A Perspectiva Espiritual Da Esquizofrenia

Capítulo III

As Boas Notícias:
Existem Abordagens da Esquizofrenia Mais Animadoras

Espiritualidade e Esquizofrenia nas diferentes culturas

A Esquizofrenia é encarada sob diversos ângulos em diferentes culturas e por vezes dentro da mesma cultura. Para uns é sinónimo de maldição e/ou castigo dos deuses, noutros casos é encarada como uma doença mental grave como já se viu, e em alguns meios e culturas, é encarada como uma bênção de Deus. Sim, é isso mesmo, uma bênção Divina.

Neste último caso, os sintomas de Esquizofrenia nada mais são que sintomas de desenvolvimento mediúnico. Trata-se de dons espirituais que precisam ser compreendidos, desenvolvidos e utilizados para o desenvolvimento espiritual do próprio, assim como para utilizar mais esse recurso adicional (além das outras faculdades, físicas e intelectuais), para praticar o Bem, ajudando os outros membros da comunidade.

 

É do conhecimento de quase todos a existência em todos os tempos de pessoas com dons espirituais ou mediúnicos desenvolvidos. É por exemplo o caso dos “xamãs”, “médiuns de aldeia”, “gurus”, “Mestres Espirituais” entre outros nomes (alguns dos quais menos simpáticos) de todos os tempos, que servindo de intermediários entre o “mundo dos Espíritos” e o “mundo dos vivos”, utilizavam esses dons para ajudar a comunidade, nomeadamente no aconselhamento em casos de doenças de toda a espécie, problemas conjugais e amorosos, previsão de como seriam as próximas colheitas, fornecer orientações para viajantes, encontrar pessoas perdidas, localizar veios de água para a construção de poços, etc.

 Os profetas da Bíblia eram médiuns muito evoluídos e não esquizofrénicos.

 Espiritualidade e Esquizofrenia: perante os mesmos sintomas, duas abordagens distintas e dois prognósticos distintos

Um dado de capital importância para este estudo diz respeito ao número crescente de casos registados por inúmeros profissionais de saúde, em que o indivíduo apresentava sintomas de Esquizofrenia mas cuja evolução foi muito diferente dos casos cujo prognóstico se revelou catastrófico.

São geralmente pessoas que aderiram a algum tipo de práticas espirituais. Conseguiram controlar os sintomas, quer emocional quer mentalmente, e levam uma vida perfeitamente normal. Muitas continuam a apresentar os mesmos sintomas como ouvir vozes, ver imagens “que mais ninguém vê”, serem sensíveis a determinadas energias, receberem informações/comunicações intuitivamente de “algo” ou “alguém”, etc. Têm no entanto uma interpretação espiritual da sua situação, estando longe de se supor “doentes mentais”.

Compreendem a sua situação. Vivem perfeitamente integradas socialmente. A maioria constitui família e tem uma ocupação laboral. Além disso, muitos revelam uma cultura geral e capacidades cognitivas acima da média. Não são raros os casos de importante e reconhecida intervenção social em áreas como a espiritualidade, ciência, medicina/saúde e arte.

 

De facto, a História relata inúmeros exemplos de génios das mais variadas áreas que a ter em conta as modernas classificações seriam diagnosticados de esquizofrénicos, uma vez que a História lhes reconhece a Mediunidade desenvolvida. Uns reconheceram que eram inspirados, como alguns escritores, outros falavam com entidades espirituais como foi por exemplo o caso de Sócrates, outros tinham a audição espiritual desenvolvida como alguns músicos que ouviam melodias e depois transcreviam essas melodias para o papel, como o caso de Mozart e Beethoven, entre muitos outros.

 

Muitos dos mais proeminentes Seres Humanos que a Humanidade admira, tais como lideres religiosos como Buda, Maomé e Jesus Cristo, assim como apóstolos, profetas, místicos, filósofos como Sócrates, Platão e Pitágoras, e grandes cientistas e artistas de todos os tempos, os verdadeiros precursores de todos os reais e efectivos progressos humanos nas mais variadas áreas, desde a política e organização social, à justiça e moral, ciência, arte e restantes dimensões da prática e saber humanos, tiveram alguma forma de Mediunidade desenvolvida.

 

Na verdade, levar demasiado a sério as classificações psiquiátricas seria o mesmo que considerar a Bíblia e outras escrituras consideradas sagradas, um imenso apanhado de fenómenos esquizofrénicos em vez de espirituais como de facto assim o é. Disso também falaremos mais adiante.

Com isto não estamos de forma alguma a desdenhar ou rotular de incompetentes quem organiza as ditas classificações médicas. Não é nada disso. Pelo contrário, reconhecemos a utilidade dessas classificações que são uma tentativa de organizar o melhor possível o conhecimento disponível em termos científicos, extraídos da observação clínica, de forma a facilitar a comunicação entre profissionais de saúde e estudiosos.

No entanto, relembramos que um dos propósitos deste trabalho consiste em chamar a atenção para a grande deficiência de resultados em compreender e tratar convenientemente as perturbações psicóticas, dificuldades essas (e em alguns casos impossibilidades), que resultam do facto de a medicina (ainda) excluir a dimensão espiritual do Ser Humano nos seus estudos.

