira colocar três, cinco, sete ou nove pequenos punhados (sempre em número ímpar). Um bom punhado é suficiente (por exemplo, 250 gramas).

Deixe-se estar tranquilamente em imersão nessa água durante pelo menos 15 minutos. Molhar a cabeça com esta água tendo em atenção a nuca é muito benéfico e pode trazer muito alívio mas deve ser feito apenas no início do banho. Em seguida, faça normalmente o seu banho de asseio.

Se quiser pode ouvir uma música tranquila e queimar um incenso enquanto toma o banho de imersão. Pode ainda aproveitar para meditar, orar…

 

 

 

Banho de Água e Sal com Espuma

Para tornar o banho mais agradável, pode fazer um banho de espuma com o sal.

 

Banho de Água e Sal com Plantas ou Óleos Essenciais

Faça uma infusão forte de arruda, alecrim e alfazema por exemplo. Coe e antes de entrar na água e sal junte a infusão de plantas ao banho.

A infusão de pétalas de rosas brancas é excelente. Ou em alternativa, 100 ou 200 ml de “água de rosas” que as senhoras usam para cuidar do rosto e que são uma alternativa mais acessível.

Pessoas que sentem alguma tensão na cabeça podem obter algum alívio esfregando um pouco de água de rosas nessa zona. O mesmo é válido para todas as outras zonas do corpo.

Em alternativa à infusão de plantas pode utilizar óleos essenciais naturais. Tenha cuidado para não entrar em contacto com os olhos. Embora não seja obrigatório, para facilitar a sua dissolução na água do banho pode usar um preparado para o efeito (ou misturar previamente as gotas em açúcar ou mel antes de as colocar na água do banho).

 

Nota: o ideal e o que é aconselhado por algumas escolas é fazer um banho de descarrego com água e sal, ou água e sal e café (ver a seguir), seguido do banho de asseio, e só depois, fazer ainda outro banho com plantas, infusão de pétalas de rosas, etc., para adquirir vitalidade, atrair sorte ou outra intenção. Ora isto equivale a dizer realizar três banhos o que para a maioria das pessoas é algo que não é viável.

Para os objectivos em questão, basta fazer como indicado.

 

Banho de Água e Sal com Café

Ferva três colheres de sopa de café de máquina moído num litro de água. Coe e junte ao banho. Este banho faz um descarrego mais poderoso pois “puxa” muita energia da pessoa. É normal que se sinta um pouco cansado no final. Agasalhe-se bem e descanse no final um pouco, sentado ou deitado.

 

 

 

 

  1. “Escalda-pés”

São aconselháveis para quem não tem condições para tomar um banho de imersão, ou não está assim tão mal para tomar um banho de imersão, ou ainda, não tem tempo para tomar um banho de imersão.

Não faz um descarrego tão completo mas ainda sim é bom e pode proporcionar bom alívio. Faz-se como os banhos de descarrego, simples com água e sal, ou com sal e café, etc.

Num pequeno recipiente coloque os pés em água e sal a uma temperatura agradável. Pode “desejar” ou visualizar todas as negatividades a saírem pelas plantas dos pés.

Se tiver algum conhecimento de chakras, “sinta” os chakras dos pés a eliminarem toda a “sujidade” que tem consigo.

Pode ainda, percorrer com o pensamento todo o corpo, começando pela cabeça, pescoço, braços, tronco etc., até aos pés, visualizando toda a sujidade dessas zonas a ser canalizada e a sair pela planta dos pés.

É geralmente aconselhado 10 a 15 minutos. Pode ter um recipiente com água quente e de vez em quando juntar um pouco dessa água para manter a temperatura agradável.

 

  1. Altares

Muitas pessoas têm tendência para montarem altares com inúmeras imagens e estátuas de Santos, velas queimadas, etc., o que nem sempre as beneficia.

 

Eis alguns conselhos se gostar de ter um altar em casa:

– O altar deve de preferência ser feito numa zona da casa que não o quarto ou a cozinha. Caso seja possível, deve ser feita numa divisão ou local da casa que não seja um local de passagem.

– O altar deve de preferência ser simples, com poucos elementos.

– As pessoas inexperientes não devem queimar constantemente velas. Isso pode atrair muitos Espíritos em sofrimento e a precisar de ajuda. Queimar uma vela a pedir protecção, e oferecer uma vela pelos Espíritos que precisem de ajuda para “subir para a Casa Do Pai”, é suficiente e pode ser feito de vez em quando ou quando “sentir vontade” de o fazer.

– Quando se queimar uma vela, esta deve arder até ao fim e não se deve sair de casa com um vela acesa.

– Para absorver as negatividades do ambiente, pode colocar-se no altar um copo não tenha sido usado para outro fim com água e sal. A água e o sal devem ser substituídos assiduamente. Por exemplo, semanalmente. Faça-o conforme indicado atrás.

– Pode também fazer parte desse altar flores naturais e um pedra de cânfora.

– Para algumas pessoas, no início do seu despertar mediúnico, não é aconselhável ter um altar em casa. Dependendo por vezes da Mediunidade em questão, muitas pessoas atraem muitos Espíritos em sofrimento e à procura de ajuda. Essas pessoas vêm com a missão de servir Deus através da caridade a esses Espíritos que precisam de ser encaminhados para a Luz. É o caso dos “médiuns de limpeza”. E quando isso acontece, um altar pode atrair muitos desses Espíritos que procuram paz. E isso pode não ser bom para esses médiuns, caso ainda não dominem as suas faculdades de forma proveitosa.

Mas isso depende de cada caso. É preciso sublinhar que há pessoas nestas circunstâncias que se sentem bem em ter um altar.

Uma forma de chegar a alguma conclusão é manter a atenção no altar durante alguns momentos e perguntar a si mesmo o que sente. Paz ou desconforto? Bem-estar ou algum nervosismo? Caso se decida em ter um altar, este deve ser mantido limpo, sem velas ou fósforos queimados.

– Caso tenha algum tipo de tecido ou toalha, em caso de dúvida este deve ser sempre branco. Evitar cores como o preto ou o vermelho. Ter em atenção que há tonalidades de cores negativas. Se optar por uma cor como o azul ou o rosa, a tonalidade pode ser viva ou sóbria. Mas ao olhar para ele deve “sentir-se bem”. Em caso de dúvida opte pelo branco.

 

  1. Amizades e Locais de Frequência

Dentro do possível, o médium desperto, esteja ou não a ser vítima de obsessão, deve evitar locais onde se cultivam vícios como consumo de álcool, drogas, locais de prostituição, de jogo, etc. Muitas pessoas não conseguem frequentar locais de grande fluxo de pessoas como grandes centros comerciais sem se sentirem mal.

 

Acontece que tanto os locais muito frequentados como os locais de vícios, têm tendência para estarem muito saturados de energia negativa. Além disso, são muitas vezes frequentados por Espíritos em sofrimento ou que estão no Mal, procurando influenciar pessoas para se autodestruírem ou cometerem actos moralmente reprováveis. Outros Espíritos estão simplesmente apegados a vícios e ao plano terreno e não prosseguem o seu caminho.

Por exemplo, muitas desgraças devido ao jogo tiveram início no dia em a pessoa foi pela primeira vez a um casino. Algumas pessoas descrevem a sua situação como se “algo” as tivesse acorrentado àquela situação de jogo.

 

O que é certo é que o médium recém-desperto, que ainda não controla as suas faculdades, está numa situação frágil e pode ligar-se inconscientemente a um obsessor que frequente esses locais e tornar-se num obsediado.

Quanto às amizades no dia-a-dia, fica ao critério de cada um. Pessoas negativas, pessimistas por natureza, que cometam crimes ou tenham dependências precisam de facto de ajuda. Muitas estão também a ser vítimas de obsessão.

Mas é importante “orar e vigiar” constantemente para que não se cumpra o ditado “Junta-te aos maus e serás pior do que eles”.

 

Mas isto também não significa que deva discriminar alguém. De forma alguma.

O Ser Humano tem naturalmente necessidade de afecto, aprovação e convívio social. Muitas pessoas, principalmente os jovens, preferem geralmente “más companhias” a “não terem companhia”. Uns dão-se bem e chegam a adultos sem vícios ou sem terem cometido algum crime que em alguns casos o perseguirá para o resto da vida. Outros não.

O que é importante é compreender que cada um individualmente é responsável pelas suas acções. Andar com alguém “menos digno” aos olhos da sociedade não faz de ninguém menos digno desde que se mantenha “os pés assentes na Terra”. Jesus Cristo convivia com criminosos, prostitutas e todo o tipo de “pecadores”. Mas sabia o que estava a fazer.

Muitos médiuns, devido à sua maior sensibilidade, têm tendência para serem pessoas muito influenciáveis pelos ambientes e pessoas.

 

Mais uma vez, fica ao critério de cada qual a escolha do convívio que pode e quer ter.

 

  1. Como defender-se de pessoas negativas ou que vampirizam a sua energia

Por vezes, por razões de estudo ou trabalho, somos obrigados a lidar com pessoas que conseguem “deitarem-nos abaixo”.

Há pessoas que estão de facto “muito a leste do Paraíso”.

Umas parecem alimentar-se de ódio e de todo o tipo de “detritos” que os outros lhe possam dirigir. Como tal, provocam todo o tipo de situações menos dignas. Algumas gostam de excitar exageradamente a sensualidade nos outros, não se dando conta do sofrimento que podem estar a causar a algumas pessoas. Pode parecer estranho mas algumas mulheres (e alguns homens) alimentam-se literalmente da energia de desejo que causam nas outras pessoas e que estas lhe enviam.

Outros, como alguns chefes e pessoas que têm algum tipo de poder, “gostam” de provocar nos outros medo, ansiedade, sentimentos de inferioridade, etc. E alguns também se alimentam disso. É o seu passatempo preferido. Estranhas formas de estar na vida!

 

Outras pessoas, apesar de muitas vezes não de darem conta, vivem a vampirizar a vitalidade das outras. Acontece naqueles casos em que, quando fala com determinada pessoa e depois ela (ou você) se vai embora, sente-se exausto. Muitas dessas pessoas gostam de tocar na outra pessoa com quem estão a falar. Pois o que muitas fazem é retirar dos outros energia vital! E algumas gostam de “sugar até à última gota” deixando o seu interlocutor exausto, por vezes irritado, que por simpatia e boas maneiras não tem coragem (ou não pode) evitar o contacto com essa pessoa.

Muitas vezes são pessoas desequilibradas, doentes, que não têm qualquer intenção de prejudicar. São geralmente pessoas que deviam aumentar a sua fé, auto-estima e autoconfiança. Precisavam de rezar, praticar relaxamento, meditação ou outra técnica espiritual, para absorverem a sua quota-parte de energia do ambiente e dos planos espirituais, mantendo assim a sua vitalidade equilibrada, em vez de “roubar” a vitalidade dos outros.

O que é importante para o presente trabalho é que muitos médiuns, ainda frágeis mentalmente e energeticamente, são muitas vezes “alvos fáceis” para essas pessoas. Muitas vezes queixam-se que basta cruzarem-se ou falar com determinada pessoa durante alguns momentos para terem “o resto do dia estragado”.

Umas pessoas roubam energia, outras emitem energias negativas destruindo o bom-humor e vitalidade de pessoas mais sensíveis ou influenciáveis. Existem ainda pessoas que fazem o trabalho completo: retiram energia do seu interlocutor e despejam nele uma parte das suas negatividades. Que beleza!

Ora se o médium não se sabe defender, proteger, ou ainda, não sabe, se for esse o seu caso, lidar com a sua Mediunidade de limpeza e/ou cura, cada dia é uma verdadeira batalha. E pela sobrevivência…

 

Muitas pessoas, por falta de conhecimento e desenvolvimento espiritual, nem sonham com a quantidade e qualidade de “pequenos crimes” que cometem e o sofrimento que espalham à sua volta, apesar de muitas se julgarem “cidadãos exemplares” aos olhos da sociedade.

 

O Ser Humano é aquilo que pensa. Se pensar coisas más, coisas negativas, não são apenas as suas emoções que irão alterar-se e gerar sentimentos correspondentes. O ambiente à sua volta também irá ser afectado. E as outras pessoas também, em maior ou menor grau consoante a sua sensibilidade e receptividade.

Quando alguém pensa mal ou bem de alguém emite a essa pessoa vibrações correspondentes. O benefício ou malefício que causa depende do seu poder mental.

Se duvida disso, peça a alguém de confiança para se sentar tranquilamente à sua frente. Agora relaxe. Comece a pensar coisas muito positivas da outra pessoa. Se esta tiver o mínimo de sensibilidade irá sentir chegar alguma energia, neste caso positiva. Depois peça à pessoa para fazer o mesmo em relação a si.

 

O Ser Humano ao pensar afecta o seu corpo. Determinadas experiências científicas verificaram que o pensamento altera a composição do sangue. Mas a espiritualidade vai ainda mais longe e diz que afecta o meio ambiente e as outras pessoas (determinadas experiências provaram que o pensamento altera a formação de cristais de gelo de água, o que corrobora o ensinamento espiritual de milhares de anos).

