A Origem e Objectivo das Religiões e a Possibilidade de Interacção e Comunicação com o Mundo Espiritual

Capítulo VI

A capacidade de interagir e comunicar com seres espirituais é uma prática natural que faz parte das capacidades inatas do Ser Humano.

Essa tendência natural faz parte de si próprio. Isso verifica-se por exemplo, na tendência natural em “olhar para cima”, para o “Alto” perante acontecimentos traumáticos, e em expressões como “Meu Deus” perante algo desagradável, expressão que mesmo os ateus confessos utilizam.

Quando alguém reza a alguém (um Santo, a Deus, etc.), está a comunicar com um Ser Espiritual. Ora das duas uma, ou o Ser Humano tem a convicção interior que é ouvido, SABE que o ser a quem se dirige o escuta, ou então, seria uma “tontice infantil” rezar para “o nada”!

E no entanto, o que o “coração” diz, ou seja, a intuição, é que de facto se é escutado (embora muitas pessoas se queixem de ter essa intuição/convicção menos apurada, algo que se pode desenvolver com prática e atitude mental adequada).

Quer se queira quer não, todos somos influenciados pelo mundo espiritual. É de lá que viemos e é para lá que iremos em seguida à morte do corpo físico. Todas as religiões chamam a atenção para esse facto. O Espírito do Homem, fonte do animismo humano, veio de algum lado e retorna a algum lado depois da morte do corpo pois do “nada”, do “vazio”, nada pode vir ou ser gerado.

Negar essa possibilidade pode muito bem significar a negação do sentido da existência, a razão de ser de toda a religião e espiritualidade, de todo o acto religioso. Seria “reduzir” a existência do Universo, a existência da Humanidade e da Vida em geral a um “acaso”. E por consequência, a um absurdo inqualificável e inadmissível dadas as faculdades avançadas de inteligência e intuição que o Ser Humano desfruta, comparativamente ao resto dos animais e restantes seres vivos.

E até prova em contrário, o “acaso” jamais produzirá fenómenos inteligentes, que ainda por cima, persistem nessa capacidade inteligível ao longo do tempo!

Tudo no Universo e no Homem é gerido através de leis e fenómenos inteligentes. E por detrás de um fenómeno inteligente, tem obrigatoriamente de estar uma causa inteligente.

 

Por cada segundo que passa, sem o Ser Humano ter consciência disso, no seu corpo estão a ocorrer milhões e milhões de fenómenos que permitem manter o seu organismo vivo de forma a poder servir o Espírito do Homem. Observe-se a Natureza, estude-se as estações do ano e seus fenómenos cíclicos, o ciclo da água, do carbono, a reprodução e crescimento dos seres vivos. Pasme-se com o estudo da astronomia, onde só uma inteligência e poder muito para além da compreensão humana pode ser de capaz de manter tamanha harmonia que existe no Universo, com incontáveis planetas, sóis, galáxias, conjuntos de galáxias… A Terra, esta gigantesca massa em que vivemos, percorre o espaço em volta do Sol a uma velocidade de trinta quilómetros por segundo! Imagine-se os planetas e sóis centenas e milhares de vezes maiores do que a Terra, em perfeita harmonia entre si.

Como o acaso pode dar lugar a tanto poder e harmonia, cuja manifestação de fenómenos inteligentes, ainda por cima, perduram no tempo por inumeráveis milhões de anos?

É portanto sabido, desde os povos mais primitivos, que o Homem tem inscrito em si a convicção interior da existência de um poder superior. Além disso, trás também consigo a convicção de um mundo espiritual (de onde veio e para onde regressará) e da possibilidade de comunicação com esse mundo e com os seus habitantes.

 

Duas Ideias Comuns a todas as Religiões:
a Imortalidade do Espírito e a Possibilidade de Comunicação com Seres Espirituais

 

Todas as religiões ensinam aspectos relevantes acerca da Vida e da existência humana. Provavelmente, o aspecto mais importante e ponto comum a todas as religiões é ajudar o Homem a reconhecer-se como um Ser Espiritual encarnado, assim como assegurar-lhe a verdade da imortalidade do Espírito. O seu Espírito existe independentemente do corpo. Existia antes do nascimento e continuará a existir após a morte do corpo.

Seja através de mitos, histórias, contos, ou através das “escrituras sagradas”, escultura, pintura ou outra forma de manifestação cultural, este conhecimento está presente em todas as religiões e culturas, desde as mais primitivas ainda existentes, algumas delas quase sem nenhum contacto com a chamada civilização moderna nem sequer com as ideias das religiões “dominantes”, passando por todas as culturas e religiões já desaparecidas até às várias milhares de correntes espirituais existentes actualmente (só em Portugal, um país com apenas 10 milhões de habitantes e uma área geográfica relativamente pequena, estimavam-se até há bem pouco tempo perto de mil!).