 

E sem dúvida que um dos caminhos a seguir poderá ser esse: a medicina continuar a desenvolver o conhecimento do corpo físico e apenas do corpo físico, mas SEM REJEITAR a possibilidade de certas perturbações terem origem espiritual como actualmente acontece, o que leva muitas pessoas ao desvio da ORIENTAÇÃO ADEQUADA, da ajuda que as poderia salvar da loucura ou de uma vida de imenso sofrimento.

Isto equivale a dizer, “cada qual na sua área” respeitando o trabalho alheio. Perante determinados sintomas, tanto podem estar errados aqueles que defendem à partida “ser sempre algo espiritual” como aqueles que defendem à partida que “nunca nada é espiritual”.

 

Espiritualidade e Esquizofrenia: Como conciliar estas duas abordagens extremas e aparentemente irreconciliáveis?

É relativamente fácil. Determinada pessoa com sintomas de Esquizofrenia ou outra perturbação mental seria examinada com os métodos médicos disponíveis. Caso não fosse encontrada nenhuma alteração orgânica significativa que explicasse os sintomas em questão, a pessoa seria encaminhada para orientação espiritual adequada.

Quanto ao facto da pessoa recorrer a orientação espiritual, tal não invalidada de forma alguma a pessoa continuar de ser seguida por um médico, nomeadamente por um psiquiatra, caso tal se justifique.

Isto já se faz em alguns países em dezenas de clínicas e hospitais, e espera-se que seja uma prática comum num futuro próximo.

Prosseguindo, uma boa parte das pessoas incluídas no grupo de indivíduos que apesar dos mesmos sintomas readquiriram a alegria de viver e vivem uma vida perfeitamente integradas socialmente, abandona os tratamentos médicos deixando simplesmente de comparecer às consultas. Outras continuam a ser medicamente vigiadas, embora escondam do clínico a orientação espiritual que estejam a receber por receio de não serem compreendidas.

Uma parte das pessoas que recebe alta médica depois de encontrar o seu caminho espiritual, nunca em momento algum comunica ao clínico a perspectiva espiritual dos seus sintomas, assim como as razões que explicam como readquiriram o controlo emocional e mental, ao contrário de outras pessoas que consulta após consulta (ou internamento), parecem caminhar para um precipício sem fim.

De facto, independentemente da orientação espiritual que a pessoa esteja a seguir, as melhoras e recuperação da pessoa são de tal modo evidentes nestes casos que deixa de fazer sentido a pessoa continuar a ser medicada. O médico, sem qualquer conhecimento das “questões espirituais”, simplesmente dá alta à pessoa pois a sua recuperação é evidente.

 

Também muitos médicos, sem se darem conta, em inúmeros casos estão a dar alta a pessoas que continuam a ter exactamente os mesmos sintomas e por vezes até mais do que quando começaram a ser vigiadas (exceptuando obviamente, o descontrolo emocional, o desespero, a incompreensão que leva em muitos casos ao terror e à descompensação psíquica que exige internamento e/ou medicação). A diferença é que actualmente essas pessoas têm uma perspectiva muito diferente da sua situação.

 

Estes factos levam a que cada vez mais profissionais de saúde mental dediquem uma parte do seu tempo a estudar o que vulgarmente se chama “Esquizofrenia”, assim como outras perturbações mentais sob o prisma espiritual. A melhor fonte de informação para um estudo frutuoso é sem dúvida o espiritismo que muito tem a dizer sobre o assunto.

O espiritismo encara a Esquizofrenia (e as perturbações psicóticas) não como uma doença mental mas sim como uma perturbação espiritual. Isto principalmente quando não há qualquer alteração no funcionamento do corpo que justifique os sintomas, nem trauma psicológico significativo. Se não existe uma causa física nem vivência psíquica que justifique o ou os sintomas, é quase certo tratar-se de uma perturbação espiritual.

 

Entre os adeptos desta corrente e perspectiva encontramos pessoas do povo em geral, praticantes e estudiosos da espiritualidade, alguns médicos, psiquiatras e psicólogos.

No entanto, dos profissionais de saúde (médicos, psiquiatras, psicólogos, etc.) que admitem ou mesmo aceitam a possibilidade da Esquizofrenia ter causas espirituais em muitos dos seus pacientes, raros são aqueles que o assumem e transmitem essa informação a esses pacientes.

Isto deve-se basicamente a duas razões. Uma delas é por receio de serem mal compreendidos pelos próprios pacientes e colegas (muito temem mesmo serem eles próprios rotulados de esquizofrénicos pelos colegas, algo que não é de forma alguma inédito!). A outra razão é a sua incapacidade em lidar com esta perturbação sob o ponto de vista espiritual, pois poucos se atrevem a ir um pouco mais além nos seus estudos e a estudar a dimensão espiritual do Ser Humano, assim como alguma linha espiritual que estude e saiba lidar com este fenómeno de forma a poderem ajudar este tipo de pacientes. E muito poucos “se atrevem” a dar a essas pessoas uma ou mais moradas de centros espíritas por exemplo.

 

De facto, ensina-se nos cursos de medicina e psicologia, em jeito de ironia, que os antigos explicavam muitas das doenças devido à influência de demónios (Espíritos no Mal).

Mais tarde, para dar um exemplo, soube-se que muitas doenças são causadas por vírus e bactérias. Então, começou a pensar-se que tudo o que foi dito para trás estava errado. Acreditou-se que todas as doenças eram causadas por microrganismos o que se sabe hoje não ser verdade. O facto é que a ciência tem por vezes uma certa tendência a rejeitar o que está para trás quando descobre algo de novo, em vez de acomodar ao conhecimento existente as novas descobertas.

