Posfácio

 

E hei-nos chegado ao fim de um longo caminho!

 

Antes de aqui chegar, muitos certamente se chocaram com algumas coisas que leram. Talvez aqui ou ali rido. Talvez em algum momento se tenham emocionado!

É provável que algumas passagens não tenham sido muito bem aceites pelo amor-próprio, pelo ego ainda imperfeito, talvez algo egoísta e orgulhoso. Talvez aqui ou ali algumas informações tenham abalado demasiado as suas convicções pessoais. Pode em algum momento ter-se sentido perdido, “sem apoio”. Mas não se sinta “perdido”. Pense nos milhões de pessoas que sofrem mais que você. Que não têm sanidade mental sequer para se “assustarem” ou serem abaladas nas suas convicções.

Noutros casos, talvez algumas pessoas tenham pensado que tenhamos “falado de demais”. Ou ainda, em alguns pontos, dito algumas coisas que parecem algo “ingénuas”.

Deixaremos a confirmação disso ou não para o futuro. Sabemos que muitas dessas informações, mais tarde ou mais cedo teriam de ser tornadas públicas. Se é que já não o são todas. Temos também a certeza que certos “pormenores” fazem a diferença para explicar a felicidade ou infelicidade de muitas pessoas. E para muitas, são fundamentais para manterem a lucidez e a esperança de manterem a sua sanidade mental.

 

Outra crítica que alguns podem fazer é que em alguns momentos podemos ter sido demasiado directos ou pessimistas. Que poderíamos ser “mais suaves”. Também aceitamos essa crítica. Lembramos no entanto que muitas formas de transmitir a Verdade já foram utilizadas, e por culpa dos Homens, não deram os frutos esperados: uma mudança colectiva. Desde contos a aforismos, parábolas, a linguagem mais ou menos enigmática, música, romances, e mais recentemente, filmes, etc.

E mais uma vez, e sem a presunção de nos defendermos dessa crítica, lembramos que não abordamos propriamente temas fáceis mas sim da mais extrema gravidade: sofrimento, dor, loucura, ignorância, Mal e a possibilidade de extermínio da raça humana, por intervenção do Homem ou por intervenção Divina!

Algumas das pessoas que possam fazer esta crítica, talvez não tenham captado bem algumas das informações aqui partilhadas. Ou talvez não tenham coragem de as aceitar. Talvez para algumas ainda, algumas informações “são demasiado más” para serem aceites.

 

Só a “Verdade Liberta” definitivamente.

Isto não quer dizer que este trabalho tenha tido a presunção de apresentar a “Verdade Absoluta”, tal como ela é. Mesmo que isso fosse possível, jamais nos julgaríamos capazes de tal empreendimento. Somos meros estudantes que partilhamos um pouco do nosso estudo.

 

Mas sabemos sim, e sem qualquer dúvida porque lidamos com ele todos os dias, do sofrimento, agonia e desespero em que andam milhões de Espíritos em toda a Terra, por não terem dado ouvidos aos conselhos dos mensageiros divinos que Deus em sua misericórdia e bondade envia de vez em quando à Terra!

E também sabemos que muitos dos que agora vivem na carne, serão os próximos sofredores e desesperados do estado espiritual!

E sabemos também, do estupendo sofrimento por que passam milhares de pessoas com a Mediunidade desperta, que em muitos casos, em alguns meses ou em um ou dois anos, recuperariam a alegria de viver como constatamos no nosso dia-a-dia!

 

Alguns autores de obras espirituais prometem lindos caminhos para aqueles que querem enveredar pelo caminho espiritual. Mas escondem (umas vezes por ignorância, outras deliberadamente) alguns dos pontos fundamentais para trilhar o caminho que verdadeiramente poderá levar até Deus.

Mas na prática, o conteúdo das suas obras revela a sua falta de conhecimento pois uma vez que não se fazem omeletas sem ovos. Na verdade, procuram ensinar um caminho que eles próprios nunca percorreram. Procuram a fama, o dinheiro, a notoriedade, embora também se encontrem alguns bem intencionados apesar de tudo.