 

Isso também pode ser verificado no seu dia-a-dia. As pessoas mais sensíveis sentem-se bem nuns locais enquanto noutros não. Entrar num café às onze da noite, cheio de pessoas, algumas delas alcoolizadas, é certamente muito diferente de entrar numa Igreja vazia. Na Igreja a pessoa poderá sentir paz, tranquilidade, harmonia consigo própria, porque é um local de oração e muitas Igrejas têm de facto vibrações muito positivas por causa da qualidade dos pensamentos, que são de fé, dos seus frequentadores.

A qualidade dos pensamentos de um local também atrai Espíritos na mesma onda de pensamento. Para muitos médiuns em início de despertar mediúnico, entrar no tal café às onze da noite pode significar estar a meter-se num sarilho pois esse local está quase certamente repleto de Espíritos viciosos e o médium irá “carregar-se forte e feio”. Nessa noite, em certos casos, alguns dificilmente dormirão, outros desencadearão um ataque de pânico e alguns irão parar na urgência de um hospital com sintomas de “Esquizofrenia” ou ataques de pânico.

Infelizmente, isto é muito mais frequente do que à partida se poderá supor. E a maioria das pessoas a quem isto acontece, como o leitor facilmente compreenderá, nem sonham o porquê.

Esta é a razão porque muitas pessoas não suportam estar muito tempo em certos cafés, restaurantes, centros comerciais, etc. Principalmente em locais de grande afluxo de pessoas. Muitas desenvolvem ansiedade ou ataques de pânico, outras ficam deprimidas ou irritadas sem saberem porquê, outras ainda, desmaiam.

 

O facto de ao pensarmos influenciarmos o meio ambiente e os outros é uma das principais razões porque todas as correntes espirituais genuínas falam da importância do Homem pensar e cultivar sentimentos de fraternidade, solidariedade, humildade, paz, etc. Alimentar pensamentos e sentimentos de presunção, intolerância, criticismo, superioridade, rancor, ódio, etc., além de afastar a pessoa de Deus deixando-a mais vulnerável à doença e a influencias espirituais negativas, é como ser um “criminoso” perante a Vida embora inocente perante as leis dos homens.

Por isso, é claro que se é responsável pelo que se pensa no seu quotidiano, pois isso afecta não só as decisões no dia-a-dia como o ambiente e as outras pessoas.

 

Se tiver dificuldades neste ponto, faça exercícios para desenvolver pensamentos e sentimentos positivos. Por exemplo, sentado ou deitado confortavelmente, feche os olhos, relaxe e respire fundo algumas vezes.

Agora concentre-se na seguinte frase “Alegria de viver e lidar com as outras pessoas”. Pode escolher outra frase ou sentimento a desenvolver à sua escolha. Repita várias vezes.

Sinta alegria. Deixe que Alegria lhe invada a mente e corpo. Agora visualize mentalmente ser uma pessoa com alegria no seu dia-a-dia e a ter prazer em lidar com as outras pessoas.

Deve cultivar o sentimento oposto ao que é problemático para si. Se é uma pessoa geralmente contraída em público, pense em descontracção, se arrogante, pense em humildade e assim por diante.

 

Elevação do pensamento

Quando falar com uma dessas pessoas que lhe retira energia ou gosta de a rebaixar, mantenha o pensamento elevado. Pense em Deus, num Santo ou no seu Anjo Guardião (Anjo da Guarda).

 

Fecho do circuito energético humano

Quando falar com uma pessoa que geralmente lhe retira vitalidade, discretamente e sem descortesia, una os dedos polegar e indicador de cada uma das mãos. Se estiver sentado, cruze ou junte as pernas. Melhor ainda.

A “perfeição”, quando tal é possível, consiste em cruzar as pernas e os dedos mantendo os cotovelos junto ao corpo. É claro que isto só é possível quando a pessoa estiver sentada. Não é à toa que muitas pessoas só falam de certos assuntos (como negócios por exemplo) quando sentadas.

 

Cruzar as pernas e os braços é um acto instintivo que permite ao Ser Humano reter a sua vitalidade, perdendo o mínimo. O corpo humano é um complexo electromagnético. Está constantemente a perder energia que precisa de ser continuamente reposta pela alimentação, respiração e outros mecanismos. Ao cruzar os braços, dedos e pernas, os terminais energéticos unem-se resultando num circuito fechado. Mesmo que esteja a falar com uma daquelas pessoa que gostam muito de tocar com quem estão a falar, a perda de energia será muito menor. A partir daqui, a perda ou retenção de energia depende da sua atitude mental, podendo estar mais ou menos fechado à influência da pessoa.

Se por acaso acontecer notar na outra pessoa algum desconforto do género “isto hoje não está a correr como de costume”, não ligue. Essa pessoa é que está errada e tem falta de conhecimento.

Sem ser deselegante nem “fazer figuras lamentáveis”, você tem direito a defender-se pois quem paga o preço de ficar mais vulnerável é você se não se cuidar!

 

Controlo do olhar para lidar com pessoas com o poder mental

desenvolvido

Esta técnica é muito eficaz para lidar com “ataques psíquicos” e “invasões de privacidade” mental. Consiste em evitar olhar directamente nos olhos dessas pessoas, e em alternativa, fixar disfarçadamente o ponto entre as sobrancelhas do seu interlocutor.

Muitas pessoas gostam de invadir a privacidade interior das outras pessoas. E muitas vezes para as influenciar como certos vendedores e negociantes. As pessoas mais sensíveis sentem por exemplo que o seu interlocutor “está a entrar dentro da sua mente”. Algumas vezes sentem a sua mente “vazia”. Outras param simplesmente de pensar. É um fenómeno muito mais frequente do que à partida se imagina. Na prática, é uma espécie de hipnose que resulta muitas vezes em gastar estupidamente dinheiro em objectos que não se precisava. Quantas pessoas se arrependem depois! Mas já tarde.

Desconfie também das pessoas que repetem muitas vezes a mesma frase. Uma das chaves da hipnose é a repetição (“água mole em pedra dura tanto bate até que fura”).

Desconfie igualmente das pessoas que falam muito, com muitos rodeios. Que precisam de uma hora para debater um assunto que bastava dois ou três minutos. O que muitas dessas pessoas fazem é praticamente adormecê-lo para o ter na mão quando chegar “ao que interessa”.

É claro que muitas pessoas o fazem sem intenção. Mas acredite que muitas já leram algumas coisas sobre hipnose, sugestão e todo o género de psicologia e ocultismo. E há pessoas que põem em prática algum desse conhecimento e chegam à conclusão que FUNCIONA. Na prática, alguns desses livros são perversões dos seus autores que colocam à disposição do público em geral, conhecimentos sobre fenómenos relacionados com o poder mental, alguns deles senão a maioria, anteriormente secretos. Alguns dos livros do género “Consiga ter tudo o que deseja”, “Fique rico através do Poder Mental”, “Como atrair o sexo oposto” e outros do género, podem ser um verdadeiro perigo nas mãos de pessoas perseverantes e ao mesmo tempo sem escrúpulos. Felizmente, uma parte desses livros simplesmente não presta e apenas vendem ilusões.

No entanto, saiba que há pessoas que já conseguiram “vender” pontes e monumentos. Não são raras as notícias que um criminoso ou grupo de criminosos, que aborda uma pessoa perto de um multibanco e só com conversa (sem ameaças ou qualquer outro tipo de intimidação), convencem a pessoa a levantar o seu dinheiro e a dar de sua “livre e espontânea vontade” esse dinheiro a essas pessoas!

Mais uma vez, não é à toa que certos conhecimentos eram mantidos secretos pelos antigos mestres. E só depois de anos de provações, em que a pessoa dava provas de uma moral irrepreensível, é que certos conhecimentos lhe eram facultados. E muitas vezes o castigo para quem não cumprisse era a pena de morte. Ainda hoje, certas correntes espirituais que não são acessíveis ao público em geral, exigem dos seus aderentes severos juramentos e mesmo cláusulas de penalização.

 

Quando lidar com uma destas pessoas, evite portanto olhar directamente os seus olhos, pelo menos durante “demasiado” tempo. Para não ser deselegante, “disfarçadamente” fixe o ponto entre as sobrancelhas do seu interlocutor.

Essa pessoa já não poderá invadir a sua privacidade e deixá-la “oca” como algumas pessoas sensíveis se queixam.

 

Visualização de luz violeta, azul ou branca

Se acontecer que vai ter encontro com uma pessoa negativa, tirana, um chefe chato ou algo do género, respire fundo algumas vezes e visualize a envolvê-lo uma luz violeta de protecção. “Sinta” essa luz a rodear e a penetrar todo seu corpo. Acredite que é uma luz pura, poderosa, que o vai proteger de todas as más influências.

Se preferir, peça ao seu Espírito Protector que lhe envie a “chama violeta”. Peça-lhe protecção.

 

Noutro dia experimente fazer o exercício com uma luz azul e noutro com uma luz branca, muito brilhante e pura.

Experimente e veja qual a que funciona melhor consigo.

Pode ainda fazer este exercício de um momento para o outro durante algum momento de ansiedade, angústia, ataque espiritual, enquanto fala com alguém que sente que o está a apanhar desprevenido, etc.

 

Pedra de cânfora

Traga consigo uma pedra de cânfora no bolso desembrulhada. Quando frequentar um local ou lidar com uma pessoa em que pressinta que as coisas “podem correr mal” (ou “já estão a correr mal”), de vez em quando e disfarçadamente, leve a mão ao bolso e esfregue com os dedos a pedra de cânfora. Agora, como se estivesse a coçar o nariz, cheire o aroma protector da cânfora.

 

Vidro e espelho de protecção

Quando sentir que está a absorver negatividades da pessoa com quem está a falar, imagine que existe um vidro de protecção entre os dois. Há pessoas que preferem imaginar-se envolvidas por um vidro grosso e redondo à sua volta.

Se achar que as coisas “estão a ser demais” ou está com dificuldades, imagine que esse vidro é um espelho que reflecte tudo o que a pessoa envia.

 

Nota importante: existem inúmeras técnicas de protecção. Algumas delas visam dar uma lição a essas pessoas mas preferimos não as abordar neste trabalho pois podem ser utilizadas para experiências menos dignas.

O que é importante de momento é entender que dificilmente treinará o seu poder mental se quiser experimentar tudo ao mesmo tempo. Siga a sua intuição e escolha uma forma de protecção. Treine-a em casa, visualizando possíveis situações onde precisará de se defender. Quanto mais treinar mais efectiva e poderosa ela se tornará. E você estará a treinar a sua vontade e poder mental. Passado algum tempo, pode experimentar outra técnica se tiver essa vontade. Quando tiver prática, pode combinar várias. Por exemplo, combinar a elevação do pensamento, a visualização da luz violeta, ao mesmo tempo que imagina um espelho a reflectir o que uma pessoa irritada lhe está a enviar. E isto claro, não invalida andar sempre com uma pedra de cânfora e com um crucifixo.

 

Imaginação do gigante

Quando bem praticada é uma técnica muito poderosa. Geralmente não é preciso chegar a tanto. Jamais brinque com esta técnica. É uma técnica utilizada pelos iniciados para as grandes batalhas da vida. Daquelas onde poderá “haver mortos e feridos”. Treine-a mas utilize-a apenas como último recurso.

Lembre-se também que muitas vezes a melhor defesa é a fuga, ou se preferir, evitar a luta. É muitas vezes um sinal de humildade e a prova perante a Vida que está a fazer a sua parte para evitar o conflito. Seja como os gatos que evitam ao máximo a luta sem se importar que os cães pensem que ele é cobarde. No dia em que o gato perceber que não tem escapatória e que precisa mesmo de enfrentar a luta, quem irá ter uma grande surpresa serão os cães. Não é raro um gato encurralado, com um simples mostrar de dentes e as garras de fora, desfazer num ápice a fanfarronice um ou dois cães com três vezes o seu tamanho.

 

A técnica consiste em imaginar-se um gigante com cinco metros de altura (pode escolher outra altura) e o seu adversário como um anão, alguém insignificante perante o seu PODER. Pode optar ainda por imaginar que é um grande e poderoso soldado dos tempos medievais, com uma forte e intransponível armadura. Diga três vezes com convicção: “Eu Sou Poder. Nenhum Mal me pode afectar”. Sinta-se preparado para a luta, para “o que der e vier”. Mantenha-se firme e não vacile, custe o que custar. Se tiver de pensar em guerra, em agressividade, sinta essa energia. Lembre-se que não está a passear tranquilamente num campo de flores. Está num campo de batalha. Pense que é um guerreiro em plena batalha perante o inimigo, e que tem apenas duas hipóteses: ou vencer ou morrer.

 

Pode repetir várias vezes três vezes a afirmação ao longo “da batalha”.

 

É claro que a chave para o sucesso deste exercício é a sua forte (e extrema) componente psicológica. Versões mais avançadas deste exercício apenas estão ao alcance de quem tenha conhecimentos sobre recepção e emissão de energias. Se bem realizado, é quase certo o seu interlocutor perceber que nesse dia não está para brincadeiras. Pelo menos nesse dia, ele não vai levar a melhor. O máximo que ele poderá conseguir se ainda assim querer enfrentar a “batalha psíquica” ou “energética”, é um “empate técnico”.