Também parece não existir qualquer prova que tenha existido no passado algum povo civilizado ateu.

 

Um dos principais pontos comuns a todas as religiões é que a Alma humana é imortal, existia e continuará a existir depois da morte do corpo.

 

A este facto sobre a imortalidade do Espírito, junta-se automaticamente e naturalmente a capacidade de comunicação entre e com Espíritos. A possibilidade de comunicação espiritual está ligada à condição espiritual. A comunicação espiritual faz parte dos atributos do Espírito, dos seus dons, das suas possibilidades de manifestação.

A intuição/convicção da verdade dessa possibilidade de comunicação espiritual ser possível (entre um Espírito encarnado e um desencarnado), do acreditar que no mundo espiritual se é escutado, é o que leva as pessoas aos chamados “actos de fé” através das suas diversas formas: oração, adoração, meditação, rituais, dança, cânticos, oferendas, etc.

 

A Mediunidade e as Religiões
No que diz respeito à comunicação espiritual, como já vimos mas voltamos a insistir, é convicção desde os tempos mais remotos da existência humana que os receptores das mensagens do Ser Humano, os Espíritos (antigamente era muito empregue o termo “deuses” para designar os antepassados e os seres espirituais), escutam as comunicações e pedidos de ajuda dos homens.

Caso não fosse assim, seria uma tolice, um absurdo orar ou pedir alguma coisa ao mundo espiritual!

No entanto não é assim. O Ser Humano tem a convicção interior que é escutado pelo Ser Espiritual a quem se dirige (Deus, Anjos, Santos, Familiares já desencarnados, etc.)

Essas comunicações podem ser pedidos de ajuda, pedidos de bênçãos, agradecimentos, etc.

Desde há muito que também se acredita que as respostas dos seres espirituais são dadas através de inúmeras formas: convicções, pressentimentos, sonhos, acontecimentos de vida, etc.

Acreditava-se também no passado que por vezes as tempestades e cataclismos naturais como terramotos e cheias, eram comunicações “dos deuses” e que estes estavam zangados com os homens.

É geralmente aceite que para a maioria das pessoas as respostas dos seres espirituais aos pedidos são dadas indirectamente. Entretanto, e aparentemente em todos os tempos, para alguns “eleitos” a comunicação dos seres espirituais era feita de uma forma directa através de visões, audições e “viagens” ao mundo espiritual por exemplo.

Dito de outra forma, todo o Ser Humano tem a capacidade de comunicar com o mundo espiritual mas nem todos recebem directamente a resposta (por falta de conhecimento e/ou desenvolvimento dos dons espirituais que permitiriam receber essa comunicação conscientemente).

 

Como já vimos, é considerado MÉDIUM CONSCIENTE aquela pessoa que também recebe CONSCIENTEMENTE algum tipo de impressão e mesmo comunicação de algum Ser Espiritual.

São exemplos de médiuns conscientes os profetas da Bíblia, Jesus Cristo e muitos dos seus apóstolos, o caso de Maomé, dos antigos sábios da Índia, iniciados do Egipto, etc.

 

É o caso também dos milhares e milhares de “feiticeiros”, “xamãs”, “médiuns de aldeia”, “bruxos”, etc. de todos os tempos, que funcionavam como intermediários entre os planos espirituais e o Homens.

Eram no passado pessoas geralmente muitíssimo respeitadas. Nalgumas civilizações, além da orientação espiritual eram também os detentores do poder judicial e político, como o foram Abraão, Moisés e o rei David.

 

A Comunicação Espiritual e o exercício da Mediunidade estão por detrás de todas as grandes Religiões

 

É através da comunicação com o mundo espiritual que o Homem tem recebido as respostas às grandes questões existenciais da Vida, assim como tem tido conhecimento da Vontade Deus e dos Seus planos para o Homem, através de Espíritos missionários que vieram à Terra com essa missão específica. E tudo isto desde as mais remotas eras, através dos primeiros “xamãs” e “feiticeiros”, até aos grandes Mestres Espirituais cujos ensinamentos deram origem às actuais grandes religiões, ensinamentos esses respeitados por biliões e biliões de existências humanas ao longo de inúmeras gerações!