 

Existe conhecimento para realizar qualquer tarefa. Para aprender a tocar um instrumento musical, uma profissão, uma arte, etc. Pois também existem conhecimentos básicos que precisam de ser aceites e postos em prática para os que querem abandonar o mais rapidamente possível o sofrimento e chegar aos planos elevados de maior paz e harmonia. Enquanto o Ser Humano não aceitar essas verdades e regras de conduta, pondo de lado o orgulho e o apego a opiniões pessoais que julga ter direito mas que constituem desvios à Verdade e o afastam da paz e da felicidade, não conseguirá avançar muito na Escada até Deus. Terá continuamente de voltar à Terra para iniciar de novo a lição a aprender, ou, se se perdeu no Mal, reencarnar numa vida de expiação por vezes em condições deploráveis ou mais difíceis do que na vida actual. Será isto uma opinião ou uma constatação do que todos vemos à nossa volta e nos noticiários?

 

A má vontade dos homens não tem limites. Suplicia e assassina os Santos, os profetas e muitas pessoas cujos únicos “erros” são praticar o Bem e procurar ajudar o progresso da Humanidade. Despreza, inveja ou tenta abater aquele que se eleva, inclusivamente nas coisas simples do dia-a-dia. Algumas das grandes religiões mantêm “satanicamente” as pessoas na ignorância para atender aos seus interesses materiais. Coisas que deveriam ser consideradas sagradas e tratadas como tal, como a religião, a saúde e a gestão política de recursos humanos e materiais de uma comunidade ou nação, são muitas vezes alvo das mais abomináveis perversões.

 

Chegaram ao outro lado do mar, à região dos Gesarenos. Logo que Jesus desembarcou, veio ao Seu encontro, saído dos túmulos, um homem possesso, de um Espírito impuro. Tinha nos túmulos sua morada e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com uma corrente (…). Andava sempre, dia e noite, entre os túmulos e pelos montes, a gritar, ferindo-se com pedras. (…) Jesus disse-lhe: “Qual é o teu nome?” “legião é o meu nome porque somos muitos”. Mc 5, 2-10

 

Não se pense que este tipo de relatos da Bíblia são fantasia ou que “são coisa do passado”. Podem ser observados em certas alas dos hospitais psiquiátricos! E se não são visíveis mais casos destes, é porque além destas pessoas estarem geralmente internadas, certos medicamentos, apesar dos efeitos secundários, simplesmente “desligam” a pessoa.

 

É para este estado de sofrimento e aberração que contribuem muitas religiões (e mesmo a medicina), ao não contribuir para o esclarecimento das massas, pois não evoluíram e desviaram-se de valores fundamentais como a humildade e AMOR À VERDADE, seja Ela qual for pois é de Deus. É para este estado de estupidez que contribuem o egoísmo de muitos que não se preocupam em distribuir os recursos naturais de forma justa e as oportunidades de realização pessoal, pois é difícil pensar em Deus ou em desenvolvimento espiritual com o estômago vazio, ou, ser obrigado a despender de todas as energias como “escravo” da exploração laboral para ganhar o mínimo de sustento. É para este estado que suscita compaixão, que quer o obsediado quer os obsessores espirituais contribuíram ao viverem afastados dos valores espirituais, na falta de fé e longe do estudo das verdades da Vida.

 

Mas a cada um “segundo as suas obras”. Isso não vai continuar durante muito mais tempo. Deus em sua bondade e misericórdia pelos que se esforçam, não permitirá durante muito mais tempo este estado de coisas. Usando uma expressão humana, “era o que faltava”. Uns poucos a construir, outros a destruir, a “divertirem-se”, apenas a usufruir, a encarnar papéis de parasitas ou predadores do próximo!

Cabe a cada um aproveitar o tempo que lhe resta para decidir-se definitivamente ou pela direita ou pela esquerda. Ironia do destino ou talvez não, muitas das pessoas que chegam a determinado patamar de desenvolvimento espiritual, sofrem menos com as provações da Vida (que para alguns são duríssimas) do que com a percepção que têm da realidade espiritual, chegando à conclusão de “Como seria tão fácil meu Deus a Humanidade ser feliz. Tão fácil.”

 

Para alguns estudiosos, para Jesus Cristo (e outros seres elevados que vieram à Terra e foram martirizados) sofrer o que sofreu, pois sabia os riscos que corria, é porque a situação da Humanidade é de facto muito grave.

 

De pouco serve ao Homem conhecer a solução para um problema se não põe em prática essa solução. Se não a estuda, analisa e põe em prática, de forma a aprender continuamente com a experiência.