 

Muitos espiritualistas são contra este tipo de técnicas (há ainda mais poderosas). São “pelo amor”, “pela paz”, que muitas vezes resulta no “se quiseres bater bate”, ou ainda, “estás a bater fraco, bate com mais força”. Muitos pensam que é isso que Deus quer.

Ora fazer verdadeiramente o que está ao nosso alcance para fomentar a paz, a harmonia e o perdão, sem dúvida agrada a Deus. Mas tudo tem limites. Deus não quer que sejamos “saco de pancada” de ninguém. Isso por vezes é falta de auto-estima, de amor-próprio ou conhecimento equivocado. É por acreditar no amor e na paz que se deixam os ladrões e os assassinos à solta? É por acreditar no respeito pelos seres vivos que se deixa de tomar antibióticos para matar seres que nos podem levar à doença e até mesmo à morte?

De facto, a frase “quando alguém te bater oferece a outra face” é muitas vezes absurdamente interpretada. Imagine-se “dar a outra face” a todos os criminosos da sociedade, aos que praticam o roubo, a corrupção, a violação, o assassinato… Seria “bonito”!

 

Certos pormenores, por serem considerados aparentemente “espiritualmente incorrectos”, não “vêm nos livros” e não são ensinados por instrutores espirituais a não ser em relações muito próximas.

Para dar um exemplo, dos que sabem do que estão a falar, poucos autores ou instrutores espirituais se atrevem a divulgar ou a ensinar que algumas pessoas ultrapassam os ataques de ansiedade causados por ataques espirituais, sentindo os inimigos e dirigindo-lhes mentalmente um raio “destrutivo” ou “de raiva”.

É claro que é um recurso paliativo e não desejável. Mas por vezes é o único possível em alternativa à passagem pela urgência de um hospital com um “ataque de pânico” ou a ter uma “noite em claro”. O ideal, quando a estratégia escolhida for essa, depois de esgotadas as tentativas de “paz” (por exemplo, depois de oferecer uma oração por eles, de oferecer uma vela para que tenham luz para subir para a “Casa do Pai”, de pedir protecção aos Espíritos de luz…), seria um raio calmante, ou paralisante ou “de poder”, mas muitas pessoas desconhecem ou ainda não são capazes dessa possibilidade.

E porque não é ensinado? Por várias razões. Muitas pessoas, ainda não preparadas para ouvir certas verdades, não compreenderiam. Diriam algo do género “Então e o amor? E o amar os nossos inimigos?”, esquecendo-se por vezes da situação humilhante em que se encontram e/ou por que já passaram.

A outra razão é que muitas vezes, não são “inimigos” os causadores pelo mal-estar, mas sim, Espíritos em sofrimento a chamar a atenção pois precisam de ajuda. Como distinguir quando se trata de uma coisa ou outra? Pela experiência e se possível, recorrendo a orientação adequada. Por isso, muitos autores preferem não arriscar e não ensinam certas técnicas para evitar serem mal compreendidos e essas técnicas serem mal utilizadas.

 

De facto, apesar de todas as verdades relacionadas com o fomentar o amor, a paz e o perdão, algumas pessoas, geralmente pessoas de muito boa vontade, mais tarde ou mais cedo terão de compreender e aceitar que vivem no meio de uma guerra, energeticamente, mentalmente e espiritualmente falando. E do lado do inimigo, nada menos do que a humilhação e se possível a ruína e a morte é procurada. Não estamos a falar de coisa pouca mas de um perigo mortal como o comprova os acontecimentos resultantes do Mal que existe em cima da Terra.

E quando se está no meio de uma guerra que não se pode evitar, e não se “desembainha a espada” quando se é atacado, então a derrota é o acontecimento mais provável!

Outros procuram não atacar mas apenas defender. Ora quem “só defende”, também pode acabar mais tarde ou mais cedo por ser atingido, seja por cansaço ou por distracção.

 

O que foi dito atrás não significa jamais praticar o Mal, enveredar pelo “olho por olho, dente por dente”. Muitas pessoas, devido a certos embates da Vida, enveredam por esse caminho pois é mais fácil.

Não. Isto significa respeitar o próximo mas quando necessário e possível, fazer o que está ao alcance para que também se seja respeitado.

 

É portanto preciso, por vezes, quando isso for possível e estiver ao alcance, saber dar uma lição a certas pessoas, que se tiverem sempre sucesso na sua forma errada de estar na vida, dificilmente se emendarão e mais karma negativo contrairão para o futuro. Isto não significa fazê-lo por ódio ou rancor. Mas fazê-lo como um irmão espiritual que quer ajudar outro irmão em erro, que anda a “arranjar lenha para se queimar” perante a Vida. E por vezes, porque não dizê-lo, tal como um pai ou uma mãe quando repreende ou castiga um filho rebelde, fazê-lo por amor.

 

  1. Sol e Ambientes Naturais

O Ser Humano para ser saudável e viver equilibrado não precisa apenas de ar, água e alimento. Precisa também de Sol. Um dos erros muito frequentes de pessoas deprimidas, com problemas psíquicos ou espirituais, é fecharem-se em casa e não saírem à rua.

A importância da luz solar para o Ser Humano é tal que desde a antiguidade os banhos de Sol são considerados uma forma de terapia (helioterapia). Há casos de cura de depressões devido a “simples” exposição ao Sol durante alguns minutos por dia.

Caso seja possível, é importante sair à rua e expor-se à luz solar pelo menos durante 15 minutos diariamente. Se pela manhã cedo, ainda melhor. Em casa, deve abrir as janelas diariamente e deixar entrar a luz do Sol.

 

Frequentar ambientes naturais com muita vegetação, árvores, flores, correntes de água, etc., é muito saudável para a saúde física e mental. Frequentar montanha ou zonas de altitude elevada também pode ser uma experiência a recordar.

Uma das melhores formas de “descarregar negatividades” consiste em andar descalço em ambientes naturais, como em cima de relva, etc.

 

Dar um abraço a uma grande árvore durante alguns minutos ou permanecer sentado junto a essa árvore, por exemplo a ler um livro, é uma excelente forma de equilibrar as suas energias e fortalecer a aura.

  1. Exercício físico moderado

Para algumas pessoas é fundamental praticar desporto, não só para a saúde física como também para a mental. E já agora, também para a espiritual.

A não ser que se tenha uma excelente genética, não se cometa muitos erros alimentares nem cultive hábitos negativos como fumar, comer ou beber em excesso, é uma questão de tempo até “chegarem” as primeiras doenças como colesterol elevado, doenças reumáticas, diabetes, hipertensão, etc., se não se tiver uma actividade física. Actualmente fala-se das “doenças hipocinéticas”, que são causadas pela falta de actividade física (origem do nome) e pelas razões atrás apontadas.

Nas sociedades modernas, devido à falta de exercício, as pessoas começam a sofrer cada vez mais cedo destas doenças.

 

Não praticar exercício físico é literalmente “morrer em pé”, embora aparentemente, só as medicinas tradicionais indiana e chinesa expliquem convenientemente o porquê de tal acontecer.

Acontece que por falta de actividade física suficiente, os canais energéticos, que podem ser comparados a mangueiras por onde circula água, vão ficando estagnados de energia suja. Com o tempo ficam entupidos. Ora quando isso acontece, a vitalização dos tecidos e órgãos deixa de ser feita nas melhores condições e com o tempo o órgão começa a funcionar mal e aparecem as doenças.

É o que acontece por exemplo numa grande parte dos casos de diabetes em pessoas obesas e não só. O abdómen excessivo, devido ao efeito da gravidade, vai contraindo ao longo do tempo os canais energéticos que vão ficando sujos de energia doente e não renovada por falta de exercício físico suficiente. Com o tempo começam a ficar bloqueados e o pâncreas deixa de ser vitalizado convenientemente. A qualquer momento, pode deixar de funcionar correctamente. Se a situação não se inverter, é uma questão de tempo até aparecer a diabetes.

 

O exercício físico obriga literalmente o organismo a renovar a vitalidade, a fazer circular a energia e a eliminar energia doente dos chakras (centros de distribuição de energia) e canais energéticos.

 

Praticar exercício físico também é bom para a mente. Muitas depressões são simplesmente pulverizadas porque a pessoa começou a praticar exercício físico. Era o seu sistema que estava intoxicado, daí a irritabilidade, a depressão, etc.

 

A actividade física pode ajudar muitos médiuns que estejam a ser vítimas de obsessão a sentirem-se “eles próprios”, a readquirirem ou desenvolver a alegria de viver, a auto-estima e a melhorar a sua auto-imagem. Se não for possível frequentar um ginásio, pode optar por caminhadas de meia a uma hora. De preferência acompanhado pois diz a experiência que a maioria das pessoas tem uma certa tendência para “faltar aos treinos” quando pratica actividade física sozinha, em casa ou fora de casa.

Para os mais adiantados, que estejam a trabalhar para desenvolver os dons mediúnicos, o exercício físico ajuda a purificar o organismo e a “desentupir canais de energia” que precisam de estar purificados para que os dons se manifestem.

Um método mais avançado consiste em praticar exercício físico leve a moderado ao mesmo tempo que se jejua. Tudo isto acompanhado de trabalho espiritual como oração, meditação e leitura de boas obras espirituais ou escrituras sagradas.

A não ser que tenha uma mente forte não o faça sozinho. Convém ter a supervisão de alguém entendido ou uma pessoa amiga. Pode fazer este trabalho numas férias ou nalgum período mais calmo da sua vida.

O “orar e jejuar” é um dos métodos mais poderosos para lidar com fenómenos de obsessão grave e desenvolver a Mediunidade. Mas deve fazê-lo acompanhado.

Quando vieram ter com a multidão, um homem aproximou-se a Seus pés e disse-Lhe: “Senhor, tem piedade do meu filho, porque é lunático e está muito mal, cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos Teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. (…)

Jesus falou-lhe severamente e o demónio [Espírito obsessor] saiu do jovem que, a partir desse momento, ficou curado. Então os discípulos, aproximando-se de Jesus, disseram-Lhe em particular: Porque é que não fomos capazes de o expulsar?(…) Essa espécie de demónios [Espíritos obsessores] não se expulsa senão à força de oração e de jejum. Mateus 17, 14-22.

Algumas linhagens espirituais, que têm os meios necessários para o realizar, recorrem ao jejum e oração prolongados supervisionados por um entendido, como último recurso para recuperar espiritualmente pessoas que fizeram pactos de sangue ou estão a ser vítimas de obsessão grave. Quando já tudo foi tentado e nada mais há a fazer, esses tratamentos podem em alguns casos ultrapassar um mês.

 

Se não lhe for possível praticar exercício físico moderado, procure levar uma vida tranquila, fazer uma alimentação saudável, expor-se à luz solar e frequentar ambientes naturais de vez em quando.

 

Faça também de vez em quando um jejum de 24 horas para o organismo eliminar toxinas e readquirir algum equilíbrio.

Pode ainda optar por escolher um dia por semana para comer durante esse dia apenas um alimento como maçã ou uva, ou arroz integral cozido com água e sal (sem gordura). Beba muita água.

 

Se tem alguma doença consulte primeiro o seu médico.

 

  1. Metas e Objectivos de Vida

Ter a Mediunidade desperta e/ou estar sujeito a fenómenos de obsessão não faz de ninguém um ser estranho que precisa de viver longe do mundo em permanente oração e estudo das leis da Vida.

Dentro do possível, a pessoa deve procurar levar uma vida socialmente integrada, no trabalho, família, no convívio social.

 

Por vezes é fundamental evitar falar de temas espirituais com pessoas que não estão em sintonia com esses temas.

Também não é geralmente de bom-tom expor socialmente as dificuldades pessoais com origem espiritual, assim como as experiências espirituais, boas ou más, às pessoas com quem se convive, a não ser que se tenha plena confiança nessas pessoas (e pondo em alguns casos a hipótese de no futuro deixar de confiar nessas pessoas!). As pessoas tendem a serem intolerantes perante aquilo que não compreendem (e com o que não querem compreender), e com o que não controlam.

 

Muitas pessoas receiam os espiritualistas porque temem que estes “saibam demais”, como se tudo lhes fosse dado a conhecer. Muitas afastam-se quando ainda não dominam as suas faculdades e passam por períodos de sofrimento. Se um dia as suas faculdades começarem a dar frutos, algumas aproximar-se-ão, obviamente, para “pedir favores” ou tentar “uma cunha no céu”.

 

Esta é uma das razões porque alguns autores e estudiosos só admitem o desenvolvimento da Mediunidade em centros espirituais embora nem sempre isso seja possível ou viável. Falar de certas coisas, só nos sítios certos com as pessoas certas. Isso claro, além das outras vantagens de se estar inserido num grupo de trabalho espiritual: maior protecção, possibilidade de entreajuda, socorro e incentivo mútuo.

 

Além da espiritualidade, tudo o resto é igual num espiritualista. É uma pessoa como as outras, que tem as suas virtudes e as suas imperfeições, os seus próprios gostos, que come, bebe, ama, ri e chora como todas as outras pessoas.