Eis alguns exemplos:

  • As escrituras sagradas hindus, que são o maior repositório de conhecimentos espirituais actualmente disponíveis, e que se contam entre as escrituras consideradas sagradas mais antigas, foram escritas por rishis (sábios, Mestres Espirituais) que receberam essas preciosas informações mediunicamente do mundo espiritual;
  • Buda comunicava com seres espirituais e Devas, seres de grande elevação espiritual (o equivalente aos Anjos do judaísmo e cristianismo), mantendo com eles diálogos sobre questões importantes da existência humana;
  • Foi o Arcanjo São Gabriel que ditou a Maomé o Alcorão (o livro sagrado dos muçulmanos), apesar deste não saber ler nem escrever;
  • A Bíblia cristã está repleta de fenómenos mediúnicos, de visões espirituais, assim como de comunicação entre seres espirituais e Seres Humanos. Praticamente todos os Profetas e Apóstolos recebiam conscientemente informação do mundo espiritual. Apenas para citar alguns exemplos:

– Noé recebeu do mundo espiritual a informação que iria   acontecer um grande dilúvio que aniquilaria a Humanidade terrena transviada, assim como instruções para construir uma “arca” para se salvar a si e à sua família;

– Moisés recebeu do mundo espiritual o conteúdo da “Tábua Dos Dez Mandamentos” no monte Sinai, conjunto de regras de conduta que jamais alguma seita ou filosofia ousou anular com sucesso, pois todo o Homem tem em si mesmo a Consciência Moral, que o julga quando faz o Bem ou o Mal;

– Maria, mãe de Jesus, foi informada pelo Arcanjo São Gabriel acerca do nascimento de Jesus Cristo;

– Jesus Cristo falava com Espíritos desencarnados, praticava desobsessões espirituais, curava doenças por imposição de mãos e transmitiu esse conhecimento aos seus discípulos: “Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demónios (Espíritos no Mal)” (Mateus 10, 8);

– A Bíblia também faz alusão à profecia de que o desenvolvimento dos dons mediúnicos fará parte do desenvolvimento espiritual colectivo, que a Mediunidade será uma condição espiritual muito comum entre os Seres Humanos: “Nos últimos tempos, diz o Senhor, espalharei O Meu Espírito sobre toda a criatura. Os vossos filhos e filhas hão-de profetizar; os vossos jovens terão visões e os vossos velhos terão sonhos.” (Actos 2, 17);

– Jesus Cristo disse aos seus apóstolos que após a sua morte seriam orientados mediunicamente através de Guias Espirituais “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14:26);

– São João foi instruído por um Ser Espiritual que é interpretado como sendo o Cristo, para relatar em papel as visões que teria e que são o tema principal do Apocalipse da Bíblia, para servirem de aviso à Humanidade em erro contínuo, que iria haver uma futura selecção espiritual, em que aqueles que persistissem no erro, na prática do Mal ou estacionados no ócio (ao longo das sucessivas reencarnações) sofreriam as consequências;

  • Dentro da Igreja Católica Apostólica Romana, muitos dos cultos relativamente recentes, de entre os quais se contam os chamados “cultos marianos” como Fátima em Portugal e Lourdes em França entre outros, tiveram origem em fenómenos mediúnicos (aparições ou visões espirituais). Por exemplo Fátima, teve origem a partir das experiências espirituais de três crianças (chamados “videntes de Fátima”), que viam (porque tinham a Mediunidade desperta) “uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o Sol”;
  • Uma grande parte dos Santos da Igreja Católica, incluindo alguns padres, bispos e papas, foram médiuns conscientes: uns tinham visões espirituais, outros recebiam comunicações do mundo espiritual, outros realizavam curas recorrendo a orações e/ou imposição de mãos.

 

Estes são apenas exemplos. Muitos outros poderiam ser dados. Poder-se-iam citar também dezenas de famosos cientistas, escritores, poetas, pintores, etc., que assumiram que eram de alguma forma inspirados/influenciados pelo mundo espiritual.

A Mediunidade está inequivocamente na origem de todas as grandes religiões. A faculdade e predisposição para comunicar com o mundo espiritual, com seres espirituais, sejam ou não antepassados, com o próprio Deus ou com Santos, Anjos, etc., faz parte do património de todo o Ser Humano, faça ou não uso dele.

Rejeitar a Mediunidade, ou seja, a possibilidade de interacção e comunicação com o mundo espiritual, seria o mesmo que rejeitar todo o fenómeno religioso ou espiritual tal como o conhecemos.