De igual modo, de pouco serve a um doente com determinada doença saber qual a cura se não tem acesso a essa cura ou não põe em prática essa tal cura.

A Humanidade está doente. Está mesmo muito doente. O Ser que é o topo da evolução do Planeta, o mais inteligente, o mais poderoso, repleto de inúmeras capacidades evolutivas, em vez de se tornar no “deus” acima da Terra, cumprindo esse destino traçado pelo Criador, parece ter-se tornado num “demónio”.

É o único ser vivo que constrói armas para se autodestruir, para estraçalhar os seus irmãos de espécie em guerras vergonhosas! Entra em muitas dessas guerras muitas vezes por motivos e ambições fúteis.

Inventou o trabalho obrigatório que raramente satisfaz as aspirações interiores da Alma (curiosamente a palavra “trabalho” tem origem no nome de um instrumento de tortura, o “tripaliu”!), o dinheiro e um sistema socio-económico que resultou na estonteante e absurda condição, de uma grande parte dos Seres Humanos – aqueles que supostamente deveriam ser uma espécie de deuses acima da Terra – passarem fome, não terem acesso a alimentos, e por vezes, nem mesmo a água de boa qualidade que a mãe Terra dá graciosamente!

 

Em poucas décadas, devido ao egoísmo, vaidade e ambição de alguns e permissividade de muitos, o Homem está a destruir o equilíbrio do Planeta, fruto de inúmeros milhões de anos de evolução natural, contribuindo assim também para a sua autodestruição colectiva!!!

 

Que louco esse ser chamado Homem!

 

Que prepotência de um Ser que um simples “abanão” do Planeta o faria desaparecer da face da Terra como aconteceu com os dinossauros!

 

Uma grande parte dos jovens estão apáticos, aparentemente desinteressados da Vida, com medo do futuro, sem coragem para enfrentarem o mundo de espinhos e maldade que têm pela frente. Muitos sentem um certo mal-estar e vazio interior que não conseguem definir mas desconhecem o motivo. Não têm nem alegria interior nem entusiasmo para viver.

O seu Espírito anseia por ascender a degraus mais elevados mas o “mundo das tentações”, os inúmeros convites ao desvio, e a má ou inexistente educação espiritual, leva-os a desviarem-se do caminho recto, a remastigar e a perpetuar os erros, vícios e desvios dos pais. Muitas vezes chafurdam de gosto na lama da amoralidade quando pensam extasiar-se nos píncaros da felicidade e realização interior.

Daí o consumo de álcool, de drogas, a licenciosidade, o retorno a perversões do passado que há muito deveriam estar extintas, e cada vez mais, a prática do crime.

É muitas vezes um grito surdo que reclama por justiça, de uma mente que não consegue enxergar como poderá ser feliz neste mundo, um desespero indefinido que vem de dentro perante um mundo que tem tanta coisa mal, mas que muitos por vezes não são capazes de saber o quê.

 

Passou-se da defesa dos valores “por medo” do “Deus castiga” ou do “fogo do inferno”, para ausência de valores, e finalmente, para admiração da inversão dos próprios valores! O resultado disso, em muitos casos, começa bem cedo: é o menino que mais maldades faz que é o mais respeitado, o aluno que falta às aulas ou mais desestabiliza a aula o mais adorado, o professor que é maltratado pelos pais por ter repreendido o jovem na ânsia de recuperar uma alma que a continuar assim “vai-se perder”, o jovem que mais amantes tem o mais cobiçado, a jovem que mais namorados teve a que serve de modelo para o desencaminhamento de outras.

 

A situação é grave, é mesmo muito grave e poucos querem ver com “olhos de ver”. Passou-se de facto, da ausência de valores o que por si já seria mau, para a inversão dos próprios valores. Entre os adultos também não faltam exemplos. E piores pois muitos dos erros dos jovens são levados a cabo por exemplos que vêm nos mais velhos.