Actualmente, vive-se numa certa ilusão que no futuro a manipulação genética irá resolver todos os problemas da Humanidade.


Espiritualidade e Esquizofrenia: A chave está em compreender que existem três tipos de doenças ou perturbações, cada uma delas com os seus mecanismos e causas: físicas, mentais e espirituais.

Para muitos profissionais não é fácil aceitar que não aprenderam com os seus mestres universitários muito do que já se sabe e deveria fazer parte dos estudos académicos. E como geralmente acontece, as resistências a novos conhecimentos, que equivocadamente eles julgam que irão entrar em choque com o que aprenderam, são enormes.

E isto após tantos anos de estudo! São necessários muitos anos para se formar um bom médico, psicólogo, psicoterapeuta. Após tanto esforço, o facto de se depararem com um campo de estudo completamente novo e que também ele exige muitos anos de esforço e de estudo, desanima provavelmente a maioria.

No entanto, muitos esquecem-se que se o conhecimento do corpo humano ainda está tão longe de ser perfeito, porque deveria ser diferente no que respeita à mente e Espírito humanos? Aliás, para muitos estudiosos, falta à Humanidade saber muitíssimo mais sobre a mente e Espírito humano (também chamados de “consciente” e “inconsciente”) do que do corpo físico palpável.

 

É também disso que se esquecem muitas pessoas que atacam a espiritualidade, exigindo todas as respostas de bandeja das correntes espirituais. Anedótico!

A cura de certas doenças e a busca de muitas respostas que a medicina e ciências farmacêuticas procuram, contam com o esforço diário de milhares de pessoas em todo o mundo e são gastos diariamente incontáveis milhões de euros nessas pesquisas. E ainda assim, muitas respostas tardam em chegar.

Então, como exigir “todas as respostas” de uma área que ainda é profundamente investigada por um punhado de pessoas de boa vontade, nos seus tempos livres, muitas das quais sem grandes recursos para grandes investimentos e experiências?

Ora vir exigir “todas as respostas” da espiritualidade “para acreditar”, ou como por vezes acontece, gozar com a espiritualidade “espezinhando” em certos meios de comunicação social pessoas muitas vezes humildes, com poucos recursos e impreparadas para lidar com o atrevimento de certas pessoas, é algo que só merece desprezo, ou melhor ainda, desapego total.

 

Durante muitos anos a medicina moderna resistiu à ideia de mente, de psiquismo, de doenças psicossomáticas (doenças físicas causadas pela mente, isto é, por uma actividade psíquica desapropriada). Actualmente existem especializações nessa área!

Também resistiu à ideia do “inconsciente”, que é a fonte do potencial e animismo humano, e de que o Ser Humano não domina uma parte do seu psiquismo. Hoje, também existem especializações nesta área embora ainda com algumas resistências!

Actualmente, uma das resistências diz respeito às questões espirituais e suas perturbações. É verdadeiramente incrível ver pessoas inteligentes, que se dizem racionais, por vezes com currículos “invejáveis”, terem medo de reconhecer que o inconsciente freudiano é afinal o Espírito do Homem?!

Ainda hoje alguns profissionais de saúde não acreditam na mente humana. Dizem que a mente é apenas um sub produto do funcionamento químico e elétrico do cérebro. 

No entanto, não restam muitas dúvidas que num futuro relativamente próximo, o estudo das questões espirituais e morais estarão vulgarizadas e serão alvo de investigações sérias e apuradas. Nada diferente do que se passou com anteriores resistências…

 

Pois que fique muito bem claro, e sem margem para dúvidas, para quem tiver os meios e a coragem de o fazer e sem medo do “afinal é verdade”, que um dia, esperamos que muito em breve, quando alguém ou uma organização credível entrevistar algumas centenas de médiuns pertencentes a escolas espirituais, centros espíritas e a inúmeras outras linhagens espirituais que lidam directamente com a Mediunidade, chegará à conclusão que essas pessoas, na sua esmagadora maioria perfeitamente integradas socialmente, exceptuando o medo e o descontrolo emocional, tiveram e/ou TÊM EXACTAMENTE AS MESMAS EXPERIÊNCIAS DE MILHÕES DE “ESQUIZOFRÉNICOS” QUE SOFREM POR ESSE MUNDO FORA!!!

Por um lado temos as pessoas que têm experiências espirituais e ficam aterrorizadas com essas experiências por falta de compreensão do que lhes está a acontecer e for falta de orientação.

Por outro lado temos pessoas que dedicam toda uma vida a praticar exercícios espirituais para ter essas mesmas experiências que tanto assustam a outros. Que absurdo esta falta de esclarecimento!
Como diz certa frase, “o sábio se deleita onde o louco se perde.”

A diferença é que uns sabem o que se está a passar consigo e aprendem a lidar com esses fenómenos, readquirem a alegria de viver que em muitos casos, devido à orientação atempada, nunca foi abalada. Os outros, sofrem porque não compreendem a sua situação, e por vezes, a sociedade omite ajuda e/ou “ajuda-os” mesmo a aceitar e a viver como “sofredores” e “doentes mentais”.

Vive-se portanto num silêncio ensurdecedor, de falta de coragem e mesmo cobardia, em muitos casos hipócrita, verdadeiramente revoltante para os mais esclarecidos, que resulta no deixar agonizar no sofrimento tantas pessoas que poderiam ser verdadeiramente felizes com uma mudança de mentalidades.