Ajuda muito, a par dos objectivos espirituais, construir metas de vida que ajudem a orientar os esforços no dia-a-dia. As metas de vida devem ser realistas, alcançáveis.

Quanto às metas em si, isso depende de cada um. Uns procuram o sucesso na área profissional, outros procuram a harmonia familiar, outros a independência económica, outros dar algum contributo para o avanço da ciência, da arte ou da espiritualidade através de obras ou investigação, outros construir alguma obra com objectivos caritativos, etc.

Consoante as suas potencialidades e recursos disponíveis, cada um deve eleger metas de vida construtivas que dêem ânimo para o dia-a-dia e que contribuam para o gosto de viver.

 

  1. Distracções

Um ponto que deve ser tomado em consideração para o bom êxito da cura e equilíbrio de certos médiuns com mais dificuldades é a distracção.

Nos casos em que a pessoa está muito debilitada e desorganizada psicologicamente, a família não deve deixar essa pessoa ininterruptamente entregue aos seus pensamentos, que muitas vezes são mórbidos e obsessivos.

Deve fazer sair a pessoa de casa, passear, andar, ter acesso a divertimentos adequados, etc.

Em alguns casos, que o tacto dos familiares certamente saberá avaliar, não se deve deixar a pessoa só durante demasiado tempo nem permitir que faça longas caminhadas em lugares naturais sozinha, pois em certos casos pode aumentar o risco de suicídio.

 

Alguns médiuns que ainda não controlam as suas faculdades, devido à sua sensibilidade, tendem a ser pessoas sugestionáveis, a serem arrastados “para onde sopram os ventos”. Um pouco como acontece com alguns génios artísticos, são muitas vezes instáveis, propensos a violentas reacções emocionais, podendo por vezes exibir condutas e posturas perante a vida bizarras que nem sempre são compreendidas ou toleradas pelas outras pessoas.

Em alguns casos, a não ser que o médium seja orientado por alguém que compreenda as suas dificuldades, o seu psiquismo não é digno de confiança. A disciplina exigida para o bom desenvolvimento espiritual visa em grande parte controlar certas forças e peculiaridades mentais que estão em alguns casos descontroladas ou em desarmonia, assim como compensar a extrema sensibilidade de alguns sensitivos.

 

Caso a pessoa tenha dificuldades de iniciativa ou a sua descompensação psíquica a deixe por vezes apática, desesperançada e deprimida, pode ser importante dar-lhe serviços para executar, ainda que tarefas simples como ir levar o lixo à rua ou ajudar em algumas tarefas domésticas. Caso as condições o permitam, explicar-lhe de forma adequada a importância do trabalho, de ter uma vida independente, de acreditar em si e que também é capaz de viver uma “vida normal”.

Se for também possível, fazer a pessoa realizar trabalhos pesados, que a façam suar, instruindo-a a CONCENTRAR-SE UNICAMENTE NO QUE ESTÁ A FAZER. O desporto e as longas caminhadas são também excelentes formas de lidar com a obsessão. E se a pessoa toma medicação, a actividade física intensa e/ou prolongada ajuda também a desintoxicar o organismo e a “descarregar” o sistema nervoso. Opera maravilhas.

 

Lembrar que quanto mais a pessoa observar e interagir com “pessoas normais”, maior a probabilidade da pessoa desorganizada encontrar pontos de estímulo para “lutar pela vida”, incluindo pela sua sanidade mental.

 

Dentro do possível, como qualquer pessoa, o médium recém desperto precisa de manter a mente ocupada com coisas úteis.

Ter uma vida activa, um emprego ou algum tipo de ocupação ajuda a manter a mente ocupada. Pessoas com tendência para o ócio, sem objectivos de vida, ficam por vezes em posições mais frágeis e vulneráveis a fenómenos obsessivos. Quanto mais tempo permanecerem nesse estado, mais difícil poderá vir a ser a sua recuperação.

 

Há alturas em que a pessoa tem mentalmente de gritar com ela própria. “Se que não vai à mão vai ao dente”.

Por vezes, tal como todas as outras pessoas, o médium precisa mentalmente de “dar um murro na mesa e partir a loiça toda”. A “loiça” é o lixo mental, os pensamentos negativos, de auto-depreciação, de tristeza, de se julgar um incapaz.

 

Algumas pessoas descobrem estratégias para lidar com as dificuldades mentais que são no mínimo curiosas. Mas que funcionam no seu caso. Há alturas em que para essas pessoas vale tudo para manter a sanidade mental e procurar dar um novo rumo à sua vida.

Algumas pessoas sentem um grande alívio pensando em raiva e guerra, imaginando–se com um grande poder destruidor, a pulverizar todo o Mal que pode estar a afectar as suas vidas. Se se sentem “presas” ou “amarradas”, imaginam a cortar e a destruir as cordas que os prendem, por exemplo, com uma espada e depois com uma tocha de fogo.

Outras imaginam um tornado, um furacão ou grande tempestade com relâmpagos e tudo o mais, a devastar todas as negatividades negras por onde passa, purificando a sua vida.

Algumas ideias podem parecer estranhas ou bizarras para o leitor que não está dentro das dificuldades por que passam muitas pessoas. Mas como diz certa expressão: “Só quem passa por elas… (essas dificuldades) é que sabe”.

Se funciona sem o prejuízo de ninguém, tudo bem. Na prática, nem tudo vem nos livros ou pode estar à espera que alguém lhe ensine. Algumas estratégias são por vezes consideradas politicamente, ou melhor, espiritualmente incorrectas, e por isso não são ensinadas. Mas a verdade é que por vezes fazem a diferença. São recursos básicos, por vezes íntimos, outras vezes grosseiros, que não são de forma alguma os ideais ou desejáveis. Mas mais uma vez, por vezes funcionam e fazem a diferença para manter a estabilidade e sanidade mental.

Muitas coisas terão de ser o próprio a testar o que funciona melhor consigo. Isso é auto-conhecimento. Pode-se aprender muito com os outros e com os livros, e até com os Guias de Luz para aqueles que facilmente entram em comunicação com eles, mas para chegar longe é indispensável aprender a pensar por sua própria cabeça.

 

A meta do Homem é aspirar à paz e harmonia com todos, encarnados e desencarnados, e até com os seus inimigos. Mas isso nem sempre é possível a muitos iniciantes pois ainda são fracos e não dominam bem as suas energias e faculdades mentais. Por vezes, “só à porrada e ao tiro” (mentalmente falando obviamente!).

 

Aproveitamos a oportunidade para alertar que nem sempre os médiuns inexperientes são bem orientados em alguns centros, onde parece por vezes existir uma certa tendência para encarar a Mediunidade como um caminho de vida onde “quanto mais se sofrer melhor”. Tolice!

O resultado disso é muitas vezes o clima quase de “filme de terror” em sessões de algumas linhagens, onde os médiuns novatos parecem sentir-se realizados por se prestarem a certos espectáculos, por vezes degradantes e pouco dignificantes para a imagem da Mediunidade. Como tal, pensam que para chegar a Deus é preciso sofrer muito, dando-se a simulações mais ou menos espectaculares de fenómenos de incorporação espiritual, onde estrebucham de forma por vezes assustadora, quando na maior parte dos casos (não de facto em todos), tudo não passa do seu próprio animismo mental. Enveredam por esse caminho porque “vêm os outros a fazer igual” e pensam que “é assim que tem de ser”.

Jamais um Espírito verdadeiramente elevado se presta a esses espectáculos que em nada beneficiam a espiritualidade e afastam muitas pessoas, ainda ignorantes da espiritualidade e que andam à procura da Verdade. Além disso, os Espíritos inferiores, a não ser em casos raros, não precisam que o médium “estrebuche” para incorporar. O mesmo é válido para posturas bizarras, determinado tipo de linguagem, maneirismos, tiques…

De facto, tudo não passa muitas vezes do animismo do próprio médium, que apesar de bem intencionado e por excesso de entusiasmo, pensa que precisa de prestar-se a essas acções. Muitas vezes fazem-no para que os espectadores “acreditem”. Mas também muitas vezes estão a ser vítimas de obsessores brincalhões, que gostam de se divertir às custas de pessoas menos esclarecidas.

 

Nunca nos cansaremos de repetir que desenvolver a Mediunidade e a espiritualidade é desenvolver a paz, a harmonia e a felicidade interior, e nada menos do que isso. É claro que para uma grande parte das pessoas as coisas não acontecem “de um dia para o outro”. É preciso estudar e trabalhar pelo seu progresso incessantemente, e por vezes, precisam de lembrar-se que “Roma e Pavia não se construíram num dia”. Mas esse é o seu trabalho, foi isso mesmo que vieram fazer à Terra, que repetimos, essa atitude salutar de estar na Vida, na verdade, em quase nada é diferente da atitude que todos os Seres Humanos deviam de assumir. Essa é que é a verdade e aquilo que escapa a muitas pessoas. A única diferença é que as pessoas que vêm com a missão de desenvolver a espiritualidade, têm, por algum motivo, seja ele considerado “bom” ou “mau”, responsabilidades acrescidas. Muitos vêm numa lógica de “ou vai ou racha” por terem perdido tempo e oportunidades no passado, outros, como já vimos, vêm como autênticos missionários para ajudar ao progresso da Humanidade, seja na espiritualidade, na ciência ou na arte, seja no progresso da justiça e da sociedade.

Portanto, desenvolver a espiritualidade é desenvolver a felicidade interior, como o comprovam as imagens dos santos das mais diversas religiões (actualmente já existem fotografias reais de pessoas que atingiram o estado de “santidade”), de Jesus Cristo, de Buda, de yogues, místicos de todas as religiões, etc.

Se não estão a ser dados “passos em frente”, além da falta de conhecimento e/ou apegos a ilusões ou ideias inconvenientes para o progresso espiritual, poderá estar a haver alguma falha: na pessoa, no método seguido e/ou na orientação.

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Quando tal for possível, ter uma vida íntima saudável, assim como constituir família com uma pessoa com ideais espirituais semelhantes, pode fazer a diferença para manter uma vida mentalmente saudável e “manter os pés assentes na Terra”. Se a pessoa com quem está não se interessa por espiritualidade, tudo bem desde que sinceramente respeite as suas convicções e práticas.

 

Não se esqueça de dar atenção à sua família e cônjuge. Divirta-se com os seus filhos se os tiver. Vá passear com a família.

Se não tiver família procure fazer amigos, conhecer pessoas. Ajuda frequentar eventos sociais, um ginásio, um grupo social, etc.

 

Ocorrem muitos divórcios e separações por causa da espiritualidade. Não são raros os casos de pessoas que procuram desviar o cônjuge do caminho espiritual. Esta é uma das razões porque muitos “Santos”, cientistas, artistas e filósofos escolhem vir à Terra numa reencarnação em que não casarão nem viverão em união de facto.

Há ainda pessoas que cinicamente (algumas pessoas dirão “satanicamente”), procuram influenciar o cônjuge a não acreditar na espiritualidade porque têm medo que este venha a saber de mais. Como por exemplo, que a pessoa com quem está também recorreu ou recorre a certos “favores espirituais” menos dignos. Mas existem muitos outros motivos.

Alguns conjugues conseguem assim fazer com que a pessoa se desvie dos seus compromissos com Deus. E isso pode ser muito grave, tanto para o que desvia como para aquele que se deixa desviar. E o que é incrível é que muitas pessoas sabem o Mal que estão a fazer. Fazem lembrar a história do condenado ao inferno que faz tudo o que estiver ao seu alcance para arrastar consigo o maior número possível de futuros companheiros na dor e na desgraça.

O resultado disso, muitas vezes, é o médium trocar a “felicidade na eternidade” por uns meros anos de afecto e intimidade neste mundo. É esta provação que deu origem à tão reaproveitada história, presente em muitas religiões, do “escolhido por Deus” que sofre a tentação da mulher para se desviar dos seus compromissos para com o Senhor da Vida, o Criador do homem e da mulher. Em muitos casos não passa de fantasia. Noutros casos não.

 

É por isso que por vezes ocorrem certos divórcios ou separações afectivas “estranhas”, “inexplicáveis”. “Parecia que estava tudo a correr tão bem…”.

É por vezes a Vida, benevolentemente, a dar um empurrão para ver se a pessoa acorda para os seus compromissos. Diz-se que a Vida o faz benevolentemente porque o sofrimento que geralmente causa uma ruptura amorosa, é quase um momento de felicidade quando comparado com a decepção e o sofrimento que pode aguardar aqueles que prometeram e não cumpriram!

É de facto uma bênção um médium, seja homem ou mulher, ter a seu lado alguém que o ajude na sua caminhada espiritual, e porque não, que também queira percorrer de mãos dadas a seu lado o Caminho em direcção ao Divino Senhor.