É aqui aquele que trapaceia o próximo que é mais respeitado e por vezes adorado, é ali o esposo desrespeitador da esposa que é o mais cobiçado, é ali o grupo de amigas casadas que parecem competir para ver quem mais trai o conjugue, é a esposa ou o esposo tirano que ama o cão ou o gato com todo o seu amor mas depois espezinha e faz do esposo ou da esposa um fantoche, é o patrão que nega ajuda financeira a um empregado para cuidar do filho ou da esposa doente mas depois “desperdiça” o equivalente a vários ordenados do infeliz empregado durante uma ou duas horas de jogo num casino ou na prostituição de elite, é a campanha de recolha de alimentos para animais de estimação que tem mais sucesso do que a campanha de recolha de alimentos para Seres Humanos realizada no mesmo local (!), é a moça casadoira que perversamente faz juras de respeito e fidelidade supostamente perante testemunhas, perante o padre e perante Deus, ao mesmo tempo que já anseia no seu pensamento pelo primeiro filho para se “desfazer” do marido e ficar a gozar de “uma pensão”, destruindo em alguns casos a estabilidade financeira e mental de um Ser Humano cujo único erro foi querer ser feliz, são os livros de prostituição, de crime e de “lavagem de roupa suja” de figuras públicas” que chegam a best sellers (livros mais vendidos) em detrimento dos bons livros edificadores e construtivos, que muitas vezes não se encontram à venda nas livrarias “porque não vendem”, é acolá a proliferação de revistas e de livros que ensinam a “despachar o namorado” ou “acabar com o relacionamento dela para a atrair” que são os mais vendidos!

 

Consta-se que, a acreditar na autenticidade da carta de Públio Lêntulo a Tibério César, que é divulgada pelo Vaticano, que Jesus Cristo era muitas vezes visto a chorar e nunca a sorrir. A Verdade, a Vontade do Divino Pai e a Felicidade do Reino dos Céus estava perto do povo e muitos não o reconheceram.

Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos hei-de suportar? Mc 9, 19

 

É verdadeiramente incrível constatar com a esmagadora maioria das pessoas reconhece que o “mundo está mal”, “está cada vez pior” e “parece não haver jeito das coisas melhorarem”, mas depois, pouco ou nada se faz ou se contribui para melhorar algo no mundo. Quando se apresenta soluções, muitas pessoas rejeitam-nas, esperando que algum milagre, apesar de não fazerem qualquer ideia de qual, aconteça, não querendo aceitar que tudo está nas mãos do Ser Humano.

 

Na verdade e apesar de parecer estupendo, o Homem parece ter escolhido definitivamente o caminho do sofrimento e da dor. Cruzou os braços numa atitude do género, “não quero saber, o que tiver de vir que venha”.

 

Espiritualmente falando, o Ser Humano ainda é como uma criança rebelde que se recusa a crescer. Só que essa criança, egocêntrica, egoísta, orgulhosa, com o amor-próprio demasiado sensível e reactivo, vaidosamente sentada em tronos de areia que se podem desfazer com uma breve ventania da Vida, é capaz de muito Mal, de causar muito sofrimento, muita dor, muita destruição.

Poucos em vida compreendem que a Humanidade em geral ainda se encontra nos “primeiros anos” da Universidade Cósmica da Vida, que ainda está longe do longo caminho de evolução espiritual que terá de percorrer, que teve inicio no ser animalizado que vivia apenas para a satisfação dos instintos animais, até ao cidadão angélico dos planos superiores.

 

Diz uma afirmação muito comum nos meios espirituais que não existem inocentes. De facto, o Homem é o maior e único carrasco dele mesmo.

Tudo no Universo tem uma causa ou é resultado de uma sequência de causas. O sofrimento humano não é excepção: também é resultado de causas e condições. E a causa da maioria do sofrimento humano está no próprio Homem.

De facto, muitas pessoas, sem o suspeitaram, marcham de bom agrado em direcção ao sofrimento e à decepção no final da vida e depois da “morte”, por não estudarem as leis da Vida e a espiritualidade. Veja-se as três advertências do Budismo:

Advertência 1. Nunca viste no mundo um homem ou mulher, de oitenta, noventa ou cem anos de idade, frágil, encurvado como um galho quebrado, apoiando-se em muletas, com os passos vacilantes, inseguro, de quem há muito já se foi a juventude, com os dentes quebrados, os cabelos cinzentos e escassos, ou calvo, encarquilhado e com os membros em pústulas? E nunca te veio o pensamento de que tu mesmo também estás sujeito à decadência e que dela não podes escapar?