 

Felizmente, vários profissionais de saúde já estão a começar a fazer a diferença e a pouco e pouco têm vindo a interessar-se pela visão espiritual. Começam a proliferar associações de médicos e outros profissionais de saúde em todo o mundo que têm como objectivo estudar a visão espiritual das doenças mentais, de forma a encontrar respostas para aliviar o imenso sofrimento por que passam muitas pessoas. E em Portugal já existe pelo menos uma (ver apêndice “Associações Médicas Espíritas” e “Outras Associações Profissionais Espíritas”).

Colocam de lado o chamado “orgulho académico” e procuram novas soluções. Ao fim ao cabo, é o sofrimento de milhões de pessoas que está em jogo, ao mesmo tempo que alguns (ainda demasiado poucos) gritam que muito desse sofrimento é perfeitamente desnecessário e poderia ser evitado.

 

Em alguns países, além dos centros espirituais, existem mesmo hospitais em que as pessoas com Esquizofrenia e outras patologias mentais ficam ao cuidado de uma equipa multidisciplinar. São tratadas com fármacos quando tal se justifica, orientadas psicológica e espiritualmente para aprenderem a lidar com os sintomas.

No Brasil por exemplo, existem dezenas de hospitais e clínicas espíritas, onde os pacientes ficam sujeitos aos cuidados de uma equipa multidisciplinar, incluindo um especialista em fenómenos espirituais. Esse especialista ajuda o paciente a compreender o que se está a passar consigo e transmite-lhe determinadas informações para aprender a lidar com os fenómenos.

Em alguns casos, o especialista em fenómenos mediúnicos é o próprio médico ou psicólogo. (Ver apêndice Hospitais Espíritas Brasileiros)

 

A Esquizofrenia e as Alterações do Sistema Nervoso

“Não existe um exame laboratorial que seja capaz de identificar a esquizofrenia. O diagnóstico permanece inteiramente dependente do julgamento clínico médico, através de uma entrevista psiquiátrica cuidadosa com o paciente e seus familiares. Como não existem sintomas específicos da esquizofrenia, os médicos se baseiam em critérios diagnósticos para estabelecer o diagnóstico.”  http://www.abrebrasil.org.br

“Não há um exame que diagnostique precisamente a esquizofrenia, isto depende exclusivamente dos conhecimentos e da experiência do médico, portanto é comum ver conflitos de diagnóstico.” http://www.psicosite.com.br

“Não se sabe quais são as causas da esquizofrenia.O diagnóstico da esquizofrenia é feito pelo especialista a partir das manifestações da doença. Não há nenhum tipo de exame de laboratório (exame de sangue, raio X, tomografia, eletroencefalograma etc.) que permita confirmar o diagnóstico da doença. Muitas vezes o clínico solicita exames, mas estes servem apenas para excluir outras doenças que podem apresentar manifestações semelhantes à esquizofrenia.” www.saudemental.net

“A Esquizofrenia é diagnosticada com base em perfis do sintoma. As correlações Neurais não fornecem critérios suficientemente úteis. O Diagnóstico é baseado nas experiências auto-relatadas da pessoa, e em anomalias no comportamento relatado por membros da família, amigos ou colegas de trabalho, seguidos por uma avaliação clínica por um psiquiatra, por um assistente social, por um psicólogo clínico ou pelo outro profissional de saúde mental.” http://www.news-medical.net

 

Numa visão popular mais ingénua, a Esquizofrenia ainda está muito associada às demências, a doenças do cérebro responsáveis por a pessoa perder as suas faculdades mentais e aos poucos ir ficando louca. Dito de outra forma, ainda existem muitas pessoas que acreditam que quando alguém tem experiências como sentir energias a percorrer o corpo, ter pensamentos que não são os seus, ouvir vozes, etc., é porque o seu cérebro está a funcionar mal.

Embora possam coexistir sintomas de Esquizofrenia e alterações do sistema nervoso, devido por exemplo a doenças degenerativas, intoxicação por abuso de drogas, infecções neurológicas e traumatismos cranianos, num quadro de Esquizofrenia “puro” não existe qualquer alteração orgânica que justifique os sintomas.

De facto, apesar de não se conhecer os mecanismos exactos porque tal acontece, o consumo de drogas e alguns quadros demenciais por exemplo, podem desencadear sintomas de Esquizofrenia.

No entanto, mesmo que se conseguisse estabelecer uma relação de causa e efeito, isso apenas explica uma ínfima percentagem de casos.

Na esmagadora maioria das ocorrências, não existe qualquer alteração fisiológica incluindo deterioração cerebral ou consumo de drogas que justifique os sintomas.

 

 

Despertar da Mediunidade: convite da Vida para o Trabalho Espiritual

Para muitas pessoas que estudam e aceitam a visão espiritual, numa grande parte dos casos (não exactamente em todos), a Esquizofrenia não constitui uma doença psiquiátrica grave, sinónimo de loucura, mas sim, uma perturbação natural e necessária, para que a pessoa que esteja a passar por esse processo procure dedicar uma parte do seu tempo às questões espirituais da Vida. Trata-se de um despertar da sua espiritualidade, da sua sensibilidade mediúnica.

Este processo, para muitas pessoas doloroso devido em grande parte à incompreensão do que lhes está a acontecer, funciona como um “chamamento” para a pessoa despertar para a realidade espiritual da existência e cumprir o seu destino, destino esse assumido pelo próprio antes de nascer na Terra.