De facto, a não ser que não se tenha capacidade para tal, ou se ande muito distraído e/ou ocupado com outras questões da Vida (trabalho, família, afecto, conquistas económicas, sociais, políticas ou outras), o Ser Humano mais tarde ou mais cedo sente-se perdido se não encontrar respostas satisfatórias para as grandes questões da Vida e da existência humana: “Quem somos”, “Qual o sentido da existência?”, “De onde viemos e para onde vamos?”. Estas são algumas entre outras questões que pelo menos uma vez na vida qualquer pessoa com o mínimo de faculdades intelectuais desenvolvidas sentiu ânsia em responder.

Na verdade, a origem de todas as religiões, de todos os verdadeiros sistemas espirituais, procuram ensinar justamente as respostas a estas e outras perguntas.

De igual modo, todos os grandes Mestres Espirituais procuraram esclarecer determinadas verdades e canalizar do mundo espiritual as respostas a essas questões, e transmitir a partir da sua Mediunidade Consciente desenvolvida, qual a vontade de Deus e alguns tópicos sobre os Seus Planos de Evolução para a Humanidade.

 

E um dos grandes ensinamentos que todas as grandes religiões pretendem ensinar é justamente a possibilidade de comunicação com Deus e com o mundo espiritual. E para tal, foram ensinados ao longo dos tempos determinadas “práticas espirituais” e “técnicas de desenvolvimento espiritual” como a oração, adoração, meditação, danças sagradas, cânticos sagrados, rituais, etc. Trata-se de técnicas que quando razoavelmente praticadas, com assiduidade e com fé, ajudam o Ser Humano a desenvolver a sua consciência espiritual e a sintonizar-se com o Divino.

 

Em patamares mais evoluídos, a meta é desenvolver a Perfeição da Mediunidade Consciente, e tornar-se um Médium da Vontade Divina, de forma a poder dizer como Jesus Cristo “Eu e o Pai Somos Um”. Vejamos alguns exemplos:

 

  • Uma boa parte das orações são formas de comunicação com o mundo espiritual. Ajudam o praticante a elevar a mente e vibrações pessoais, a sintonizar-se com os planos espirituais elevados (por isso é que a pessoa sente paz, harmonia, etc.), a criar condições mentais propícias para a pessoa comunicar-se com o Divino. Seja com Deus, com Santos, Mestres Espirituais, antepassados ou outros, orar a alguém é um acto mediúnico tenha a pessoa a capacidade desenvolvida ou não de receber respostas de forma directa do Ser a quem se dirige. Na verdade, muitas pessoas só não recebem informação de seres espirituais a quem se dirigem (Santos, Espíritos de Luz, etc.) porque não aprenderam que isso lhes pode ser possível em determinadas circunstâncias. Como tal, fecham-se a essa possibilidade e os Espíritos sabem que essas pessoas podem assustar-se. No entanto, muitas pessoas recebem por vezes comunicações na forma de ideias, intuições ou algum tipo de impressão, apesar de não serem propriamente médiuns desenvolvidos. Isso só é possível porque a Mediunidade está latente em todos os Seres Humanos.
  • Uma grande parte das imagens de Santos da Igreja Católica retrata esse Santo em comunicação com o mundo espiritual. Algumas dessas imagens retratam nitidamente diálogos dessas pessoas com algum Ser Espiritual. São casos de Mediunidade consciente. O mesmo se passa relativamente a determinadas imagens de “Santos” de outras religiões.
  • Muitos dos cânticos e danças sagradas de diversas religiões têm como objectivo ajudar o praticante a sintonizar-se com seres espirituais e com o Divino.
  • Existem práticas de determinadas correntes espirituais que ensinam a desenvolver a Mediunidade Consciente, nomeadamente a vidência, a ouvir vozes espirituais e a “viajar ao mundo espiritual”. No passado este era um conhecimento secreto, ensinado a apenas alguns “eleitos” e sobre duro treino de preparação e período de provação. Conhecem-se casos em que o discípulo tinha de prestar 40 anos de serviço ao mestre ou escola antes de receber esses ensinamentos. Em inúmeros casos, o discípulo era obrigado a jurar segredo desses conhecimentos, ficando sujeito à possibilidade de ser condenado à morte caso não cumprisse esse juramento. A ideia dominante era que a maioria da Humanidade não estava preparada para lidar com esse conhecimento e poderia usar esse conhecimento para o Mal. A outra razão, é que tal como hoje ainda acontece, manter as classes populares na ignorância ajuda a dominá-las. Conhecimento é poder. Foi assim no antigo Egipto e antiga Grécia, Índia, etc. Actualmente, existem nas livrarias inúmeros livros que ensinam algum desse conhecimento, divulgando ao público em geral conhecimentos que ficaram guardados por uns poucos durante milhares de anos. Esses conhecimentos eram geralmente apenas acessíveis a alguns ricos e poderosos, a reis ou pessoas com poder equivalente, ou ainda, a pessoas que decidiam devotar-se para o resto da vida ao seu desenvolvimento espiritual, tendo sido aceites como discípulos em determinada escola ou por determinado mestre espiritual.
  • A Bíblia faz algumas referências de que os Judeus do Antigo Testamento também tinham o conhecimento para desenvolver os dons espirituais: “A orelha de um sacerdote era ungida primeiramente para que ele fosse capaz de ouvir a voz de Deus. (I Samuel 16,13 segundo algumas traduções). Segundo outras traduções da Bíblia, a frase é a seguinte: “Então Samuel tomou o vaso de azeite, e o ungiu no meio de seus irmãos; e daquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de David.”
  • Pelo menos uma parte do conhecimento que os Judeus do passado tinham, que Jesus Cristo segundo alguns estudiosos estudou e desenvolveu, e que permite desenvolver a Mediunidade, chegou até aos nossos dias com o nome de “Cabala”.
  • Segundo vários estudiosos, Jesus Cristo também foi iniciado na prática de desenvolvimento de dons espirituais pelos Essénios. Para alguns, estudou também na Índia e Tibete. De qualquer forma, o que é certo é que também iniciou e transmitiu muito desse conhecimento aos seus apóstolos que também desenvolveram dons mediúnicos, realizavam curas e doutrinavam Espíritos obsessores ou em sofrimento. Alguns dos seus apóstolos por sua vez, também iniciaram alguns dos seus discípulos posteriormente.
  • O yoga, em algumas das suas linhas mais puras, ensina como desenvolver os dons espirituais ou mediúnicos (“sidhis”). Um dos objectivos do yoga é atingir o samadhi ou êxtase espiritual, onde a pessoa adquire a capacidade de sair conscientemente do corpo e atingir planos espirituais elevados, onde sentirá grande felicidade e proximidade em relação a Deus. A meta final consiste na sintonia perfeita com Deus (“Nirvikalpa Samadhi”). É o estado que Jesus Cristo atingiu e falava dele através da expressão “Eu e o Pai somos Um” (João, 10:30).
  • Buda ensinou que o objectivo da existência Humana seria purificar-se através do conhecimento e das boas acções para atingir o Nirvana. O Nirvana consiste na união da consciência individual com Deus. É descrito como um estado de Paz/Felicidade/Conhecimento/Bem-aventurança. Muitas imagens de Buda em meditação procuram retratar na sua face a harmonia, paz e felicidade por si atingidos.