Advertência 2. Nunca viste no mundo um homem ou mulher, que, estando doente, aflito e amargamente enfermo, e, chafurdando na própria sujeira, foi levantado por alguma pessoa e colocada na cama por outras? E nunca te veio o pensamento de que tu mesmo também estás sujeito à enfermidade e que dela não podes escapar?

Advertência 3. Nunca viste no mundo o cadáver de um homem ou mulher, um, dois ou três dias após a morte, inchado, de cor azul escura e putrefacto. E nunca te veio o pensamento de que tu mesmo também estás sujeito à morte, e que dela não podes escapar?

 

De facto, deveria de fazer parte da educação dos jovens frequentar de vez em quando lares de idosos por exemplo. Falar com essas pessoas que certamente têm muito para ensinar com a sua experiência em primeira-mão: os seus acertos, os seus erros, as ilusões seguidas, os “ se fosse hoje faria diferente”, as suas quedas e vitórias…

Em certas zonas da Índia faz parte da educação espiritual das crianças aprender sobre o sofrimento, a dor, as suas causas e meios de os evitar. Algumas aulas de “catequese” são realizadas em locais onde são cremados os defuntos, para que assimilem a verdade da impermanência de tudo o que existe neste mundo, incluindo eles próprios, de como a vida neste planeta é verdadeiramente uma passagem.

 

No entanto existe a esperança. E a esperança é que a solução para o sofrimento humano também está no próprio Homem. Foi isso que vieram ensinar todos os Mestres Espirituais. Enganam-se aqueles que pensam que basta acreditar neste ou naquele ser elevado para se salvar. Cada um, por seu próprio pé, terá de percorrer o caminho que for preciso para chegar ao patamar desses seres elevados. O desenvolvimento da espiritualidade do Homem não se resume apenas a fazer pedidos a “Santos”, mas sim, esforçar-se por se tornar ele próprio um “Santo”. É essa a Vontade de Deus. Todos os grandes Mestres Espirituais ensinaram isso.

Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim [no que Jesus Cristo dizia, na mensagem que ele veio divulgar] fará também as obras que eu faço e outras maiores fará. Jo 14, 12

 

Aquele que organiza e dirige todos os fenómenos inteligentes na Criação, que promove desde o “simples” florir de uma flor à manutenção da ordem e disciplina do movimento dos gigantescos astros pelo espaço imenso, também não criou o Homem por caso.

 

Deus quer a felicidade para o Homem.

 

No entanto, deu o livre arbítrio para ele aprender a crescer por seus próprios meios, a ser responsável e a ter o mérito dos seus avanços. É igualmente responsável pelos seus desvios. É justamente a má ou deficiente utilização do seu livre arbítrio, que é da responsabilidade humana, o causador da maioria do sofrimento.

 

Muitos perguntam “Se Deus existe, se existe realmente “alguém” que dirige a imensidão da Criação, porque permite tanto sofrimento?”.

Segundo os mestres, a resposta pode ser dada através de um exemplo. Pense-se na Lei da gravidade, uma das inúmeras leis naturais. É a Lei da gravidade que através da sua força de atracção permite que o Planeta seja habitado. Se em algum momento a lei da gravidade deixasse de actuar, todos os objectos acima da Terra, incluindo o Homem, seriam projectados pelo espaço imenso. É portanto uma Lei favorável à Vida e ao Homem. Agora imagine-se que alguém decide suicidar-se e atira-se de um 10º andar. De quem é a culpa? De quem criou a lei, da lei da gravidade ou de quem se suicidou?

 

A resposta é portanto fácil.

Pois é exactamente essa a resposta para a esmagadora maioria do sofrimento humano. Por ignorância, descontrolo, preguiça, rebeldia, má vontade ou outro motivo qualquer, o Homem colhe o Bem e o Mal que semeia e responde obrigatoriamente perante a sua própria consciência, pelo Bem que deixa de fazer e pela inutilidade da sua vida, se for caso disso.

Cabe-lhe a responsabilidade de estudar e viver de acordo com as leis da Vida – físicas e morais – e utilizar o livre arbítrio para que a dor não lhe bata à porta desnecessariamente.

 

Hei-nos chegado ao momento de nos despedirmos, pelo menos por agora, pois perante os olhos da Eternidade, o “adeus” nunca é definitivo.

Esperamos que esta viagem pela dor e pela esperança tenha sido do proveito de muitos.

 

Muita Paz e muita Luz.

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