É importante que a pessoa se entregue pelo menos ao estudo e em alguns casos à prática da Mediunidade, e compreenda o seu lugar no mundo. Enquanto não o fizer, os sintomas dificilmente desaparecerão e em muitos casos poderão agravar-se.

Com efeito, dos casos em que a pessoa rejeita ou desconhece a perspectiva espiritual da sua situação, alguns casos correm o risco de piorar de forma quase irreversível, principalmente quando a pessoa desiste de lutar e assume a sua “loucura”. Nos casos em que isto acontece, em que a pessoa nega-se a procurar e a seguir a visão espiritual, que lhe pode explicar e fazer compreender o que se está a passar consigo (embora por vezes desconheça ou seja incapaz de o fazer), é o próprio a auto condenar-se por vezes a uma vida vazia de sentido, inútil, cheia muitas vezes de sofrimento e incompreensão, como se pode verificar em muitos doentes crónicos dos hospitais psiquiátricos.

Em algumas pessoas, o medo e o terror devido à incompreensão do que se está a passar, assim como o desistir de lutar e assumir-se como “louco”, tem como consequência, com o tempo, uma progressiva desestruturação psíquica que resulta na loucura efectiva. Sem qualquer porto de abrigo seguro onde se possa refugiar e encontrar alguma paz, o indivíduo assume o papel de “louco” e vive enquanto tal, comprometendo uma possível recuperação mesmo com tratamentos espirituais.

 

Em alguns casos a pessoa procura “escapes” como o consumo álcool e drogas para esquecer os sintomas, desenvolvendo muitas vezes dependências.

Noutros casos, deixa-se arrastar para determinadas situações difíceis de vida das quais dificilmente se conseguirá libertar no futuro, como é o caso de alguns criminosos, mendigos e prostitutas.

Ainda em alguns casos, o sofrimento, a incompreensão e o desespero leva a pessoa ao suicídio…

 

Por vezes pensa-se que as pessoas com a Mediunidade desperta precisam de dedicar-se ao estudo da espiritualidade, enquanto as outras, as que “não têm a Mediunidade desperta”, podem “viver a suas vidas tranquilamente”, ou seja, “não precisam de estudar nada de espiritualidade”.

Isso é um equívoco, uma ilusão.

E muitos médiuns, no início do seu despertar espiritual, mais ou menos problemático, devido ao sofrimento alimentam por vezes o pensamento “apenas gostava de ser como as outras pessoas”, ou seja, não ter de dedicar uma parte do seu tempo às questões espirituais.

Muitas pessoas pensam isso por ignorância, e por vezes, por desespero, o que é compreensível. Mas uma parte dos que assim pensam, o que verdadeiramente estão a pensar é algo do género “gostava de cometer os mesmos erros de muitas pessoas e não saber o que ando cá a fazer na Terra”.

Precisam de animar-se e compreender que Deus não fez da Terra uma “colónia de férias”. O Homem não nasce neste mundo para “passear”. E o que se está a passar consigo é para o seu próprio bem, embora muitos ainda se encontrem longe de compreender isso.

A vida na Terra é literalmente uma temporada numa grande e Sagrada Escola de Desenvolvimento Espiritual. E tal como nas escolas terrenas, quando chegar o final do ano lectivo (o final da vida), todos os alunos obrigatoriamente serão avaliados, tenham ou não “ido às aulas”, aproveitado ou não a oportunidade de aprender.

Como a experiência demonstra, o Ser Humano apenas se sente verdadeiramente realizado e feliz sendo útil em algo ou a alguém, adquirindo conhecimento, sabedoria, crescendo interiormente. Quem não o faz, a não ser que tal aconteça por motivos justos, é literalmente como o aluno que vai para a escola mas “falta às aulas”.

 

O Ser Humano sente naturalmente o impulso para a realização afectiva, para a intimidade, para o convívio social, e age no sentido de satisfazer essas suas tendências naturais.

Pois também tem a aspiração interior e natural para adquirir conhecimento espiritual. Ninguém com o mínimo de faculdades mentais pode desmentir que tem esse impulso interior em si. Umas pessoas prestam-lhe a atenção devida. Outras não.

 

A verdade é que todos têm, dentro das suas possibilidades, a obrigação de estudar espiritualidade e as questões existenciais. A única diferença entre o médium e “as outras pessoas”, é que este, por algum motivo, decidiu antes de reencarnar avançar mais rapidamente, “especializar-se nessa área”.

E é claro que para que isso aconteça, é preciso fazer escolhas, gerir os seus recursos e tempo disponível da melhor maneira, de forma a que certos objectivos sejam atingidos.

Não é possível “ser bom” em muita coisa ao mesmo tempo numa vida. Quem muitos instrumentos quer aprender acaba por não conseguir tocar bem nenhum.

Isto é muito fácil de compreender na prática. Um cientista que esteja por exemplo a tentar descobrir a cura para uma doença, vive uma grande parte do seu dia-a-dia a pensar nesse objectivo. Um escritor, canaliza a maior parte das suas energias para os seus empreendimentos literários. Uma pessoa que ambicione conquistas financeiras, vive para esse objectivo. Um atleta de alta competição, passa a maior parte do seu dia a treinar para ser bom naquilo que faz. E assim sucessivamente.