 

Na verdade, muitas pessoas, sem o suspeitarem, são autênticos médiuns ao serviço do Mal. É por isso que é tão importante o “orar e vigiar” ensinado por Jesus Cristo. O vigiar diz respeito à actividade mental, aos pensamentos. Se são maus, se visam trapacear o próximo, desviá-lo do “bom caminho”, manter o outro na ignorância de coisas positivas e construtivas, se traduzem uma atitude menos digna, é porque a pessoa desenvolveu uma atitude errada de estar na vida, e/ou, anda, espiritualmente falando, muito mal acompanhada. E geralmente, é ela que está a atrair e a alimentar essas más companhias com as suas atitudes e forma de estar na Vida. Essas más companhias influenciam os vivos a manterem-se afastados dos mais salutares ideais espirituais, para que colham no futuro o sofrimento e a decepção que eles próprios colheram.

Os objectivos do Ser Humano neste mundo são evoluir em conhecimento, sabedoria, purificação, amor e capacidade de praticar o Bem, servindo Deus e o próximo. Quanto mais avança nessas metas, mais se aproxima de Deus, e consequentemente, de mais Luz Divina se torna um receptáculo, como se pode verificar no olhar de paz e bem-aventurança de algumas almas já mais evoluídas no final da sua vida.

 

A outra meta da condição humana a ter em mente, seja como homem ou como mulher, para os que escolhem esse caminho, é ajudar o cônjuge a desenvolver a perfeição daquelas metas, tornando o fardo do outro mais leve, a vida mais divertida, amparando-se um ao outro nos momentos menos bons.

 

A atracção sexual entre homem e mulher, o gosto da companhia e do contacto com o sexo oposto, fruto de leis naturais, são como “artimanhas” da Natureza para ajudar a que coisas infinitamente mais elevadas aconteçam: possibilitar a reencarnação de Espíritos para continuarem a evoluir através do nascimento de filhos, desenvolvimento da capacidade de praticar o Bem, do partilhar, do convívio social, do servir o próximo, do “amar o próximo” (próximo significa “o que está perto”) …

 

  1. Alimentação saudável e suplementos alimentares

O médium deve procurar fazer uma alimentação saudável, beber muita água de boa qualidade, e ficar longe de hábitos negativos como consumo de álcool, tabaco, refeições muito pesadas antes de iniciar alguma prática espiritual, etc. Isto claro, dentro do possível.

 

Alimentação vegetariana

Existem linhagens espirituais que aconselham a fazer uma alimentação vegetariana. Isso fica ao critério de cada um.

Num clima quente é mais fácil fazer esse tipo de alimentação do que num clima temperado ou frio. Para algumas pessoas uma dieta vegetariana poderá trazer problemas de saúde.

Uma dieta vegetariana pode ajudar ao desenvolvimento espiritual mas não é indispensável. Além disso, pode aumentar demais a sensibilidade e certa “fragilidade”, mais do que algumas pessoas suportariam, neste mundo de luta no dia-a-dia (socialmente e espiritualmente falando). A dieta vegetariana pode ser muito indicada e tolerada para monges e pessoas que têm a sorte de ter uma vida tranquila no seu dia-a-dia. Mas para pessoas que fazem dezenas ou centenas de quilómetros por dia ao volante, que têm uma vida profissional muito intensa, ou são muito afectadas espiritualmente, pode não ser uma boa ideia, pelo menos enquanto jovens. Só a experiência pode averiguar se uma dieta vegetariana é adequada a determinada pessoa.

Não adopte uma alimentação vegetariana sem supervisão de um profissional nessa área e sem tomar um bom suplemento multivitamínico e fazer análises periódicas.

Apesar dos muitos conhecimentos disponíveis sobre nutrição, acredita-se que nem tudo se sabe. Apesar de certas pessoas estudarem e se informarem muito de como fazer uma alimentação vegetariana compensada (incluindo macrobiótica) a verdade inquestionável é que algumas pessoas simplesmente ficam doentes. E isso não é bom, nem para o desenvolvimento espiritual nem para mais nada.

Falta de apetite, queda de cabelo, nevralgias, diversos tipos de dores, cãibras, fragilidade dos vasos sanguíneos, problemas de circulação, tendência para a anemia, problemas cardíacos, falta de vontade e iniciativa por exemplo, podem ser sinónimo de que o organismo não está a receber todos os nutrientes que precisa.

Geralmente, o perfil das pessoas que melhor se dão com uma dieta vegetariana no clima português, são pessoas que iniciam essa prática a partir da meia-idade. Outros aspectos como actividade laboral, genética e temperamento também precisam de ser tidos em atenção na escolha de uma alimentação equilibrada.

 

Nós somos o que comemos

A maioria das pessoas já ouviu esta frase atribuída a Hipócrates, considerado o pai da medicina. Pode parecer impressionante mas passados cerca de 2500 anos, cada vez mais a ciência comprova que Hipócrates tinha razão, e o quanto tinha razão! O nosso corpo é formado e mantido através dos alimentos e bebidas que ingerimos. Pois bem, a nossa saúde depende da qualidade do que comemos e bebemos mas não só. É que o que comemos e bebemos também influencia a nossa saúde mental!

A importância da alimentação é tal que existem estudos que sugerem que a alteração de hábitos alimentares e a toma de certas vitaminas e minerais, pode levar à cura de determinadas perturbações mentais como a depressão, traços de personalidade como a irritabilidade e a apatia, e imagine-se, alguns casos de Esquizofrenia!

A saúde física e a vitalidade podem influenciar os nossos estados emocionais e consequentemente, o comportamento. Algumas investigações chegaram à conclusão que muitos criminosos tinham excesso ou deficiência de certos minerais ou vitaminas.

 

Ao submeter os alimentos a temperaturas demasiado elevadas, determinadas vitaminas são destruídas. Noutros casos, perdem-se na água da cozedura dos alimentos. Alimentos processados, como conservas e alimentos congelados, além de desvitalizados, muitas das vitaminas naturais dos ingredientes praticamente desapareceram e outras encontram-se em pouca concentração. As produções intensivas e/ou em solos pobres em minerais são outras das causas dos alimentos terem um valor nutritivo menor. Outro factor importante consiste na falta de acesso a vegetais frescos. Uma alface, após alguns dias de ter sido colhida perdeu a maior parte da vitamina C que dispunha.

Além disso, o consumo de álcool, tabaco e café por exemplo, levam à destruição de determinadas vitaminas e à eliminação do organismo de alguns minerais, indispensáveis ao bom funcionamento do mesmo.

A par disso, muitas pessoas passam semanas e mesmo meses sem praticamente comerem fruta ou legumes, que são importantes fontes de fibra, vitaminas e minerais. Há ainda pessoas que raramente bebem água pura.

Assim é difícil manter a saúde…

 

A sua mente e a espiritualidade não são responsáveis por

todo o mal-estar

A primeira descoberta científica que relacionou a alimentação com doenças mentais deu-se quando se provou que a niacina curava a pelagra (e consequentemente os seus sintomas de depressão e demência).

Foi também comprovado que certos sintomas de perturbações mentais aparecem ou são acentuados ao modificar-se os níveis de certas vitaminas no organismo. E para isso basta a pessoa não ingerir determinados alimentos.

Outros estudos revelam que mesmo pessoas geralmente “bem-dispostas” podem tornar-se deprimidas se tiverem carência de acido fólico e de niacina.

Eis alguns exemplos de como uma alimentação deficiente e pouco variada pode afectar o funcionamento do sistema nervoso, logo da mente:

 

  • Ácido pantoténico (vitamina B5): um relaxante natural da tensão emocional.
  • Vitamina B6: contribui para a produção de antidepressivos naturais do organismo como a dopamina e a noradrenalina.
  • Vitamina C: essencial para combater o stresse, é destruída pelo consumo de tabaco.
  • Vitamina B1: em quantidades acima da média pode diminuir as crises de ansiedade e depressão.
  • Vitamina B12: reduz a irritabilidade, melhora a concentração, ajuda a melhorar a energia e a manter a saúde do sistema nervoso.
  • Ácido fólico: a sua carência tem sido relacionada com o aparecimento de doenças mentais.
  • Niacina: altas doses desta vitamina sob vigilância médica têm sido associadas a curas de Esquizofrenia.
  • Colina: permite o envio de impulsos eléctricos ao cérebro e produz um efeito calmante.
  • Vitamina E: ajuda as células cerebrais a absorverem oxigénio.
  • Zinco: promove a atenção contribuindo para o desempenho das funções cerebrais.
  • Magnésio: é conhecido como o mineral “anti-stresse” e “anti- cãibras”. Importante para o correcto funcionamento do sistema   nervoso.
  • Cálcio: pode aliviar a irritabilidade e a tensão nervosa.
  • Triptofano (aminoácido): importante para a síntese da serotonia, um tranquilizante natural.
  • Fenilalanina (aminoácido): necessário para a libertação dos antidepressivos dopamina e noradrenalina pelo cérebro.

 

Além do motivos acima descritos que levam à perda de inúmeras vitaminas e minerais, como a cozedura a altas temperaturas ou a perda dessas vitaminas e minerais na água de cozedura dos alimentos (por isso é que as sopas de vegetais são tão benéficas para a saúde pois todos os nutrientes são aproveitados), existe ainda outro factor responsável pela destruição ou eliminação do organismo de vitaminas e minerais. São os medicamentos incluindo a pílula contraceptiva.

Alguns medicamentos têm sido relacionados com depressão: anti-hipertensivos, diuréticos, barbitúrios (comprimidos para dormir), corticóides, penicilina, laxantes e lubrificantes, etc.

Os antibióticos, além de matar bactérias patogénicas também matam as bactérias benéficas ao intestino, que são importantes para o bom funcionamento intestinal (por isso é que muitas pessoas quando tomam antibióticos ficam com prisão de ventre), e são inclusivamente responsáveis pela síntese de algumas vitaminas do complexo B. Pode atenuar isso tomando um multivitamínico e um suplemento de acidófilos.

 

Alimentação saudável e suplementos

Os exemplos dados acima demonstram a importância que a alimentação pode ter para o bom funcionamento mental. Pode optar por uma alimentação mais saudável e verificar por si os resultados. Se não lhe for possível, pode optar por suplementos alimentares que compensem possíveis carências, como um bom multivitamínico e mineral. Se tomar alguma vitamina do complexo B, tome-a em conjunto com um multivitamínico que contenha todo o complexo B. Tem mais efeito do que tomada isoladamente.

Suplementos de ácidos gordos como óleos de peixe também ajudam ao funcionamento do sistema nervoso e a combater sintomas de depressão e ansiedade.

Deve no entanto consultar um médico ou naturopata se tiver dúvidas ou alguma doença.

Para evitar tomar vitaminas que não precisa, saber os alimentos a que é alérgico (segundo alguns autores, uma das causas de problemas mentais), quais os que deve evitar e os que precisa de consumir em maior quantidade, consulte um especialista em medicina ortomolecular.

Alguns pacientes conseguem resultados animadores com dietas que excluíram carne, glúten e leite e seus derivados. Mas este tipo de dieta apenas deve ser feito com acompanhamento profissional, como por exemplo, um especialista em dieta macrobiótica.

 

Como já foi referido, a prática de exercício físico e frequentar de vez em quando locais onde o ar não seja poluído, como campo ou montanha, também ajudam ao bom funcionamento do sistema nervoso. Aprender a relaxar, evitar situações demasiado stressantes e o convívio social, também podem ajudar.

 

Alimentos a evitar ou a consumir com moderação: gorduras animais, carnes vermelhas, vísceras (rim, tripas, etc.), enchidos, fritos, café, álcool, bebidas gaseificadas, tabaco, chá preto, doces, pão branco, açúcar branco, cereais e farinhas refinadas, excesso de sal.

 

Alimentos aconselhados: legumes e saladas, fruta, sumos naturais de fruta e legumes, cereais integrais (arroz integral, millet, quinoa, cevada, cuscus, milho), “leite” vegetal, ou melhor, bebida vegetal (de soja, aveia, arroz, quinoa, amêndoa, sésamo, etc.), peixe, carnes brancas (por exemplo, peito de peru ou frango), fígado, iogurte, queijo fresco, requeijão, sementes (de linho, sésamo, abóbora, girassol), manteigas vegetais, óleos vegetais não refinados, de preferência biológicos e obtidos por “primeira pressão a frio” (azeite, girassol, linho, sésamo, milho…), nozes, pólen de flores, levedura de cerveja, lecitina de soja, pão integral, açúcar mascavado (ou em alternativa mel ou melaço, e melhor ainda, malte de cevada ou geleia de milho, trigo ou arroz), tofu e seitan (substitutos proteicos da carne).

 

Faça ou não uma alimentação cuidada, pode complementar a alimentação com um bom multivitamínico, que contenha todas as vitaminas do complexo B, magnésio, etc.

Se fuma, bebe ou toma medicamentos, saiba que pode compensar algumas perdas com tomas adicionais de vitaminas e minerais, e/ou ainda, consumir determinados alimentos.

Por exemplo se fuma, deve tomar pelo menos uma grama de vitamina C, ou em alternativa, comer frutas ou alimentos ricos em vitaminas C (como kiwi, laranja, brócolos, tomate). Cada cigarro destrói 25 mg de vitamina C que é um importante antioxidante. Em suplemento alimentar, a melhor forma de vitamina C conhecida é a “Ester C” embora mais dispendiosa.