Buda veio ensinar o porquê do sofrimento humano e como pode o Homem libertar-se desse sofrimento. A meditação (o nome mais correcto seria “contemplação”, pois “meditar” é uma actividade intelectual, psicológica, enquanto a contemplação, como técnica de desenvolvimento espiritual, visa acalmar a actividade mental de forma a permitir desenvolver a actividade/consciência espiritual, e consequentemente, a intuição pura) é o legado que Buda deixou à Humanidade para libertar-se do sofrimento.

A técnica da contemplação associada a certos conhecimentos, é uma das formas mais eficazes para desenvolver os dons mediúnicos.

  • Religião e yoga têm significados semelhantes e propõem-se a atingir o mesmo objectivo. Religião significa “re-ligar” e yoga “união”, ou seja, religião e yoga têm como meta ajudar o Ser   Humano a “ligar”/ “unir” a sua consciência com Deus. A partir dessa comunhão com Deus o Ser auto-realizado receberá directamente de Deus as suas ordens.
  • Para atingir essas metas, o Ser Humano precisa de purificar-se, aperfeiçoar-se através do conhecimento, da sabedoria e da fé. Além disso, as técnicas de prática e desenvolvimento espiritual como a oração, a meditação, os rituais, os cânticos etc., podem ajudar a acelerar o processo e ajudar o Homem a aproximar-se mais rapidamente da Grande Meta: a aproximar-se de Deus e viver em comunhão com Ele, cumprindo a Sua Vontade.
  • Uma grande parte dos Santos da Igreja católica foram médiuns desenvolvidos, cujo relato da história desses Santos descrevem experiências mediúnicas: uns tinham visões espirituais, outros   recebiam comunicações do mundo espiritual, alguns entravam em êxtase espiritual, etc. Estas experiências espirituais foram (e continuam a ser ) em certos casos, consideradas como sinónimo de santidade, ou seja, sinónimo de desenvolvimento espiritual superior e proximidade em relação a Deus.

 

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