Ora é difícil e por vezes até incompatível (salvo as excepções que as há), querer ser um grande cientista e ao mesmo tempo querer ser um grande atleta e participar em competições desportivas. É preciso trabalhar muito para conseguir uma coisa ou outra, e cada dia tem “apenas” vinte e quatro horas. É difícil querer ser um bom político, que precisa de viver a maior parte do seu dia para a política (estudar leis, notícias da comunicação social, saber o que “os outros dizem”, gerir a sua agenda, falar com outras pessoas para debater ideias, etc.) e ao mesmo tempo, querer ser capaz, a qualquer momento, de discutir sobre todos os filmes de cinema que semanalmente estreiam ou sobre todas a novelas que diariamente passam na televisão. Ou uma coisa ou outra!

É portanto preciso fazer escolhas, e de preferência, o mais acertadamente possível, de forma a trabalhar por aquilo que dignificará e trará realização interior no final de mais uma temporada na Terra.

 

A Visão Espiritual da Esquizofrenia ao Longo dos Tempos

A visão espiritual da Esquizofrenia e da Mediunidade está presente em inúmeras correntes espirituais e místicas, quer do passado quer actuais.

Desde longas eras que a Humanidade tem esse conhecimento, que se fosse mais amplamente estudado impediria muitas lágrimas de correr e inúmeras desgraças pessoais de acontecer.

Algumas das grandes religiões têm contribuído durante séculos para este estado de coisas escondendo a “Luz” do povo, reprimindo a visão espiritual desta perturbação, quando deveriam ser elas próprias as primeiras a estudar esses fenómenos e ajudar espiritualmente essas pessoas.

Muitas vezes essa repressão era feita com a pena de morte. Por exemplo a Igreja Católica Romana, ao procurar reprimir a Mediunidade torturou e matou muitas pessoas ao longo da sua história culpadas de “heresia”, uma parte delas durante a Inquisição, por causa de comunicarem e/ou receberem comunicações de Espíritos (o que seria hoje considerado “Esquizofrenia”), ou terem algum tipo de sensibilidade desenvolvida relativamente ao mundo espiritual. Algumas dessas pessoas foram consideradas mais tarde santas!

Muitas vezes pensou-se e defendeu-se que a comunicação com seres espirituais só poderia acontecer a Santos e a grandes Mestres Espirituais como Jesus Cristo. Na opinião da Igreja, pessoas simples e humildes “não podiam” ter dons espirituais desenvolvidos. E como se sabe, a Igreja só considera alguém Santo depois da sua morte, e por vezes, várias centenas de anos após a sua morte, quando já não está fisicamente presente para “dizer as coisas como elas são”. Mas isso também não faz mal. Esses Santos podem perfeitamente ajudar em Espírito os vivos, incluindo claro, os vivos da Igreja que depois recebem as esmolas enquanto os Santos “trabalham”.

Para a Igreja, as pessoas humildes que assumiam ou se suspeitava que tinham dons espirituais desenvolvidos, tinham certamente feito um pacto com o “Diabo”, o que em abono da verdade, seria o mesmo que assumir que de facto essas pessoas tinham um dom que lhes permitia comunicar com um Ser Espiritual como seria o caso do “Diabo”!

Era para a Igreja intolerável que pessoas do povo, muitas vezes pessoas simples, humildes, pobres, e ainda por cima por vezes mulheres (!), comunicassem directamente com o mundo espiritual. Só a Igreja poderia assumir o papel de intermediária entre o mundo espiritual e o mundo dos homens. Só ela tinha a chave da salvação do Homem!

No entanto, para escândalo dos mais atentos, apregoava a santidade da Bíblia que está repleta de fenómenos mediúnicos! Aconselha a adoração de Jesus Cristo que comunicava com Espíritos, fazia curas por imposição de mãos (conhecimento hoje acessível à maioria das pessoas), e tratava pessoas com “Esquizofrenia”. Mais grave ainda, ajudou os seus apóstolos a desenvolverem “sintomas esquizofrénicos”, pois estes a partir de determinada altura também viam Espíritos, falavam várias línguas (Pentecostes) e realizavam curas através das mãos!

A mesma Igreja ainda aconselha a rezar a Deus, a Jesus Cristo e a Santos, o que na prática, em certa medida, pode ser encarado como um acto mediúnico: uma interacção/comunicação espiritual, embora desta feita, de um Espírito encarnado com um Espírito desencarnado, seja ele um Santo, Jesus Cristo ou Deus!

 

Caiu-se assim em várias e espantosas contradições!

Não é certamente a religião a culpada deste estado de coisas mas sim de alguns homens que defenderam (tendo hoje seguidores que continuam a defender) os seus interesses materiais (poder, prestígio social, conforto) em vez dos espirituais e da promoção do progresso colectivo da Humanidade. Alguns fazem-no muitas vezes sem olhar a meios para atingir os seus objectivos.

É claro que sempre ouve e continua a haver membros do clero honestos, almas devotadas ao próximo, puras de coração e nas suas intenções, verdadeiros servires do Senhor e do próximo, pois servir o próximo é servir Deus. Muitos choram “lágrimas de sangue” ao constatar estes desvios da Igreja que deveria de ser a “Igreja de Jesus Cristo”. E actualmente, com tanta informação disponível e acesso à Internet, onde todos podem estudar e comparar as ideias defendidas com outras perspectivas espirituais da Vida e da existência humana, desde outras religiões como as orientais a correntes de conhecimento espiritual como o espiritismo, “pior” ainda por um lado pois muito do que antes, para dezenas de gerações de clérigos, não passava de uma suspeita, hoje é uma certeza. Mas poucos se atrevem a pôr em questão certas ideias pois o medo ou mesmo terror de represálias por parte dos seus pares e maiorais, gela-lhes a coragem. Uma frase dita “fora do sítio” pode provocar muito sofrimento a um sacerdote. São conhecidos muitos casos. Uns choram em silêncio. Outros, ultrapassam as dificuldades “fazendo a sua parte”, ou seja, dando o seu melhor dentro do que lhes é possível.