O sumo de cenoura ou um suplemento de betacaroteno é considerado um dos melhores preventores do cancro do pulmão. O melhor, é não fumar!

 

O café, apesar de um bom estimulante e de ajudar muitas pessoas a suportar muitas horas de trabalho, também trás consigo o seu “preço a pagar”. A cafeína pode privar o organismo de vitaminas do complexo B como por exemplo o inositol, a vitamina C, o zinco, o potássio e outros minerais. Se não passa sem muitos cafés por dia apesar de saber que corre mais riscos de desenvolver doenças cardíacas, pode compensar essas perdas com uma alimentação equilibrada e/ou um multivitamínico a uma ou mais refeições principais.

 

O mesmo é válido para o álcool embora este tenha efeitos significativamente mais nefastos para o organismo e mente. O abuso de álcool pode levar a alterações graves de personalidade, a degenerações graves dos sistemas nervoso e hepático, e do organismo em geral. Destrói ou leva à eliminação de inúmeras vitaminas e minerais do organismo. Apesar de algumas qualidades reconhecidas, principalmente das bebidas fermentadas como o bom vinho e a cerveja (os destilados são mais tóxicos), a substância álcool é um tóxico e o organismo que vai despender muita energia para o eliminar (no caso de consumo elevado, a perda ou destruição de vitaminas e de minerais, assim como o elevado gasto de energia vital por parte do organismo para metabolizar o álcool, são os responsáveis pelo que se chama “ressaca”, incluindo a baixa vitalidade). Energia essa que poderia ser canalizada para outras actividades como o bom funcionamento mental e para os processos naturais de cura e equilíbrio do organismo.

Muitos bebedores excessivos de álcool poderão ultrapassar facilmente os seus excessos (diminuindo ou deixando de beber) com uma alimentação saudável, tomas adicionais de vitaminas e minerais, e prática de desporto. Lembramos que para muitas pessoas, que durante anos intoxicaram o organismo, só a alimentação saudável pode não chegar para de imediato começarem a sentirem-se melhor. Precisam de praticar algum tipo de actividade física, mais intensa do que a que estão habituados no seu dia-a-dia.

Muitos bebedores excessivos são pessoas com problemas emocionais, traumas do passado ou complexos psicológicos que precisam de ser resolvidos.

 

Outros suplementos naturais

Cada vez mais pessoas evitam tomar medicamentos químicos de síntese devido aos efeitos secundários que são em alguns casos graves e optam por produtos naturais. Vamos dar alguns exemplos.

O ginseng ajuda o organismo a eliminar energia negativa e a equilibrar as funções do corpo. É um tónico geral e fornece energia “de forma suave” ao contrário de outros estimulantes como a cafeína.

Se o seu problema for ansiedade, pode recorrer a suplementos naturais de plantas como passiflora, valeriana, lúpulo ou a uma composição com várias plantas. Suplementos de magnésio e cálcio dão por vezes excelentes resultados, incluindo para dificuldades em dormir.

Se o seu problema for falta de motivação, de vitalidade, plantas como o ginseng e o guaraná podem ajudar além do multivitamínico.

 

É claro que se toma medicamentos, tem alguma doença ou dúvida, deve consultar o seu médico antes de tomar suplementos naturais.

Para evitar a remota hipótese de excesso de vitaminas no organismo, pode tomar cinco ou seis dias seguidos e descansar um ou dois. Tome durante dois meses, duas ou três vezes por ano (ou mais consoante as necessidades).

 

Doses muito elevadas de niacina têm sido associadas a curas de Esquizofrenia.

A dose proposta pelo médico canadense Abram Hoffer é muito superior à dose diária recomendada (0.5 a 2 gramas, três vezes ao dia depois das refeições, de preferência na forma de niacinamida).

No entanto, para muitos médicos e investigadores, as doses diárias recomendadas de vitaminas são simplesmente ridículas e não traduzem as necessidades da maioria das pessoas. Também aqui, nesta troca de argumentos a favor e contra, entre médicos que defendem mais investigações sobre doses elevadas de vitaminas enquanto outros dizem que isso é uma perda de tempo, parece haver um conflito que é no mínimo suspeito.

Há pelo menos um dado que é verdadeiro. É que as vitaminas não geram os milhões de lucro que muitos fármacos geram…

No entanto, a toma de doses elevadas de alguma vitamina ou outro suplemento apenas é aconselhada com supervisão de um naturopata ou médico com predisposição para este tipo de tratamento.

 

Em casos de ansiedade, nervosismo ou ataques de pânico, muitas pessoas resolvem a situação com um copo de água com açúcar, ou então, uma boa dose de um produto para desportistas, daqueles ricos em açúcares de assimilação rápida e alguns minerais, como “isostar”, “gatorade”, etc. Pode ainda beber uma dose quando se sentir “mais em baixo”, irritado, com falta de motivação ou deprimido. Dar uma caminhada num parque natural também pode ajudar.

Exemplo de um programa de suplementos

 

Pequeno-almoço: ginseng ou chá verde (ligeiramente estimulante, diurético, antioxidante) ou guaraná (estimulante forte). Em dias alternados, uma colher de sopa de pólen de flores, de levedura de cerveja ou de gérmen de trigo juntamente com cereais integrais ou num copo de leite ou bebida vegetal (há pessoas que comem à colher sem misturar com nada).

Meio da manhã: uma grama de vitamina C.

Almoço: Multivitamínico e mineral.

Meio da tarde: uma grama de vitamina C.

Jantar: Multivitamínico e mineral, suplemento de cálcio e magnésio e uma cápsula de 1 grama de óleo de peixe como salmão (bom para o sistema nervoso, ansiedade, depressão, colesterol e triglicéridos).

 

Durante o dia: dois litros de água mineral de boa qualidade. Sumos de fruta e legumes naturais também são óptimos para desintoxicar o organismo e são muito ricos em vitaminas e minerais.

 

  1. Ataques de magia

A magia consiste no uso de leis naturais, incluindo, embora não obrigatoriamente, fenómenos espirituais e mediúnicos para atingir determinado fim.

Na prática, magia é conhecimento. Muito do temor que a palavra magia tem nalgumas pessoas deve-se a ignorância, a superstição e ao “medo do desconhecido”. Em alguns casos, a consciência pesada, ou ainda, a reminiscências de anteriores reencarnações, que permanecem no baú de memórias do Eu interior.

 

No passado, muitos conhecimentos eram considerados “magia” porque apenas estavam ao alcance de uns poucos. A superstição, o medo do desconhecido e do que não se sabe controlar, jogava a favor dos magos, gerando desconfiança, respeito e temor nas outras pessoas.

Era considerado conhecimento mágico por exemplo a erva-cidreira ser um calmante ligeiro e um digestivo razoável. Hoje até algumas crianças sabem para que serve a erva-cidreira. Era magia alguém fazer fogo-de-artifício. Hoje pode aprender-se por livros, na Internet e até mesmo na escola.

As “bruxas” do passado utilizavam unguentos, infusões ou fumavam certas ervas para ter visões espirituais e visitar o “mundo dos mortos”. Hoje, o abuso de algumas dessas mesmas substâncias dão origem à toxicodependência que destrói vidas e fazem milhares de pessoas desperdiçarem uma reencarnação.

A “magia” de curar dores de cabeça com infusão da casca do salgueiro deu origem à moderna aspirina, consumida por milhões de pessoas.

A “maldição” de certos magos que visavam matar alguém com um “feitiço”, consistia em prender num copo de beber um pedaço de chumbo por exemplo ou outro material. Hoje sabe-se que o chumbo dissolve-se lentamente em líquidos como a água, envenena o organismo e leva com o tempo há morte.

Se alguém há quinhentos anos inventasse o telefone e guarda-se esse conhecimento apenas para si, em que é possível uma voz “passar” por um fio e ser ouvida a certa distância, aparentemente contrariando as leis naturais conhecidas na altura, seria certamente alguém considerado como um grande mago ou bruxa. E provavelmente teria vendido a alma ao “Diabo”!

 

É isso que é a magia e nada mais: conhecimento de leis naturais e de como manipulá-las para atingir determinado objectivo. Logo, além dos investigadores dos fenómenos ocultos, os grandes magos da actualidade são os cientistas, os médicos, os psicólogos…

 

Ora acontece que muitas leis ainda são rejeitadas ou estão pouco esclarecidas para serem comummente aceites. E há pessoas que se aproveitam disso. Tal como no passado, muitas vezes “conhecimento” significa “poder”.

 

Algumas pessoas, por ignorância, má vontade ou outra razão, gostam de caminhar por atalhos em vez de seguirem pelas vias normais da Vida. E como tal, utilizam determinados estratagemas para “queimar etapas” ou “fazer batota”, para mais facilmente atingir os seus objectivos. E então recorrem à prática da magia ou a alguém que a faça. Existem pessoas que fazem a chamada “magia branca”, ou seja, rituais para o Bem, para a saúde, prosperidade, rituais de protecção, etc.

Mas uma grande parte das pessoas que recorre à magia, procura a magia negra ou que anda lá perto, para pedir certos “favores” como provocar a alteração do livre arbítrio de alguém, destruir casamentos, fazer amarrações amorosas, causar algum tipo de dano a alguém.

Dependendo obviamente do que pedem, muitas pessoas não imaginam por vezes no que se estão a meter. E como lhes pode ou vai sair caro!

 

Não nos cabe neste espaço explicar os mecanismos da magia. Daremos apenas algumas informações para que cada um tome certas medidas de prevenção.

A magia para o Mal está relacionada com a perversão das leis naturais para alcançar propósitos mesquinhos, egoístas, destrutivos. Mas não faz sentido viver atemorizado por isso. Os verdadeiros magos do Mal, com grande poder das trevas, são na verdade muito raros e não estão geralmente ao alcance do grande público. Investem o seu tempo e esforço em grandes empreendimentos e não suportam atender a “mesquinhices da populaça”. Além disso, muitos dos conhecimentos e poder do passado foram entretanto perdidos.

Fique também a saber que os grandes magos do passado são como aprendizes em início de carreira quando comparados com os magos-cientistas actuais, que através do “ritual da bomba atómica” fazem desaparecer em segundos milhares de vidas humanas no provavelmente mais aterrador “acto de magia” que a Humanidade tem memória.

 

Sem entrar em muitos pormenores, existem três elementos ou conjunto de recursos para a prática da chamada “magia negra” ou dos chamados “ataques psíquicos” (que visam essencialmente interferir com o livre arbítrio de uma pessoa ou causar-lhe algum tipo de dano) e muitas vezes são utilizados em conjunto.

O primeiro deles é a sugestão hipnótica telepática, ou seja, a utilização de poderes mentais. É de facto na sugestão que reside a grande chave de muitas perturbações mentais, espirituais e emocionais. Muitas vezes as ideias “andam no ar” e a pessoa adere a elas, assumindo-as como suas.

No fundo, na sugestão hipnótica telepática, dá-se o mesmo fenómeno da obsessão espiritual, só que desta vez, feita por um Espírito encarnado sobre um encarnado, que usa os seus poderes mentais de forma perversa.

Já falamos da capacidade hipnótica de certas pessoas. Outras têm grande capacidade de inveja (“olho grande”) ou outro tipo de emoção menos digna, algumas a tal ponto que em casos extremos causam a morte de animais, doenças em crianças, e claro, problemas a médiuns em situação frágil, que não se sabem defender ou tratar. Rasputim, um médium russo que trabalhava com forças das trevas, conseguia “envenenar” pessoas com o olhar. Apesar de ser considerado um homem feio, vivia rodeado de amantes incluindo membros da nobreza.

Hitler, um iniciado em práticas ocultas e ao serviço do Mal, tinha um imenso poder mental que ajudou a chegar ao resultado que todos conhecem. Era um grande mago da palavra e da sugestão. Ainda hoje os seus discursos gravados são analisados por peritos nessa área. No entanto, desconhecendo ou negando as “questões espirituais”, eles jamais chegarão a conclusões justas ou à descoberta do porquê do seu imenso poder. Ficou registado na História que houve pessoas que disseram que Hitler “dominava só pela presença” (!), bastando estar presente para “as coisas acontecerem” (tomada de certas decisões, trabalho, etc.), muitas vezes sem dizer uma palavra. De facto, não faltam exemplos de líderes que apesar de cruéis, são capazes de dominar grupos de pessoas e mesmo sociedades devido a algum tipo de carisma que as pessoas não conseguem definir.

Dando ainda outro exemplo, existem actualmente provas que na antiga União Soviética o governo recorria a médiuns e a pessoas com poderes mentais desenvolvidos para influenciar decisões políticas em certos países.

 

Alguns destes factos fazem muitas pessoas questionar-se acerca do porquê que certas organizações espirituais do género da maçonaria ainda se encontrarem fechadas ao grande público, estando apenas estão ao alcance de alguns ricos e poderosos, contrariando o exemplo dado por todos os grandes mestres espirituais!

 

O segundo elemento consiste no reforço da sugestão pela invocação de certas forças invisíveis. O praticante de magia recorre a favores de Espíritos no Mal e a certas forças naturais. Os Espíritos desencarnados fortalecem os efeitos da sua prática obsediando a vítima (através da sugestão mental, de impressões e sentimentos mais ou menos fictícios).