Além disso, os maiorais sabem muito bem “impor a ordem”, por exemplo, através da institucionalização e intimidação do “voto de obediência”, que em certo sentido pelo menos, é contrário às leis de Deus que deu a liberdade de pensamento e o livre arbítrio ao Homem por alguma razão. Ai da Humanidade se não houvesse homens que usufruíssem da possibilidade que Deus lhes deu de pensarem por sua própria cabeça! Provavelmente não existiria nenhuma religião, incluindo o catolicismo, e nem a ciência, como se sabe, teria chegado onde chegou. O paganismo perseguiu e massacrou muitos judeus, os judeus também perseguiram muitos cristãos, e muitos cristãos, por seu lado, também perseguiram e massacraram membros de outras religiões e defensores de outros ideais. Enfim, é mais uma vez uma parte da Humanidade a perpetuar os mesmos erros, fazendo “ouvidos moucos” aos avisos de Deus.

 

Talvez dê alguma paz pensar que já não se queimam pessoas nas fogueiras. No entanto, permanecem outras formas de tortura, mais silenciosas mas igualmente eficientes. A Humanidade está num estado de verdadeiro colapso espiritual, com “fome” e “sede” de conhecimento espiritual verdadeiro. Talvez a maior dessas torturas seja o facto de a Verdade não ser dita, reconhecida, pois muito do povo, cego na sua ignorância e ensinado a “não pensar por sua própria cabeça”, não acredita em mais ninguém a não ser nos que detêm o maior poder e aparato visível.

Se se tiver em atenção por exemplo o caso de Portugal, verifica-se que antes da revolução democrática de 1974 era “proibido” uma livraria vender um livro de outras religiões, de espiritismo, etc. Com este dado já muito fica explicado.

Agora veja-se que Allan Kardec codificou o espiritismo e organizou nas suas obras toda a informação básica para compreender e lidar com a Mediunidade e com o que se chama “Esquizofrenia”. As suas obras principais foram publicadas entre 1857 e 1869. Imagine-se que só bem mais de 100 anos depois é que as suas obras podem ser “livremente” comercializadas!

Quanto sofrimento, quanta loucura, quantos crimes e suicídios poderiam ter sido evitados!!! E quantas desgraças e sofrimento continuam por evitar!!!

Esta repressão, oposta ao que se passa em algumas religiões orientais por exemplo, em que é estimulado o desenvolvimento mediúnico, a interacção e comunicação com seres espirituais, levou a que nas sociedades ocidentais as expressões “Espírito”, “Espiritismo”, “Mediunidade” e “comunicação espiritual” ainda provoquem arrepios e temores ridículos em muitas pessoas. Muitas falsas noções e temores infantis parecem fazer parte do subconsciente colectivo!

Actualmente, além das religiões que negam os fenómenos mediúnicos ainda que depois se contradigam si próprias como já vimos, a medicina também contribui para esse estado de incompreensão, uma vez que ainda olha muito para o Ser Humano como um ser material, sem alma, sem Espírito. Ainda há médicos que nem na existência da mente acreditam! Para esses tudo é matéria e nada mais há para além da matéria. É o materialismo que ainda resiste à espiritualidade do Homem!

 

Importa aqui fazer a anotação que este trabalho não pretende apontar gratuitamente o dedo acusador nem aos antepassados nem aos presentes das religiões e da medicina. No entanto, sem compreender as causas que estão por detrás de tanta incompreensão e confusão em torno da Mediunidade, e sem estudar as contradições que impedem o maior esclarecimento dos fenómenos mediúnicos, não seria possível os objectivos deste trabalho ficarem satisfeitos.

Quanto ao resto, será certamente a consciência de cada um a decidir.

 

Mas o que é muito mais importante, é que os verdadeiros interessados procurem recuperar o tempo perdido e estudar com humildade e honestidade intelectual a Esquizofrenia e outras perturbações mentais sob o ponto de vista espiritual, tendo como propósito dar algum conforto e progresso na sua situação aos milhares que sofrem desta perturbação, e que muitos desses milhares não têm qualquer necessidade de passar por tanto sofrimento.

E esse movimento de esclarecimento precisa de ser feito com coragem e determinação. É quase certo que neste momento, várias pessoas com diagnóstico de Esquizofrenia estejam a pensar acabar com a sua vida pois esta já não tem sentido para si. Tornou-se o absurdo: “viver para sofrer”. E também neste preciso momento, é quase certo que outras pessoas, precisamente com os mesmos sintomas, estejam a passar por momentos de verdadeira alegria e felicidade ao passarem por algumas experiências espirituais salutares.

Importa também referir que quanto às questões espirituais e suas perturbações, existe uma certa tendência a combater, a falar mal, ou então, a calar. Raramente vemos um religioso ou médico a falar favoravelmente das questões espirituais de que trata este e outros trabalhos.