Como já foi dito, exactamente como acontece na Terra, existem Espíritos que fazem o Bem enquanto outros fazem o Mal. Os Espíritos elevados jamais dão ouvidos a pessoas que fazem pedidos para o Mal. Muitas vezes são eles que cortam os efeitos de certas magias.

Há no entanto outros Espíritos que ajudam certos magos a fazer o Mal. Um bom magista negro tem quase obrigatoriamente de ter o concurso de Espíritos negros (são negros porque não têm luz, pois devido à sua falta de fé, acções e pensamentos, afastaram-se de Deus). Alguns fazem o Mal porque querem. Outros andam enganados por Espíritos ou magos do Mal, e outros ainda, deixaram-se levar por caminhos de difícil recuperação. Praticam o Mal porque andam escravizados (alguns aterrorizados) por outros Espíritos mais poderosos e inteligentes, não tendo força nem lucidez para pedir o auxílio de Espíritos de Luz e conseguir fugir para a Luz.

 

O terceiro elemento é o emprego de alguma substância física como “ponto de contacto” ou “vínculo magnético”. A força empregada pode ser utilizada como uma corrente directa, transmitida pela concentração mental do magista, ou pode ser conservada numa espécie de “acumulador psíquico”, que pode ser um elemental artificial (uma vibração criada pela mente), um talismã ou outro tipo de objecto. Os objectos físicos incluem objectos manipulados pela pessoa que será o alvo da magia como roupa usada, substâncias naturais como plantas, metais, minerais, partes de animais ou certos animais, e partes do corpo humano como unhas, sangue menstrual, sémen e cabelos. É por esta razão que muitos magos pedem aos seus clientes um objecto manipulado pela pessoa, assim como os aconselham a oferecer algum objecto à pessoa que visam atingir, ou colocar alguma substância (como pó) ou objecto ou animal morto na casa da vítima, ou num lugar onde a pessoa passa frequentemente, como debaixo de um tapete, jardim, etc.

 

Algumas magias do “lado negro” exigem a tortura e morte de animais. Em casos felizmente hoje muito raros, a morte de pessoas adultas ou crianças.

 

Como se pode ver, fazer o Mal pode exigir muita coragem (ou loucura) e certa ousadia. O Mal efectivo através da magia exige trabalho e que a pessoa verdadeiramente “vista a pele de lobo”, de forma a não colocar dúvidas nem à Vida nem à Justiça Divina quanto à sua culpa.

Embora muitos magistas vivam da superstição das pessoas e verdadeiramente não causam dano algum a não ser à carteira, ou porque têm pouco poder e conhecimento, ou porque simplesmente levam dinheiro às pessoas mas nada fazem, outros há que levam o seu trabalho a sério.

Apesar de raro, um ritual de magia negra bem feito pode desgraçar a vida de uma pessoa. E como já pode ter muito bem ocorrido ao leitor, no caso da pessoa ser médium, logo mais sensível, tornar a sua vida num tormento.

 

Para combater a magia são por vezes necessários conhecimentos profundos e a pessoa precisa de ser orientada durante algum tempo. No caso de magias bem realizadas e altamente comprometedoras do livre arbítrio da pessoa, que mais uma vez afirmamos, tais casos são raros, a pessoa deve recorrer a alguém competente.

Os sintomas de magia são vários e não raras vezes a pessoa tem a convicção que “alguém lhe fez alguma”. Mas muito mais frequente é a pessoa colocar no grande “saco da magia” toda a explicação para o azar que tem na sua vida.

De qualquer maneira, se desconfia disso, procure um médium ou centro espiritual competente.

 

Iremos dar no entanto algumas dicas básicas enquanto procura uma pessoa que o possa orientar.

– Siga as indicações dadas neste trabalho como as técnicas de descarrego, limpeza e protecção espiritual, oração, elevação do pensamento, pedir protecção e orientação a Deus, etc.

Não se esqueça dos fenómenos de sintonia. Fazer o Bem atrai o Bem e facilita a harmonia com os Espíritos do Bem que o protegerão. O Mal e os vícios, físicos e mentais, podem atrair Espíritos sofredores ou apegados à matéria. Além disso, facilita o trabalho dos Espíritos no Mal e podem comprometer (por sua culpa) o bom trabalho dos Espíritos de Luz.

Ora os ataques de magia funcionam muito como as obsessões espirituais: por sugestão mental. A pessoa precisa de ter uma certa simpatia/afinidade com o objectivo do obsessor espiritual ou com o objectivo da magia para as coisas funcionarem.

Um exemplo. Pode ser relativamente mais fácil fazer uma amarração amorosa a uma pessoa que esteja livre e tenha alguma simpatia pela pessoa que a deseja ter. Agora é muito difícil ou quase impossível atrair por magia uma pessoa que por exemplo esteja casada e seja feliz no seu casamento, e que ainda por cima, não tenha grande simpatia pela pessoa que pede a amarração. Neste caso, certos magos sabem que precisam de usar outra estratégia em vez de ir directamente ao objectivo principal. O primeiro passo poderá ser enfraquecer e romper os laços afectivos entre marido e mulher, através da discórdia, discussões (tantas vezes por motivos estúpidos), etc. O objectivo consistirá portanto em afastar as duas pessoas uma da outra. Quando o “caminho estiver livre”, passa-se ao objectivo principal, o de atrair a pessoa. Há ainda casos mais maquiavélicos onde o magista, por pedido do seu cliente, procura causar a morte do conjugue que está a atrapalhar os objectivos do seu cliente.

Ainda outro exemplo que ilustra bem a necessidade de simpatia/sintonia para alguém nos conseguir fazer Mal: por muito forte que seja o poder mental de um magista que esteja a operar nesse momento, dificilmente as suas sugestões atingirão de forma eficaz uma pessoa que esteja num espectáculo de comédia a rir às gargalhadas. Por saber disso, muitos apenas trabalham pela noite dentro, quando julgam que a vítima está dormir. Dessa forma procuram então implantar no subconsciente da pessoa certas sugestões.

Mais uma vez, existia muita sabedoria quando os antigos aconselhavam as pessoas antes de irem para a cama, a rezar e a pedir protecção durante o sono ao seu Anjo da Guarda.

 

– Quanto menos acreditar que alguém tem poder para lhe fazer Mal, menos força dará a essas pessoas e menos receptiva se tornará a tudo o que delas vier.

 

– Quanto mais fé tiver em Deus e no Seu Poder, menos probabilidade terá de ser afectado.

 

– Tenha muito cuidado com o que come dado por pessoas suspeitas. Muitas pessoas usam a comida como forma predilecta de interferir no livre arbítrio das outras pessoas. Muitos leitores ficariam chocados com algumas das substâncias que são adicionados à comida. Desconfie de uma pessoa que lhe oferece algo suspeito e não come. No entanto isso não é sempre válido. Algumas pessoas maquiavelicamente comem a comida que oferecem com os tais “ingredientes especiais”, mas comem pouco e no dia a seguir tomam um purgante para se limparem.

É verdade que algumas pessoas “apenas” buscam a sua felicidade. Por vezes têm intenções boas em relação ao seu “alvo”. Mas fazem batota ou procuram atalhos que podem sair caros em vez de seguir as vias normais da Vida. Muitas vezes desconhecem ou desprezam o Mal que podem estar a causar.

Em primeiro lugar podem estar a interferir no livre arbítrio de uma pessoa e isso só por si já pode ser grave consoante os casos. Deus que é Deus, o Criador de tudo, deu o livre arbítrio às pessoas. Quem é que julga ser aquele que pensa ter o direito de retirar o que Deus deu?

A outra razão é que muitas pessoas desconhecem (ou “estão-se nas tintas”) que estejam a causar doenças gastrointestinais nas outras pessoas. Não são raros os casos de gastrite, úlceras e mesmo cancro de estômago por causa dessas “brincadeiras” graves. E também são causadores de certos problemas nervosos uma vez que o sistema gastrointestinal afecta muito o sistema nervoso. Porque em vez disso não recorrem à oração e fazem pedidos justos a Deus ou aos bons Espíritos como os Santos?

Quanto a estas práticas, resta dizer aqui que os homens são os mais prejudicados porque na maioria das vezes “não acreditam nessas coisas”, “falta de fé” essa que muitas vezes de pronto é incentivada pelos interessados. A ignorância do “patinho” lhes dá grande conforto.

 

Se desconfia de algo que comeu “que não lhe fez bem”, tome um purgante. Muitas vezes o perigo vem de onde menos se espera. Seja tolerante se souber quem é o “ocultista” e tome o purgante, de preferência, sem ninguém saber. Siga as instruções da embalagem.

Para terminar, saiba que independentemente dos “ingredientes especiais”, tomar um purgante duas vezes por ano é promover a sua saúde. Vários estudos atestam que muitas doenças têm origem num cólon repleto de toxinas. Pessoas com prisão de ventre precisam de ter ainda mais cuidado.

Se não tem problemas de saúde ou outro factor que o impeçam (além da sua falta de coragem), tomar um purgante duas vezes por ano seguido de alguns dias de uma dieta muito leve, (o ideal é tomar o purgante, fazer um jejum de 10 dias e depois a dieta leve), pode operar maravilhas no seu corpo e mente. O jejum ainda é a melhor forma de desintoxicar o organismo, prevenir e até curar certas doenças. Não é à toa que os animais selvagens procuram em certas alturas determinadas plantas para se purgarem, fazendo jejum durante alguns dias.

 

– Tenha também muito cuidado com objectos pessoais e fotografias que dá a pessoas que podem ser suspeitas. Muitas pessoas, antes de darem ou colocarem no lixo roupas ou objectos pessoais, deixam-nos durante um dia em água e sal para eliminar resíduos corporais e vibrações pessoais. Muitas magias para serem efectivas requerem um “ponto de apoio” que funciona como uma ligação à vítima da magia. É por isso que muitos magos do Mal pedem uma peça ou objecto usado pela pessoa pois este conterá as vibrações da pessoa o que facilitará a sintonia com a vítima. Da mesma forma, é por essa razão que objectos antigos que pertenceram a outras pessoas podem ser prejudiciais se os antigos donos eram pessoas negativas ou que praticavam o Mal. Pode-se descarregar essas vibrações com água e sal.

 

As fotografias são ainda mais perigosas nas mãos erradas. Facilitam a concentração do praticante de magia negra e a sintonia com a vítima. Em caso de dúvida, deve-se evitar dar ou deixar tirar alguém uma fotografia. Invente-se uma desculpa. Se tiver dúvidas (ou certezas) e isso não for possível, peça mentalmente a Deus para abençoar a fotografia para que ela não possa jamais ser usada para prejudicá-lo. Se tiver tempo e oportunidade, coloque a fotografia entre as mãos enquanto faz o pedido a Deus. Concentre-se e deseje fortemente irradiar para essa fotografia esse desejo de protecção.

Fotografias onde a pessoa está verdadeiramente feliz são muito mais difíceis de serem usadas para o Mal embora muitas pessoas prefiram não arriscar.

Há pessoas que jamais deitam fotografias para o lixo e preferem queimá-las. De facto, têm razões para isso.

 

– O que foi dito atrás é válido para presentes que a sua intuição lhe sugira serem suspeitos. Em caso de dúvida lave os presentes com água e sal. No entanto, este método nem sempre funciona. A água e sal são ineficazes quando se trata de perfumes e comida por exemplo. O melhor é deitar fora.

Se desconfia de pós e perfumes “estranhos” após a visita de alguém, lave o chão com água e sal e faça uma defumação.

 

– Siga os conselhos relativamente à limpeza e protecção do quarto de dormir. Se for possível, mude a cama de direcção. Depois do quarto higienizado, coloque à vista desarmada algumas pedras de cânfora incluindo uma debaixo da mesa-de-cabeceira, e um copo de água e sal em cada mesa-de-cabeceira.

 

– Se sentir muitos ataques espirituais, ponha ainda em cada canto da cama um recipiente com água e um rosa branca natural. É um poderoso mandala (forma geométrica com objectivos místicos) de protecção.

Pode ainda utilizar este mandala no caso de ataques de pânico ou angústia extrema: ponha os quatro recipientes com água e as rosas brancas no chão a formar um quadrado. Coloque uma cadeira no meio e sente-se confortavelmente. Pode ainda aproveitar para rezar, acender um incenso, assim como oferecer uma vela ao seu Espírito Protector pedindo que o ajude. Se quiser pode colocar música calma ou música sacra que é excelente para harmonizar a aura e as emoções, e também para protecção espiritual.

 

– Outro mandala muito eficaz consiste em desenhar um círculo no chão com diâmetro suficiente para a pessoa permanecer sentada confortavelmente dentro do círculo, no chão ou simplesmente numa cadeira. Existem vários materiais e fórmulas para fazer este ritual. Mas vamos simplificar o máximo.