Ora nos meios espirituais, sabe-se do número significativo de profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos entre outros, que por falta de outra solução recorrem a ajuda espiritual, regra geral, em desespero de causa, quer para si quer para um familiar ou amigo mais próximo. Não raras vezes encontram aí a solução para o seu problema. Alguns deles foram durante anos críticos ferozes de tudo o que estava relacionado com a espiritualidade e a Mediunidade. Espalharam assim muito cepticismo, muita resistência. Em alguns casos, desviaram com a sua “pseudo-sabedoria” muitas pessoas da verdadeira rota que os levaria à Verdade e ao alívio do seu sofrimento. Agora que a Vida lhes deu algum tipo de lição, já não atacam a espiritualidade mas também não a defendem. Calam simplesmente. Será por falta de informação? Terão essas pessoas necessidade de mais dados?

Pois foi também a pensar nessas pessoas que este trabalho foi planeado.

 

 

Esquizofrenia: Bênção ou Maldição?

Em muitas zonas desde nosso planeta em que vivemos, tanto no passado como actualmente, quem começa a experimentar determinadas “sensações estranhas”, a “ouvir vozes”, a ver “imagens de Espíritos”, a sentir presenças estranhas, etc., desencadeia muitas vezes nos familiares um pânico generalizado. Por muito que a família queira ajudar, o desconhecimento ou a negação da visão espiritual da Esquizofrenia leva ao sofrimento tanto da pessoa que está a passar pelo processo como da própria família.

Em alguns casos, a incompreensão familiar resulta em temor e desprezo relativamente àquele membro da família, e por vezes até mesmo ao abandono. Isso muitas vezes só irá piorar a situação da pessoa.

Ao longo de séculos, muitos dos que não conseguiram esconder esses sintomas ou perdiam de alguma forma o controlo da situação, eram marginalizados pela família e sociedade, tomados como “loucos”, “alienados”. Muitos foram encarcerados nas prisões juntamente com os criminosos pois tal como estes, constituíam um perigo para a sociedade. Ainda hoje, temos nas nossas prisões muitas pessoas que se deixaram arrastar para o crime devido a problemas espirituais. Têm sintomas de Mediunidade desperta e de obsessão espiritual, mas o facto de cometerem algum crime, assim como a descrença e/ou incapacidade de muitos médicos e psicólogos em lidar com as perturbações espirituais, faz com que essas pessoas não sejam convenientemente ajudadas. Muitas precisavam mais de tratamento espiritual do que de encarceramento.

Mais tarde, com o aparecimento dos asilos psiquiátricos, muitos foram internados para o resto da vida sufocando muitas vezes a parte saudável e racional que ainda se encontrava intacta, dando origem ao ditado popular infeliz mas com um grande fundo verdade: Quando alguém se junta aos loucos fica como eles.

 

Apesar disso, noutros locais desde nosso lindo planeta em que habitamos, outras pessoas, que apresentam exactamente os mesmos sintomas, sejam jovens, crianças ou adultos, desencadeiam na família sentimentos de júbilo, acreditando a família ter sido abençoada com um membro com dons espirituais. E porquê? Muito simples. São culturas e meios familiares com conhecimentos espirituais verdadeiros, pessoas esclarecidas que compreendem de alguma forma o valor da Mediunidade. São devotos de religiões ou seitas que não escondem a Verdade do povo, mantendo-o na ignorância e na confusão para melhor o dominar.

Da mesma forma que hoje, quando uma criança tem muito jeito para jogar futebol, muitos pais sonham com a possibilidade do seu filho vir a ser uma estrela do desporto, rica e mundialmente famosa, a família do médium desperto coloca a hipótese de estar ali, naquele ente querido, quem sabe, um futuro profeta, um futuro iluminado como um Jesus Cristo, um Buda, um Krishna, enfim, um futuro Salvador da Humanidade e condutor de homens, que como este trabalho quer deixar bem claro, por factos e não por opiniões, são sempre pessoas com a Mediunidade desperta, verdadeiros intermediários entre o mundo espiritual e a Vontade de Deus, e o mundo dos homens.

Desenvolvimento espiritual de crianças

Em várias zonas do mundo milhões de crianças são incentivadas desde muito jovens a meditar e a aceitar as experiências espirituais como algo natural.

Então, aconteceu ao longo de milhares de anos e ainda acontece, que essa pessoa era levada pela família a determinadas pessoas que sabiam lidar com a “situação”. Dependendo da zona geográfica, umas vezes ingressavam em escolas iniciáticas ou de “mistérios”, noutros casos em monastérios, templos, noutros eram confiados a sacerdotes, astrólogos, a mestres de yoga, xamãs, feiticeiros de aldeia, etc.

Muitas vezes é a própria família que fica radiante quando uma criança revela dons espirituais e procuram orientação espiritual. Quem sabe se nasceu um futuro Jesus ou Buda para ajudar a Humanidade a evoluir. A família sente-se honrada.

Essas pessoas estudavam então o caso dessa pessoa, procurando perceber se era uma doença física, uma perturbação mental ou espiritual o que estava a causar os sintomas. No caso de ser espiritual, avaliava-se a situação e a sua gravidade: se era uma perturbação passageira, acidental, ou se se tratava de um caso de despertar efectivo da espiritualidade/Mediunidade que tinha de ser desenvolvida. Se fosse esse o caso, a criança, jovem ou adulto, era instruída com determinados conhecimentos e exercícios para dominar essas faculdades, assim como, com o tempo, procurava-se averiguar como poderia essa pessoa ser útil e ajudar a comunidade.

 

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