Para evitar manchar o chão, uma técnica muito simples e também eficaz consiste em “desenhar” esse círculo fechado com um fio de algodão branco. Dentro desse círculo, “desenha-se” com pequenos pedaços desse mesmo fio de algodão palavras como “Deus”, “Protecção”, “Jesus Cristo”, “Arcanjo São Miguel”, etc., de forma a serem lidas por alguém que se encontre fora do círculo. Pode-se escolher uma ou várias palavras. Acende-se no chão três velas brancas que formam um triângulo em torno da pessoa. Oferecer essas velas a Espíritos de Luz pedindo-lhes protecção. A pessoa pode então sentar-se confortavelmente no interior e rezar, meditar ou ler algum livro sagrado ou outra obra espiritual. Se tiver uma bússola, a pessoa deve estar virada para leste assim como o vértice superior do triângulo das velas. Pode queimar um incenso, por exemplo, de arruda, alecrim ou de rosa.

Pode ainda colocar o “quadrado de rosas brancas” dentro do círculo.

 

– Uma pessoa vítima de obsessão ou ataque de magia pode beneficiar muito sentada no meio de um grupo de pessoas que por sua vez dão as mãos e oram a Deus ou a Jesus Cristo. Forma-se assim uma corrente em círculo que pode ser muito benéfica. Além da oração, pode pedir-se a Deus ou a Jesus Cristo protecção e equilíbrio para essa pessoa que está no centro. No final, as pessoas colocam as mãos na pessoa, nos ombros e cabeça, desejando transmitir de Deus paz, harmonia e protecção para essa pessoa. A pessoa deve estar sempre com o pensamento elevado ao Alto. Pode, se preferir, rezar.

Muitos grupos espirituais preferem deixar alguém fora do círculo para fazer uma leitura do evangelho ou de um salmo. Depois da leitura essa pessoa junta-se à corrente.

 

  1. Psicologia e modificação do pensamento

Nós somos o que pensamos. E quer queiramos ou não, a nossa felicidade ou sofrimento depende da qualidade dos nossos pensamentos. É pelo pensamento que colheremos no futuro, o “direito ao céu ou ao inferno”.

 

A maioria das pessoas que levam a espiritualidade mais a sério, facilmente se apercebem que têm de trabalhar muito o seu pensamento. De facto, o subconsciente da Humanidade ainda está repleto de negatividades: inveja, rancor, ódio, sensualidade exagerada, incapacidade de perdoar, egoísmo, julgar os outros precipitadamente, negativismo, resistências, complexos, etc.

Pode parecer estranho mas muitas dessas imperfeições são resultantes dos mais básicos instintos animais, como o instinto de sobrevivência e o instinto sexual. De facto, a Humanidade tem ainda muito para evoluir. A maldade, as injustiças e todo o tipo de perversões que existem são exemplo disso mesmo.

 

O Homem é um Espírito encarnado mas é mais ou menos afectado pelo corpo que habita temporariamente, consoante a sua elevação espiritual.

É suposto que através da razão e do conhecimento, a pessoa se vá desapegando desses instintos e negatividades, purifique a mente, e que aprenda a ser o senhor da sua mente e não o escravo dos sentidos, das emoções, dos impulsos, dos estímulos exteriores, dos desejos…

 

Acontece também que muitos espiritualistas passam por experiências maravilhosas durante sessões de meditação ou oração, e queixam-se que quando voltam ao dia-a-dia, “tudo volta ao mesmo”. Isto quer dizer, voltam os maus pensamentos, os julgamentos, os vícios, o egoísmo, etc.

Isto acontece em grande parte porque durante os exercícios sintonizaram-se com o seu Eu interior, com a sua dimensão intuitiva, com planos elevados onde reina a paz e a harmonia. Podem também ter sido influenciados positivamente pela presença ou actuação de Guias de Luz. Ao voltar à sua vida mundana, “sintonizam-se” naturalmente com um subconsciente ainda não trabalhado, purificado.

É também aqui que nasce a tão badalada frase “X vai à missa mas depois, no dia-a-dia…”

 

Para ajudar a esta tarefa que se revela muitas vezes colossal, pode ajudar muito adquirir alguns conhecimentos de psicologia, ou formas de psicoterapia derivadas da psicologia que são mais acessíveis ao público em geral. Referimo-nos a obras de auto-ajuda, pensamento positivo, obras de Louise Hay, Programação Neurolinguística entre outras, que podem dar o toque que faltava para aprender a purificar a mente e o subconsciente.

Os ensinamentos e exercícios desses livros precisam por vezes de ser combinados com conhecimentos espirituais verdadeiros. Dito de outra forma, a linguagem utilizada nalgumas técnicas precisa por vezes de ser modificada de forma a ser o mais verdadeiro possível o que se diz e pensa. Por exemplo, se alguém pensar e fazer afirmações como “tudo está bem na minha vida” quando está na cara que a vida da pessoa está uma trapalhada, é pouco provável obter bons resultados. Em vez disso, pensar firmemente que “Deus vai me dar forças e sabedoria para dar a volta por cima”, é capaz de ser bem mais justo e verdadeiro.

 

A existência do Homem ao cimo da Terra tem obviamente as suas regras. Não são nem Deus nem os Espíritos de Luz que resolvem os nossos problemas. Esse é o nosso trabalho, as nossas provas, os nossos “exames” da Escola da Vida. Mas podem dar-nos energias, motivação, pistas, lucidez e um “empurrão” para nós os resolvermos. Portanto, utilize a técnica mas escolha a linguagem com que se sinta bem, que o faça vibrar interiormente, despertando e movimentando as suas energias, assim como (e isto é muito importante para o desenvolvimento espiritual) atrair e canalizar energias do Cosmos e do Alto necessárias para os seus empreendimentos.

 

Uma das maiores chaves da espiritualidade e do desenvolvimento espiritual, é que quanto mais elevada for uma verdade verbalizada, mais poder pode gerar, incluindo perante o Mal.

Quando tal não acontece, é porque a pessoa ainda não desenvolveu a consciência do significado implícito. É preciso “sentir” as verdades.

Isso desenvolve-se com estudo e a contemplação/meditação nessas verdades.

 

Quanto mais a pessoa estudar e praticar, mais conseguirá fazer vibrar certas verdades em si mesmo. E mais luz, paz, alegria interior e felicidade alcançará à medida que progride e “vive em comunhão com a Verdade”.

É diferente alguém dizer que acredita em Deus “da boca para fora” e o que acontece com algumas pessoas, que quando falam em Deus, “sentem Deus”, ou seja, acreditam em Deus “do coração (Eu interior) para fora”. São conhecidas pessoas que precisam de se controlar para não entrar em êxtase quando falam de Deus…

 

Frases simples têm por vezes muito mais poder do que certas orações que contêm ideias ridículas, inverdades. A ressonância que causa no interior do praticante é desarmónica, em oposição à harmonia e elevação proporcionadas por certas verdades espirituais.

Uma das técnicas para encontrar a Verdade é justamente pesquisar a ressonância do que dizemos ou lemos tem em nós.

 

  1. Sente ou deite-se confortavelmente. Feche os olhos e respire fundo algumas vezes. Se quiser, pode escutar durante algum tempo uma música suave.
  2. Quando se sentir bem relaxado, faça afirmações muito simples e curtas. Imagine que se chama Ana e tem 26 anos por exemplo.

Vamos começar pela ressonância harmoniosa (pela verdade). Faça o      exercício com os seus dados pessoais.

– Diga mentalmente “Eu chamo-me Ana.” Pronuncie a       afirmação e deixe-a ressoar no seu interior…

– O que sente? Harmonia, verdade… certo? Parabéns. É isso mesmo que é esperado pois FOI VERDADE O QUE DISSE.

 

Agora vamos experimentar a mentira e ver o efeito que tem em si.

– Sempre relaxado, diga a seguinte afirmação: “Eu chamo-me Cláudia.” (diga um nome falso)

– O que sente? Provavelmente, desarmonia, um certo conflito ou uma ligeira revolta interior… Pois esses são os efeitos desarmónicos da MENTIRA.

  1. Agora prossiga com outras afirmações simples e que tenha a certeza da resposta correcta. Diga afirmações falsas e verdadeiras alternadamente e COMPARE A DIFERENÇA.

 

Este aparentemente insignificante exercício tem potencialidades ilimitadas! Poder-se-ia dizer que se bem desenvolvido, poderá constituir uma das chaves do seu progresso espiritual.

No início faça apenas afirmações simples e que tenha a certeza da resposta correcta. Depois parta para voos mais elevados, procurando certezas que ainda não tem. É claro que por vezes irá ter dúvidas e as respostas não serão conclusivas. É por isso que tem de ser desenvolvido através da prática.

 

Comece sempre pelas afirmações que sabe serem verdadeiras ou falsas (como “Está a chover lá fora” e outras do género). Procure estar sempre o mais relaxado possível, e só depois, pronuncie afirmações que pretendam responder a perguntas às quais ainda não tem a resposta. Por COMPARAÇÃO, irá certamente chegar a muitas verdades.

 

Numa segunda fase, procure fazer perguntas simples e que não dêm margem para equívocos. Faça a pergunta e esteja receptivo à resposta.

 

Este exercício ajuda o praticante a desenvolver a intuição, a sintonia com o Eu interior, a desenvolver a consciência espiritual, a saber a verdade sobre as mais variadas questões da Vida (quando suficientemente desenvolvido), além de muitas outras vantagens. É mais uma das “coisas simples da Vida” que finalmente nos fazem compreender e aceitar o que certos grandes mestres disseram, quando afirmaram que “O Reino dos Céus está dentro de cada um”, ou, “Deus deu ao Homem tudo o que precisa para ser feliz”.

 

Não nos passa pela mente o leitor utilizar este exercício para saber se o que dizemos neste trabalho é verdade, mas se quiser pode fazê-lo.

 

É claro que estamos a brincar. Deve concerteza fazê-lo pois nada temos a esconder. Este exercício ajudá-lo-á a distinguir muitas vezes o “trigo do joio”. Use e abuse mas sem se deixar levar por entusiasmos que podem baralhar por vezes as conclusões. Procure fazer o exercício relaxado. Quando mais tranquilo estiver, mais sensível está e mais facilmente detecta e categoriza as reacções energéticas que ocorrem quando pronuncia as afirmações.

Algumas vezes poderá chegar à conclusão que quanto mais grave for a mentira maior a desarmonia. Quanto mais elevada for uma verdade espiritual, mais harmonia e elevação espiritual é proporcionada por essa afirmação.

 

Divirta-se. Faça afirmações como “Deus não existe”, “Deus existe”. “Deus é amor”, “Deus é vingativo”, “Deus perdoa e está sempre disposto a ajudar-me”, “A Mediunidade existe” (vai dizer que não tinha pensado nesta!?) etc., etc., etc.

Seja um buscador da Verdade TAL COMO ELA É pois você é filho da Verdade. Tem direito a Ela. E não se esqueça, só a verdade liberta definitivamente do sofrimento, mesmo que por vezes seja como o bisturi de um cirurgião, que fere mas CURA. Só Ela trará a Paz e a Felicidade interior e duradoiras.

 

Para terminar, é devido ao facto de nós sermos “Filhos da Verdade” (porque Deus é Verdade e faz parte da nossa essência a Verdade), que se torna possível a existência da chamada “máquina da verdade”, que nada mais é que um conjunto de dispositivos muito sensíveis, que detectam a desarmonia que se reflecte no corpo e que pode ser medida através desses aparelhos quando a pessoa mente. Quando a pessoa que está a ser investigada diz a verdade, o estado de harmonia não altera os padrões normais do que esses mecanismos medem.

Dá que pensar…

 

 

 

Queremos ainda dizer que existem muitas técnicas para purificar a mente e modificar os pensamentos negativos. A complexidade do tema não permite que nos detenhamos muito sobre ele. Deixaremos isso para futuros escritos.

 

Apenas queremos realçar que as melhores formas de modificar e purificar definitivamente a mente consistem em desenvolver a consciência espiritual do Eu interior através da meditação, e a partir do Eu interior, sintonizar-se o mais continuamente possível com planos elevados e com Deus. Daí advém paz, tranquilidade, harmonia, amor, purificação, vitalidade, equilíbrio, protecção… É isso mesmo que retrata muitas imagens de Buda, Jesus Cristo e de Santos.

No entanto, isso é o caminho de uma Vida e exige muita dedicação. É a meta da espiritualidade, da religião, do yoga.

 

Até lá, várias técnicas com resultados mais modestos mas eficazes podem ser experimentadas. Caso tenha muitas dificuldades, pode ainda recorrer a um psicólogo.

Existem ainda várias técnicas poderosas de meditação para despertar e canalizar energias, estimular os chakras para desenvolvimento de dons mediúnicos, e outras, que exigem iniciação espiritual ou pelo menos alguma orientação, pois a pessoa precisa de estar minimamente equilibrada para as realizar e de ser acompanhada ao longo de algum tempo.

 

Para Terminar:

 

O caminho para o tratamento da obsessão assim como para o desenvolvimento harmonioso da Mediunidade, não é diferente de nenhum outro caminho espiritual genuíno, que faça verdadeiramente a pessoa aproximar-se de Deus: consiste no esforço em praticar continuamente o Bem e apenas o Bem, em estudar as verdades da Vida com diligência, ser paciente e perseverar na fé perante as contrariedades e provações que a Vida coloca no caminho de cada um.

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